segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

SUL DE MINAS RECEBE TRÊS NOVOS INVESTIMENTOS

Três investimentos no Sul de Minas, no valor total de R$ 8,6 milhões foram anunciados nesta quinta-feira (22). Os protocolos de intenções foram assinados pelo presidente do Instituto Integrado de Desenvolvimento Econômico (Indi), José Frederico Álvares, com os representantes das empresas Sekisui Comércio Importação e Exportação, Condminas Indústria de Fios Especiais Ltda. e distribuidora de pneus West. Em Santa Rita do Sapucaí, a Sekisui Comércio Importação e Exportação Ltda. irá investir R$ 1,25 milhões na construção de sua fábrica. A nova planta será destinada à montagem, fabricação e comercialização de produtos eletroeletrônicos. Com a nova unidade, serão gerados 68 empregos diretos e outros 19 indiretos. Fundada em 1993, a empresa atua no segmento de fabricação, distribuição de produtos e prestações de serviços voltados para o atendimento de clientes do setor público e privado. O projeto, iniciado em julho deste ano, deverá ser concluído em dezembro de 2013. Com a nova unidade, serão gerados 68 empregos diretos e outros 19 indiretos.
 
A outra empresa a assinar protocolo de intenções com o Indi foi a Condminas Indústria de Fios Especiais, que irá implantar uma unidade industrial em Camanducaia. Sediada na cidade de São Paulo, a empresa investirá R$ 6,7 milhões na transferência de máquinas e equipamentos da planta fabril para Minas Gerais, onde também irá desenvolver novos produtos. O novo empreendimento irá gerar 55 novos empregos diretos e 55 indiretos e, de acordo com o cronograma de execução do projeto, o início das operações está previsto para maio de 2012. A Condminas atua há 40 anos no desenvolvimento e fabricação de cabos e fios elétricos especiais, com um portfólio de mais de 3 mil produtos.
 
Já a distribuidora de pneus West irá investir R$ 690 mil na implantação de uma filial da empresa no Sul do Estado. O município do empreendimento ainda não está definido. A inauguração da filial da empresa em Minas está prevista para abril de 2012 e irá gerar 63 empregos diretos. A West foi criada para atender ao mercado distribuidor no segmento de pneus, com uma proposta diferenciada de atendimento e uma estrutura pronta para os clientes em geral.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Um santarritense na Grande Muralha da China

Como Santarritense fanático que sou, não poderia deixar de compartilhar com meus conterrâneos a emoção que senti e a aventura que passei na muralha da China.

A trabalho na China, hoje sou responsável por enxergar e buscar novas tecnologias de telecomunicações existentes no mundo e levar para o Brasil para as operadoras de telefonia Vivo e Telefonica Brasil, em visita a Pequim, capital da China, mais conhecida aqui na China pelos chineses como Beijing, tive o prazer de conhecer melhor a historia deste fantástico pais, visitando a muralha da China.

A muralha esta aproximadamente a 2 horas de carro de Pequim e a aproximadamente 4000 metros de altitude, com uma extensão de 6000 quilômetros. Foi construída pelos chineses para proteger de invasores, que na época brigavam pela conquista de território, onde o principal invasor era a Mongolia, que na minha opinião, uma estratégia de invasão muito mal elaborada e planejada, para não dizer burra, pois invadir um pais como a China, com uma muralha a 4000 metros de altitude, no pico das montanhas e 6000 quilômetros de extensão, não poderia dar certo, todas as invasões foram frustradas.

Minha aventura foi fantástica, com ajuda de guias turísticos da China, através de um “ cable car” consegui chegar a aproximadamente 2KM do topo da muralha, onde com muito esforço devido ao frio de 0 graus porém sensação térmica de -5graus, caminhei muralha acima ate chegar ao topo da muralha, onde se encontra a bandeira chinesa, onde gastei 4 horas para percorrer os 2KM montanha acima.

Quem tiver a oportunidade de conhecer a China, Pequim, não deixem de conhecer a muralha da China, onde esta pode ser vista ate da lua e a historia deste pais que nada mais nada menos esta se tornando a potência mundial, tem uma historia linda.Não poderia deixar de compartilhar com vocês esta aventura e emoção que senti.

Esta foto foi tirada por um amigo Chinês, Cheng Zan Yu, que foi companheiro muralha acima, a quem agradeço por me acompanhar nesta aventura inesquecível.

Abraço a todos.
Leonardo Azevedo Ribeiro

Um oferecimento:

Um pedaço de Diamante em Santa Rita

Um pedaço de Diamante em Santa Rita

Diamante é uma pequena cidade de 5 mil habitantes, situada na província de Cocenza, que fica na região da Calábria, ao sul da Itália. Entre os anos de 1840 a 1860 a Itália passava por uma grande transformação política em função do movimento de unificação de seus reinos. Houve muitas batalhas em toda a região italiana, constituindo também uma guerra civil. Era um período difícil e, por este motivo, muitos italianos ganharam o oceano em direção às Américas, em busca de uma nova vida. Foi assim que, dentre muitos outros italianos, Antônio, Vincenzo, Bonaventura e Paolo de Luna, dentre outros da mesma família, chegaram a terras Mineiras, há mais de 150 anos.
Fabiana com seus familiares italianos.
Paolo de Luna era médico, permaneceu em Santa Rita do Sapucaí por alguns anos e foi, juntamente com Delfim Moreira, fundador da Loja Maçônica Caridade Sul Mineira (Antigamente chamada de “Atalaia do Sul”), sendo Venerável Mestre desta loja em 1903.  No ano de 1907, aproximadamente, Paolo de Luna regressou à Itália, já unificada desde 1861, onde constituiu família. Seus primos continuaram no Brasil, e deram origem à Família “de Luna” conhecida hoje.
O principal ramo da família “de Luna” em Santa Rita do Sapucaí se deve a Antônio de Luna. Este Italiano, fazendeiro e comerciante, se casou com a senhora Francisca Pereira (Mãe Chica), e tiveram 6 filhos, sendo a primeira natimorta. Seus filhos eram Leopoldo, Agenor, Godofredo, Luiza e Francisca, hoje em dia muito bem lembrados e homenageados em nomes de ruas de nossa cidade.

Eu sempre ouvia de meu pai, de tios e primos mais velhos, como o Dr. Cyro de Luna, frases e lembranças de Diamante: “É uma cidadezinha linda à beira mar, de águas cristalinas...”, e esta fantasia me motivou a ir em busca de minhas origens. Eu estava, definitivamente, convicta a viajar um dia para a Itália e conhecer a cidade e os parentes que lá viviam!
Um passeios pelas ruas de Diamantes.
E foi nestes tempos modernos, através da tecnologia, que vínculos distantes no tempo voltaram a se unir. Como uma bela surpresa, há dois anos aproximadamente, um Italiano me abordou no Facebook e me perguntou se, por um acaso, eu saberia dizer a origem do meu sobrenome. Eu não tive dúvidas e imediatamente respondi que era de “Diamante”, na Calábria! Começou aí uma história de amizade e reencontro das famílias. Este “primo distante”, Vincenzo de Luna, era bisneto de Paolo de Luna, aquele italiano que chegou a Santa Rita juntamente com o meu tataravô, Antônio de Luna. Ele tinha profundo interesse em saber sobre este ramo da família, e me pediu para ajudá-lo a completar a árvore genealógica da família “de Luna” no Brasil. Desde então, através dos recursos da internet, temos nos comunicado sempre, trocado informações, fotos e documentos.. Comecei a motivar meus primos ítalo-brasileiros, motivando a completarmos a árvore genealógica, trocando informações e histórias e propondo para que fôssemos, juntos, em busca de nosso reconhecimento à Cidadania Italiana.
Em Agosto deste ano, finalmente, consegui programar minhas férias, e o destino não poderia ser outro: Itália! Visitei diversas cidades históricas pelo país durante as três primeiras semanas, como Veneza, Florença, Roma, Pisa, Assis, Loreto... e aproveitei para fazer um curso de Língua e Cultura Italiana em Castelraimondo, por indicação de meu amigo Pedro Vono, também descendente de Italianos de outra família conhecida em nossa cidade. Como não poderia esquecer, visitei as Cidades de Cássia e Roccaporena, onde renovei minha fé ao me encontrar com Santa Rita em carne e osso. Foi uma experiência incrível conhecer onde a nossa santinha nasceu e viveu, o convento e sua parreira ainda viva, sua cela de clausura e, finalmente, o seu corpo intacto há mais de 600 anos. Não pude conter as lágrimas quando me deparei com Santa Rita!

 Na última semana de férias fui visitar, na região da Calábria, a cidade de Diamante! Fui recebida com o calor humano e carinho de família. Receberam-me em sua casa o Sr. Paolo e a Sra. Giulia de Luna, pais de Vincenzo, o meu primo da Internet. Levaram-me para conhecer o centro histórico da cidade, as praias, a comida típica e muitos outros parentes, sempre me apresentando como “La cugina brasiliana” – A prima Brasileira! Todos me abraçavam com muito carinho e faziam muitas perguntas, e foram 4 dias maravilhosos ao lado desta família! Tive a oportunidade de conhecer a Senhora Adele de Luna, filha de Paolo de Luna, aquele que veio ao Brasil. Uma senhorinha simpática de 91 anos, largo sorriso e brilho nos olhos, e que lembrava muito a minha vó Hilda, com mãozinhas pequenas e gordinhas, como dos “Lunas” daqui! Vi que a semelhança física dos Lunas da Itália era muito grande em comparação aos Lunas de Santa Rita. Percebi também a grande importância que os Italianos, de um modo geral, dão à família e seus laços, o que faz de nós, descendentes, sermos “veramente italianos”!
O prefeito de Diamante enviou uma carta oferecendo parceria com Santa Rita, entregue ao prefeito.
Para completar minha visita a esta cidade maravilhosa, fui convidada a conhecer a “Comune di Diamante” - a prefeitura, e o seu “Sindaco” – prefeito, que ficou muito feliz em saber que Santa Rita do Sapucaí abrigava muitos italianos descendentes da família “de Luna” provenientes daquela cidade. Tomando conhecimento da história desta família no Brasil e da proporção de seus descendentes em Santa Rita, enviou, através de mim, uma carta oficial ao Sr Prefeito de Santa Rita propondo um “gemelagio”, ou seja, um tratado de cidades irmãs para promover a troca de cultura, visitas e informações entre ambas. Juntamente com a carta, enviou também uma placa comemorativa da cidade. Esperamos que as autoridades de nossa cidade retornem o contato com Diamante, para que possamos promover intercâmbio de cultura e estreitar os laços com esta cidade italiana.

Mais do que maravilhada com a viagem e as belezas da Itália, me encantou o afeto e carinho de todos aqueles que me receberam como “parente” e me trataram como filha. Pude concluir que o reconhecimento Italiano para com sua descendência é de fato muito forte, e me senti orgulhosa por fazer parte desta família que tanto contribuiu para o crescimento e desenvolvimento de nossa cidade. Família é mais forte do que diamante, do que qualquer outra pedra preciosa, e são nos laços de amor que nos tornamos mais fortes!

Esta matéria é um oferecimento de:

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Empório de Notícias - 49 : Dia 22 de Dezembro, nas bancas!

Edição Imperdível do Empório de Notícias. Veja o que vem por aí:


- Entrevistamos o amigo Décio de Almeida Azevedo: O santarritense fala sobre seu pai e conta muitos causos acontecidos na cidade.


- O exemplo de vida de Lucimara Gonçalves: de chão de fábrica a empresária de sucesso, a santarritense conta como chegou la.

- Francisco Moreira da Costa Neto conta detalhes sobre a sua família: saiba como era Francisco Moreira e sua filha Sinhá Moreira, na intimidade. Saiba também como surgiram alguns dos bancos mais famosos do Brasil na cidade.


- Senhor Hélio Magalhães e as lembranças do Natal, no Porto Sapucaí.


- Carteira de habilitação de 1928 mostra como era a lei de trânsito em Santa Rita. (Uma cortesia de Fred Cunha)


- Quem casa, quer casa... (Um conto de Haidée Cabral)

- Especialista em estudos sobre o Rio Sapucaí fala sobre a questão das enchentes em Santa Rita 


- Detalhes que fazem a diferença na escolha do Ensino Médio


- Inatel oferece novo curso de graduação: Engenharia de Controle e Automação


- Pós-Graduação em Circuitos Eletrônicos em Santa Rita do Sapucaí


- SRCC conquista copa COE de futebol, Pouso Alegre


- Ivon mostra sua visão de Natal em "Revelando a História".

Natal é na Stillus Modas

Para matar saudades do Showrrasco: Programa Leandro Ponto Com.

Nessa semana, o Leandro Ponto Com disponibilou a reportagem que fez no showrrasco para visualização no Youtube:

Café da Manhã e Café da Tarde é na Ki Sabor!

Rogério Rennó fala sobre Jiu-Jitsu, família Gracie e seus tempos de Vale Tudo

Como foi a vinda dos Gracie para o Rio de Janeiro?

A família do Hélio Gracie morava no Pará. Lá ele conheceu um japonês chamado Conde Koma que lhe passou todos os conhecimentos do puro Jiu-Jitsu do Japão. O professor Jorge Gracie, irmão do Hélio, foi quem mais absorveu os conhecimentos. Juntos, eles vieram para o Rio onde montaram uma Academia na Avenida Rio Branco.

Hélio começou por acaso. Ele era o mais fraquinho da família, sofria de asma, e só deu sua primeira aula para substituir o irmão. Desde então, nunca mais parou. Hoje em dia, tudo o que existe em Jiu-Jitsu no Brasil surgiu com ele. Vem da mesma ramificação.

Conte-nos sobre o Brazilian Jiu-Jitsu

No Japão existia o Jiu-Jitsu. Após a segunda guerra, a modalidade foi divi-dida para reduzir suas forças, onde nasceram as mais diversas vertentes como Karatê, Taekwondo, Aikido. Quando o Jiu-Jitsu chegou aqui, a família Grace o aprimorou e o tornou ainda mais completo. Desde então, todas as academias que ensinam a modalidade no mundo, têm como referência o Brazilian Jiu-Jitsu.

Como você conheceu Hélio Gracie?

Em 1972, eu estava no Rio e lá decidi começar a praticar algum tipo de esporte, optando pelo Jiu-Jitsu. Na época, esta modalidade era tida como violentíssima. Este tipo de luta, a princípio, era muito pouco praticado. Junto comigo, começaram grandes incentivadores do esporte no Brasil. Nós formávamos uma boa equipe e sempre competíamos Vale-tudo no ginásio do América Futebol Clube. Na época, nós ganhávamos apenas dinheiro para o lanche. Nesses eventos, reuníamos o pessoal da capoeira, o grupo de Karatê e outras modalidades. A verdade é que nós treinávamos demais. Alguns treinamentos duravam entre 4 e 5 horas. A verdade é que a convivência que eu tive com esse pessoal foi muito boa. Graças a Deus eu tive o privilégio de tê-los conhecido.  (Se emociona muito e faz uma pausa na entrevista)

Você teve contato com os filhos de Hélio Gracie?

Eu tinha muita amizade com o Carlson e com o Robson. Já essa turma mais nova, o Rorion, o Royce e o Rickson era criança nessa época. Desde molequinhos eles já viviam de kimono. Eu lembro que, por qualquer coisinha, o Hélio já colocava a criançada em cima da mesa para lutar. (Risos)

Seu instrutor foi quem implantou os desafios entre modalidades?

Ele desafiava a tudo e a todos. Sempre queria descobrir se o Jiu-Jitsu tinha falhas e, para isso, convidava os professores de outras modalidades para um combate. Em 1962, chegaram dois mestres de Karatê na cidade - Tanaka e Uriu - e seus alunos foram desafiados por nossa academia. A condição que eles impuseram foi de que a luta deveria ser fechada e nós ganhamos todas as lutas em questão de segundos.

Como foi sua trajetória como lutador?

Tive aulas muitos anos com o Hélio Grace e depois fui para a Academia do Chiquinho Mansur, na Praça Saens Peña. Em 1973 eu me tornei faixa preta em primeiro Dan. Antigamente, você se graduava em combate. Nesse período eu fui campeão carioca uma vez, fui campeão fluminense duas ve-es e vice campeão brasileiro.

Você manteve contato com Hélio Gracie?

Sim. Uma vez eu estava na rua da Assembleia e encontrei o Hélio Grace. Eu perguntei a ele: “O senhor ainda está treinando?” E ele respondeu: “Tenho que treinar para não apanhar na rua.” E veio pra cima de mim! Queria me pegar... (Risos)

Os treinamentos continuaram ao retornar a Santa Rita?

Quando eu voltei para Santa Rita, comecei a treinar e nós difundimos o Jiu-Jitsu na região. Mais tarde, meu filho, Toninho, também se tornou professor. Hoje nós temos antigos alunos dando aula em Pouso Alegre, Santa Rita e Itajubá. Na Academia Action, temos o Marcelo que foi nosso aluno; na Academia do Arthur temos o Josicássio que é um professor muito técnico; em Pouso Alegre temos ótimos professores (um deles foi campeão mundial) e, em Itajubá, temos um campeão brasileiro... todos eles foram alunos meus. Isso me deixa muito sa-tisfeito de saber que todos se sobressaíram.

Conte-nos sobre uma de suas participações no Vale Tudo

Teve um Vale-tudo que eu participei na Polícia Militar. O meu oponente era dublê da Globo. Pouco antes da luta, ele veio até mim e falou: “Vamos maneirar, porque eu vou ter que fazer um trabalho e não posso machucar...” E eu aceitei. Só que, no momento da luta, estávamos em um tablado alto e ele me jogou lá de cima. Eu caí pra fora do tablado e quebrei a clavícula. O Chiquinho pegou um esparadrapo, me imobilizou e eu subi de novo. Ele veio com tudo pra cima, mas nessa época em estava em ótima condição física. Ele sofreu, viu... (Risos)

Esta entrevista é um oferecimento de:

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Cartão de Natal ACEVALE

A catedral de Pouso Alegre vista sob outro ângulo

Divina Arte

Quando contemplou o interior da Capela Sistina pela primeira vez, o jornalista Claudio Abramo (1923-1987) sentiu uma estranha emoção chocar-se com sua opção pelo ateísmo. “Tive de fazer um esforço enorme para continuar ateu”, admitiu a um grupo de colegas do diário O Estado de S. Paulo, logo que regressou do Vaticano. Abramo ficara extasiado ao conhecer de perto o majestoso templo católico, cujo teto ainda hoje exibe pinturas primorosas de Michelangelo (1475-1564). A Catedral Metropolitana de Pouso Alegre também exemplifica o emprego exitoso da arte em nome da evangelização. Poucos seres humanos conseguem manter-se indiferentes diante da riqueza artística e simbólica guardada pela sede da única arquidiocese sul-mineira.
Vista de dentro do mostrador da Catedral.
A genialidade de José Perez

O artista plástico espanhol José Perez de Moraes deixou seu talento marcado nas paredes do presbitério e da nave da catedral. Desafiado pelo verde claro escolhido para a pintura interna, produziu belas imagens em tons escuros de verde, acrescidos de branco e preto. Dos pincéis de Perez saíram as figuras que ladeiam o altar: os quatro evangelistas, o Bom Pastor, Jesus transfigurado, a parábola do filho pródigo e a ressurreição de Cristo. As 14 estações da Via Sacra foram pintadas pelo mesmo autor na parte superior da nave. Na entrada da igreja figuram o Rei Davi tocando harpa e Jesus batendo à porta. Perez produziu ainda duas figuras alusivas ao mistério da eucaristia, as quais adornam a Capela do Santíssimo.
Existe um cemitério debaixo do altar.
Solo sagrado

A capela é tida como o espaço mais sagrado do templo, pois guarda as hóstias consagradas para que os fiéis possam adorar o corpo de Cristo. Lá são acondicionadas também as sobras de hóstias que são levadas até lares de enfermos. Uma lâmpada vermelha fica constantemente acesa na capela para indicar que ali Cristo se faz presente por meio da eucaristia, momento a que os católicos conferem maior importância.
As engrenagens do relógio.
A cripta da Catedral

As primeiras comunidades cristãs celebravam a eucaristia sobre os túmulos dos mártires (pessoas que morriam para testemunhar a fé cristã) e, por essa razão, a cripta das catedrais geralmente é construída exatamente sob o presbitério. Na cripta da catedral de Pouso Alegre foram sepultados três bispos: Dom Octávio Chagas de Miranda (líder da diocese de 1916 a 1959), Dom José D’Angelo Neto (1960 a 1990) e Dom João Bergese (1991 a 1996). Uma imagem de São João Batista foi colocada no recinto subterrâneo por causa do nome do primeiro bispo de Pouso Alegre, Dom João Batista Corrêa Nery (1901 a 1908).
Os sinos da Catedral.
A cátedra

O atual arcebispo, Dom Ricardo Pedro Chaves Pinto Filho, preside cerimônias a partir de sua cátedra – denominação dada à cadeira do bispo, da qual deriva a palavra catedral. A cátedra de madeira fica posicionada à direita do altar (ou mesa do sacrifício). Nas laterais do presbitério reservam-se assentos especiais para 10 cônegos que atuam na jurisdição da arquidiocese, sendo cinco lugares de cada lado. Os nomes dos cônegos estão gravados em latim nas placas douradas que identificam seus assentos.
Entre colunas

Entre as colunas da catedral estão as capelas laterais de São José, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora das Dores e São Sebastião (patrono da arquidiocese). A catedral não tem padroeiro e, sim, um titular que pertence à Santíssima Trindade: Bom Jesus Crucificado. De acordo com o secretário paroquial Fernando Freitas, a imagem centenária teria vindo de Silvianópolis, quando aquela localidade não passava de um vilarejo e se chamava Santana do Sapucaí.
Obreiros de Deus

Os vitrais da catedral impressionam pela grandiosidade e pelo esmero das figuras coloridas que os enfeitam. Na extremidade inferior de cada vitral aparece o nome da família que o ofertou à igreja. Um dos patrocinadores foi o ex-senador Eduardo Carlos Vilhena do Amaral. O ex-prefeito de Maria da Fé, José Vilela Viana, doou o enorme vitral redondo que faz chegar luz e cores ao coro da catedral. Logo acima, no frontispício, foram colocadas figuras que representam os 12 apóstolos de Cristo. Durante a pintura da 12ª imagem, o operário que executava o serviço sofreu uma queda que provocou sua morte. Em seguida, o então cura da catedral, monsenhor Benedito Marcílio de Magalhães, decidiu manter a imagem sem pintura, em homenagem ao trabalhador ausente. A obra só foi completada meses após o triste episódio.
Os relógios da torre

Os espaços pouco conhecidos da catedral também surpreendem qualquer visitante pela rusticidade. Entre paredes sem acabamento, funcionam os dois relógios e repousam os três sinos do templo, estes silenciados após reclamações de estabelecimentos comerciais vizinhos. O relógio mais antigo foi fabricado em 1949 por Lourenço Fernandes e Filhos, de Jacutinga. O outro funciona há 36 anos e foi confeccionado na cidade paulista de Jaboticabal pela empresa Zocca.
Ontem e hoje

A atual catedral pouso-alegrense começou a ser construída em 1948, sendo inaugurada 32 anos depois. No mesmo local ficava a antiga sede da diocese, construída em 1849 para ser a matriz da Paróquia de Bom Jesus. O bispado de Pouso Alegre foi instituído em 1900 por meio de uma bula do papa Leão XIII. Desde então, a maior cidade do Vale do Sapucaí se tornou um polo que atraiu não apenas autoridades eclesiásticas, como também líderes temporais. Uma das visitas mais importantes à catedral, ainda em construção, aconteceu em 1956. À época presidente da República, Juscelino Kubitschek assistiu a uma missa no espaço reservado ao clero e se hospedou no Palácio Episcopal.
(Jonas Costa)

Oferecimento: 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Dilson Frota e sua paixão pela aviação

Conte-nos sobre a construção de seu avião

Minha oficina é feita para a construção de aviões de metal. Eu trabalho a partir de uma planta americana, muito confiável e bem testada, desenvolvida por engenheiros da aeronáutica. A partir dela, você escolhe uma medida qualquer e produz peças que, mais tarde, formarão um Kit para montar o avião. No meu caso, é bem diferente de você comprar um kit com as peças já prontas. Hoje em dia é possível você construir um avião desses porque existe uma legislação específica para autorizá-lo a voar, mediante inspeção de um engenheiro de aeronáutica.  Quando você obtém essa autorização, você obtém quase todos os direitos de um avião comum. A única diferença é que ele não poderá realizar voos comerciais porque ele não foi testado pelos órgãos. Existe uma coisa mística no avião: você já sabe se ele vai voar, antes dele sair do chão. Você faz uma série de testes para saber se ele voará mesmo ou não.

Qual é a previsão para o seu avião ficar pronto?

Será exatamente no dia em que acabar. (Risos) Porque é um hobby. Quando eu terminá-lo não vou ter mais o que fazer...  Na verdade, este meu projeto está parado há algum tempo porque eu precisei me dedicar a outras coisas.

Você já tinha montado aviões antes?

Antes, eu só havia montado aeromodelos. O primeiro eu montei com 5 anos de idade. Já na ETE, eu tive outros. Assim que me casei, continuei a desenvolver outros projetos e acabei parando por  um período de 5 anos, quando eu estava construindo o PABX (carro-chefe de sua empresa).

Então você  já tinha essa paixão desde a infância?
Meu gosto por aeromodelos começou com um presente de meu tio Carlos. Aos 10 anos, eu tive um amigo que fazia modelos maravilhos. Na época, ele não tinha controle. Era preso por cabos e você os girava. Por incrível que pareça esse menino, mais tarde, trabalhou no projeto do novo modelo da Boeing, - o 787, em Seattle. (Risos) Tá certo que foi um dos milhares dentro da fábrica, mas estava lá...

Nos tempos de ETE você trabalhou com aeromodelismo?

Na ETE, o nosso projeto de formatura foi um controle remoto para barcos, porque naquele tempo as peças era muito pesadas para aplicarmos em um avião. Ainda bem, porque assim não caiu na cabeça de ninguém...

Como é concedida autorização para voar?

No meu caso, não era permitido eu voar por ter uma vista só. Até que o Brasil se a-dequou às normas internacionais e permitiu o voo monocular. Você faz um exame médico a cada 6 meses, precisa validar a carteira a cada dois anos e refazer a prova novamente. Desde então, eu conquistei a carteira de pilotos privados.
Conte-nos quando você comprou sua primeira aeronave

A primeira coisa que eu gostaria de informar às pessoas é que um avião custa muito mais barato do que as pessoas imaginam. Quando eu comprei o meu, paguei 30 mil Reais. Nessa ocasião, o Hermes Moreira, preocupado comigo, pediu para ver o manual da aeronave. Depois que ele estudou o manual inteiro, voltou e disse: “Pode voar que esse avião é seguro”. Ele me ensinou muito, foi fantástico. Uma das coisas mais importantes que aprendi com ele é que “Avião nunca pode ser tratado como você. Tem que ser tratado como senhor.” Isso quer dizer que nunca podemos perder o respeito por ele.

Você usa a pista do campo de aviação para pousar?

Há algum tempo, pousou um avião com drogas em Santa Rita e algumas pessoas que queriam evitar algo desse tipo levaram esse fato ao conhecimento do DAC (Departamento de Aviação Civil) com o objetivo de destruir a pista ou interditá-la. A verdade é que não tem como evitar o pouso de um avião irregular. Se ele não pousar em uma pista, ele pousa na estrada, num matinho ou em outro lugar qualquer. Com isso o DAC veio até aqui, verificou que nosso campo de aviação não tinha cerca e nosso campo deixou de ser oficial. Hoje, quem chega de avião na cidade precisa descer em Pouso Alegre. Seria bom se conseguíssemos regularizar novamente a situação. Enquanto isso, guardo em Pouso Alegre.

Por muito anos, eu usei o hangar de um amigo, quando pousava aqui em Santa Rita. Como eu construí um avião mais rápido, o tamanho da pista varia de acordo com as características da aeronave. Desde então não pude mais usar sua pista. O ideal seria ter novamente a do campo de aviação.
Como foi sua última viagem?

Foi um caso até engraçado... Na última sexta-feira eu fui para São Paulo de avião e, na volta, lembrei que a chave tinha ficado na minha mala, dentro do carro do Marcos (seu sócio na Leucotron). Eu tive que voltar de carro! (Risos)

Esta matéria é um oferecimento de:

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Bá, apaixonado pelo Botafogo

Bá expõe recortes do Botafogo no Restaurante que leva o seu nome.
A paixão de Bá pelo seu time do coração vem de longe. Em uma época em que as duas agremiações mais conhecidas do país eram Santos e Botafogo, o menino acabou optando pelo alvinegro e, desde então, passaria as tardes de domingo na casa do senhor Bilange – morador da rua da pedra e também fanático pelo botafogo - ouvindo as transmissões de rádio em que a grande estrela era ninguém menos que Mané Garrincha. Quando seu time vencia, os comentários sobre a partida se estendiam até meia noite ou uma da manhã e, só então, Bá deixava a casa do amigo com a alma lavada.

Embora fosse completamente aficionado por futebol, como jogador Bá não era nenhum craque. O garoto até arriscava algumas jogadas como lateral direito, mas se posicionava melhor como torcedor. Ao completar a maioridade, o Bá chegou a morar em São Paulo – onde atuou como bancário e, desde então, passou a frequentar pelo menos 3 vezes por ano os estádios quando seu time entrava em campo contra algum clube paulista. No tempo das vacas magras, como tinha que optar entre pegar condução ou comprar o ingresso, Bá andava até duas horas a pé, entre o centro da cidade (onde morava) e o parque Antártica, só para assistir às partidas.
O comerciante fica apreensivo quando seu time entra em campo.
Desde que montou seu tradicional Restaurante em Santa Rita, o empresário jamais escondeu a admiração pelo Botafogo e sempre fez questão de estampar o símbolo do time nas paredes do estabelecimento. Vez ou outra, algum engraçadinho ainda ousa adentrar o recinto para proferir blasfêmias contra o seu clube. Se isso acontece, Bá se enfeza, queima no golpe, fecha a cara e não deixa barato. Para ele, o cúmulo da provocação aconteceu quando um grupo de cruzeirenses foi ao restaurante, após derrotar o seu time, e começou a fazer trenzinho em torno das mesas. Foi a gota que faltava para que o comerciante colocasse todo mundo pra correr e baixasse a porta mais cedo do que o previsto. O mesmo aconteceu quando um flamenguista foi vender pães para o botafoguense, depois que seu time havia acabado de amargar um 6 a 0: “Aqui ninguém vai comer pão hoje, não!”. Na última semana, dia de clássico, os marmitex chegaram à casa dos freguezes antes do esperado. Bá conta que, para não perder o jogo, seus clientes tiveram que jantar cinco e meia da tarde. Tudo para não perder a tão aguardada partida.
Camisa autografada pelo jogador Finazi.
Nas paredes do Bar e Restaurante do Bá, existem lembranças do clube por todos os cantos. Sempre que os fregueses encontram algo com o símbolo da agremiação, não deixam de presentear o amigo. De todas as relíquias expostas, a maior delas é a camisa número 6, que pertenceu ao atacante Finazzi. O presente autografado foi trazido pelo senhor Afonso, pai do jogador e distribuidor de açúcar na região, que sempre almoça por ali quando está de passagem por Santa Rita.

Em dias de domingo, para saber se o Botafogo se deu bem na rodada é muito fácil: se o time venceu, as luzes da casa do comerciante ficam acesas até terminar o último programa esportivo. Caso contrário, sete horas já está tudo apagado e todo mundo já foi pra cama.
Sempre que algum freguês encontra algo do Botafogo, traz de presente ao dono do Restaurante.
Atualmente, a grande preocupação de Bá está relacionada aos netos. Todos eles já foram presenteados com uma camisa oficial, mas o fato de apenas dois de seus quatro filhos torcerem para o botafogo, pode colocar em risco a perpetuação do clube dentro da família. Um de seus netos é Corintiano, o outro é filho de vascaíno. Como seu genro, Roberto de Franco, não é tão fanático, as chances desse jogo virar são grandes. A nação botafoguense agradece.

(Carlos Magno Romero Carneiro)

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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Código de Posturas de 1917 mostra como era a cidade no século passado

Neste mês, tivemos acesso a um livreto datado de 1917 e produzido pela Câmara municipal de Santa Rita do Sapucaí que demonstra como era a vida em nossa cidade e a maneira como nossos antepassados encaravam as leis. Ao folhearmos suas 68 páginas, encontramos diversas leis que norteavam a vida de nossos cidadãos, assinadas pelo presidente da Câmara, Francisco Moreira da Costa.
Na primeira metade do século XX, o município de Santa Rita do Sapucaí era composto por quatro distritos: a própria cidade (chamada de sede), Santa Catharina (atual Natércia), São Sebastião da Bella Vista (atual Mata Cachorro) e Conceição da Pedra. 

O código de posturas previa algumas leis bem interessantes e que apresentaremos a seguir. Algumas ainda fazem sentido. Outras, acabaram ade-quadas à evolução das leis e dos costumes da população brasileira:
Dois pesos, duas medidas

“Toda pessoa que, por palavras, gestos, ameaças ou qualquer outra forma, desrespeitar um funcionário municipal no exercício de suas funções, será punido com 15 dias de prisão.” Por outro lado, se o mesmo fato ocorresse em sentido inverso, tal funcionário seria punido com 15 dias de suspensão.

Proibições e multas

Como forma preventiva, o documento também ressaltava a proibição de que os habitantes do município lavassem roupas no chafariz, fizessem escavações na praça, lançassem água pelas janelas ou molestassem os transeuntes.  Outra proibição também punida com multa de 10$000 era a prática de “urinar e defecar em logares públicos”. Caso algum comerciante vendesse leite amanhecido deveria pagar 20$000 e se não deixasse as latrinas limpas para o uso dos fregueses, a multa era a metade desse valor. Uma das maiores sanções, no entanto, de 50$000, era imposta àqueles que empregassem portadores de “Morphea ou outra moléstia contagiosa ou asquerosa” ou que consentissem que eles bebessem nas vasilhas de uso da casa. Qualquer morador da cidade que tivesse sido contaminado com varíola, peste bubônica, febre amarela ou cólera também era terminantemente impedido de frequentar recintos públicos e deveria manter distância do local.

Atentados à tranquilidade

No capítulo VII, referente à comodidade e tranquilidade públicas, o item “L” previa a proibição de se cantar ou rezar em voz alta, à noite, por ocasião de se encomendar algum defunto. O mesmo acontecia, sob pena de 20$000, por transitar com bois “chiando ou cantando”. Batuques e cateretês também não eram permitidos por incomodar o sossego público. Outra lei bem interessante referia-se à proibição dos estabelecimentos se manterem a-bertos depois das 5 horas da tarde, em domingos e dias santos, com exceção de Hotéis, Farmácias, Bilhares e Botequins. No capítulo seguinte, a Câmara Municipal alertava para a proibição de “trajes desonestos” sob pena de multa de 5$000.

Caça às bruxas

No capítulo relacionado à Polícia Preventiva, um item nos chamou a atenção: a proibição de se manter em casa um “louco furioso”, sem tomar o necessário cuidado para que ele não pudesse fugir. Tal item também proibia a presença de curandeiros, adivinhos e nigromantes (sic), além do uso de amuletos, e outros embustes. A multa variava de 30$000 a 50$000, além da prisão, por 10 dias, do suposto paranormal.

O uso do jardim público

Quanto ao uso do Jardim Público, o código de posturas impedia o ingresso de “loucos, ébrios, mendigos, pessoas trajadas indecentemente, além de cavaleiros, motocicleteiros e outros veículos”.

Comportamento nos cemitérios

No capítulo XIX, o código de posturas referia-se ao comportamento nos cemitérios.  O artigo 150 deixava claro a proibição do uso de epitáfios ofensivos à moral, a qualquer autoridade, corporação ou indivíduo. Por outro lado, nossos indigentes era presenteados com “sepulturas grátis”. Outra proibição se referia à presença nos cemitérios de quitandeiros e mascates, além de “portadores de chapéu na cabeça ou cigarros acesos”.
(Carlos Magno Romero Carneiro)

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Uma viagem no tempo por 36 Reais

No dia 16 de julho, encontramos no site “Rio Postal”, especializado na venda de cartões, uma preciosidade. Trata-se de uma fotografia da cidade até então desconhecida por nós. A imagem capta o início da rua da pedra, com a igreja matriz e o seminário ao fundo. Pela imagem é possível constatar que grande parte do centro da cidade ainda não havia sido ocupado pelas dezenas de casas que, mais tarde, seriam construídas em toda a sua extensão. Outro detalhe interessante é a presença dos carros de boi que cortavam a Avenida Delfim Moreira com seus sons melancólicos e seguiam para a zona rural. A casa de Adélia Duarte, cuja história foi contada nesta edição, também pode ser vista na fotografia que chegou sem qualquer referência de data ou dedicatória. Ao examinarmos com atenção a imagem comprada por 36 Reais e que estava perdida em algum sebo carioca, fazemos uma viagem no tempo. Voltamos a uma época em que “Santa Rita do Sapucahy” ainda engatinhava, sem imaginar o que viria a se tornar, décadas depois.

Site do Rio Postal, onde foto foi comprada:
www.riopostal.com
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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Dica do Dia - Lanchonete da Regina


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Santarritense se recusa a pagar "caixinha" e é demitido

A prova de que o pagamento dos 5% ao partido era obrigatório: Humberto Azevedo recusou-se a “contribuir” e Zequinha Marinho exonerou-o, explicitando a razão por email.
O funcionário se recusou a pagar caixinha, Zequinha Marinho não teve dúvida: demitiu-o - Leonardo Prado/Câmara
Duas mensagens eletrônicas escritas pelo presidente do PSC no Pará e vice-líder da legenda na Câmara, Zequinha Marinho, comprovam que o partido obriga os funcionários vinculados ao partido a contribuírem com 5% dos seus salários para uma ‘caixinha’. Quem não paga é demitido. Foi assim com o assessor de imprensa Humberto Azevedo, que nunca foi filiado ao PSC. Contratado por Marinho para ganhar R$ 3.800, ele se negou a repassar R$ 190 ao partido. Foi mandado embora após decisão do diretório do Pará e agora pede indenização na Justiça.
Clique na imagem para ler a mensagem completa da demissão de Humberto
Em mensagem para Azevedo em 30 de março deste ano, o deputado Marinho é claro. “Diante da impossibilidade de Vossa Senhoria autorizar o débito de 5% (…) do Partido Social Cristão, ficou determinada sua exoneração”, diz o presidente regional da legenda.


O jornalista, que foi à Justiça para que o PSC lhe pague uma indenização de R$ 350 mil por danos morais e lucros cessantes, foi exonerado em 12 de abril. Ele recebia pressões desde que foi trabalhar com Marinho. Humberto Azevedo contou ao Congresso em Foco que, em fevereiro, foi conversar com deputado, que lhe passou por escrito instruções do trabalho que deveria desenvolver.

O ex-assessor disse que, naquele momento, nada se falou de caixinha de 5%. O deputado disse ao site que sempre explica isso aos seus contratados: “Todo mundo entra sabendo”. Azevedo começou a trabalhar em fevereiro, mas o primeiro salário só saiu no final de março.


Não era o combinado

Azevedo conta que, depois de contratado, começaram comentários no gabinete de que ele teria que entregar parte de seu salário para o PSC. O assessor de imprensa disse que não havia combinado isso com o deputado e queria conversar com ele a respeito, mas que nunca conseguia ter esse diálogo. Em 24 de março, o jornalista era praticamente o único dos funcionários que ainda não tinha pago sua parte na ‘caixinha’ e, segundo e-mail da secretária Edilande das Dores, a Landi, insistia em conversar com o deputado. O vice-líder do PSC se irritou e, com letras em caixa alta, mandou um recado para Landi: “PEÇA AO HUMBERTO PARA PROVIDENCIAR COM A MAIOR BREVIDADE POSSIVEL, O DEPOSITO CORRESPONDENTE A 5% DO BRUTO QUE ELE RECEBE. OK?” Marinho foi enfático: “NAO POSSO PAGAR POR ELE, POIS JA PAGO SOBRE O MEU SALARIO”.


Sem o pagamento, dias depois o deputado demitiu o servidor, avisando-o por correio eletrônico dos motivos da exoneração, decisão que foi tomada pela Executiva Estadual do PSC paraense. Em entrevista ao Congresso em Foco, o vice-líder do PSC na Câmara admitiu que todo funcionário do partido é obrigado de fato a contribuir. E se não quiser? “Se não quiser, não vai, não aceita, não se mete em política”, respondeu Marinho, no plenário da Câmara na noite de terça-feira passada (29).

Ouça trecho da entrevista em que Zequinha Marinho admite a prática da caixinha:
Obedecer a tudo

O vice-líder disse ao site não se lembrar de ter enviado mensagem em que diz que demitiu Azevedo porque ele não quis pagar a contribuição partidária. “Eu não tenho conhecimento disso, correto?”. Avisado do fato de ter enviado mensagens a Landi e a Azevedo sobre o assunto, ele mudou o tom. “Então, se está lá, está lá, mas não tenho presente isso que foi em função disso.” Ele afirmou que nunca nenhum funcionário reclamou de pagar os 5%.
Humberto é santarritense e atualmente mora em Brasília.
No entanto, Marinho defende que a desobediência à orientação do PSC, “seja ela qual for”, deve ser corrigida.  “Qualquer servidor que se recuse a obedecer a orientação, seja ela qual for, naturalmente ele precisa pedir as contas, porque ele não está concordando com a disciplina, com aquilo que é pré-determinado.”

Marinho conta que não há nada de errado com a exigência de que pessoas de fora do partido contribuam com a caixinha. “Ele é obrigado a entregar 5%. E daí? Qual é o erro de pagar?”. E também nega que haja qualquer irregularidade na prática. “Ilegal? Por que é ilegal?”


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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Santa Rita Country Clube conquista copa COE de futebol em Pouso Alegre

No último sábado, dia 03/12, o SRCC sagrou-se bicampeão Sul Mineiro de  futebol. O título é o segundo mais importante de todo estado e o clube de Santa Rita fecha o ciclo, vencendo praticamente todos os campeonatos disputados na região nos últimos dez anos. Tal feito não foi nada fácil de ser alcançado, tendo em vista que o clube enfrentou times de toda a região. A semifinal foi contra o time da casa, formado por grandes craques como o goleiro Edson, Voti, Pedrinho, Casinha e o ex jogador do Atlético/MG “Elzo”. Foi um jogo histórico, onde não faltaram fortes emoções: bolas na trave, grandes defesas e lindos gols. Na ocasião, o time de Santa Rita venceu o time pousoalegrense por dois gols a um, anotados por Turuta e Baldoni. Os destaques foram o meia Zé Alfredo da Receita Federal, que praticamente anulou todas as jogadas do ataque adversário e ainda assustou diversas vezes o goleiro Edson com seus potentes chutes de fora da área, e o goleiro Ricardo (Baiano), que “operou dois milagres” ao final da partida, numa cobrança de falta de Casinha e numa cabeçada que lembrou muito o lance de Pelé e Gordon Banks em 70. Já na final, o time Santarritense enfrentou a equipe de Congonhal, também recheada de craques como Rogério Reis e Batista. O grande destaque da decisão foi o meia-armador “Robledo de Martha”, que além de desfilar sua categoria, ainda marcou um lindo gol de falta. O jogo terminou empatado por dois gols e a disputa foi para os pênaltis. Hora de contar mais uma vez com a experiência do goleiro Ricardo, que defendeu a última cobrança do zagueiro Batista. Coube ao artilheiro Rogério Baldoni fechar a série e dar o título para o Santa Rita Country Clube. Ao ser entrevistado após a partida, o goleiro Ricardo, perguntado sobre o título e essa característica de defender tantos pênaltis (foram onze defendidos nos últimos três anos), o mesmo respondeu que não tem uma receita e que acredita no treinamento, na leitura do batedor e na sorte. “Foi um ano especial para mim. Pude ajudar o time nos momentos mais importantes e ainda recebi um convite para voltar ao Santarritense após quatro anos. Sinto-me muito honrado com o convite do professor Bugalú, pois não é fácil voltar a jogar semi profissionalmente com 32 anos” – disse o arqueiro. A lista completa dos campeões é a seguinte: Ricardo, Fábio Júnior, Tomé, Zé Alfredo, Valdecir, Alemão, Naná, Getúlio, Evaldo, Carlão, Vlamir, Heleno, Robledo, Turuta, Japão, Niquimba, Galo e Baldoni. 
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