quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Mariana Borges - Milagreira Santarritense

Mariana Gaudino Lemos nasceu em uma família muito humilde na zona rural, conhecida como “Borges”. Por esse motivo, os moradores da cidade passaram a chamá-la de “Mariana Borges”.
Ela teve uma existência marcada por duras provas e muitas adversidades. Sua vida era muito sofrida, triste e difícil. Mariana era solteira. Vivia em casebres emprestados por caridade. No decorrer de sua trajetoria conheceu a fome, viveu sem conforto, passou muito frio e levou uma vida na mais extrema miséria

Por levar uma rotina muito dura, Mariana tornou-se uma pessoa de gênio difícil. A forma como a vida a tratava, fez dela uma pessoa fechada. Sempre que saía pelas ruas, os meninos ricos e sem coração caçoavam dela.  Por ter os olhos muito azuis, as pessoas a apelidaram de “Mariana Gata” e miavam quando a viam para que ela ficasse triste e irritada. Ao ser vítima de tais chacotas, Mariana batia seu porretinho no chão e corria atrás daqueles que a importunavam. Assim viveu entre o sofrimento e a caridade alheia, até que dia, uma tragédia colocou fim a uma vida de grandes infortúnios. Mariana acendeu um fogareiro para aquecer o gélido ambiente de seu casebre e caiu no sono sem perceber que, minutos depois, o fogo atingia suas roupas.  Acordou toda queimada e ainda encontrou forças para buscar ajuda. Ao ser levada ao hospital por sua sobrinha, a sofredora senhora não suportou os ferimentos e sucumbiu.
O sepultamento foi lastimável. Os enfermeiros tiveram que procurar por seus parentes para que Mariana não fosse enterrada como indigente. Sua sobrinha e seu irmão providenciaram o local onde seria velada e sepultada. Chegava ao fim, em 1956, a trajetória de Mariana Borges. Com o tempo, foi lhe creditado o primeiro milagre. Uma pessoa que havia pedido a intercessão de Mariana para conseguir um emprego, construiu-lhe um túmulo como agradecimento. Desde então, várias pessoas passaram a depositar flores, velas, orações e pedidos no local de seu sepultamento. Diversas missas passaram a ser rezadas em sua intercessão. Sua fama de milagrosa passou a ser transmitida de geração em geração.

Mariana é tida hoje como um espirito de luz. Uma pessoa que emite nossas intenções ao alto a fim de que consigamos ou não alcançar nossas graças, de acordo com a vontade de Deus.
Ao que se sabe, Mariana tem uma sobrinha que vive hoje no Asilo e chama-se Nazareth. Os mais antigos dizem que as duas são idênticas.

(Este texto foi baseado nos relatos de Judith Lemos de Aguiar a quem fazemos nossos sinceros agradecimentos.)

5 comentários:

  1. Gente!
    A minha querida Mariana Borges não gosta de gatos em cima de seu túmulo, tá?
    Que ela possa continuar intercedendo por nós junto ao Pai.
    Amo a Mariana!

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  2. obrigado pela bela lembrança de mariana borges eu também a amo muito.a conheci através de minha falecida mãe.

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  3. muito obrigado pela história sobre mariana borges.eu a conhecia na minha imaginação pois minha mãe sempre falava sobre sua vida sofrida.eu como minha mãe passo para os meus filhos.sou devoto de mariana ate o fim.

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  4. As pessoas zombavam dela com Tiana Gata. Eu me lembro dela ..... e morria de medo pra falar a verdade.

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