terça-feira, 29 de março de 2011

Cassinho, o Bar Kplinha e a era dos Rally´s

 O dono da festa

Na década de 80, o síndico de Santa Rita do Sapucaí atendia pelo nome de Cassinho Generoso. Junto com seu tio Bulacha, a dupla comandava o Bar Capelinha que movimentava os jovens da época e botava todo mundo pra ferver. O filho de Dona Mariquita era o cara. Ao seu redor, gravitava tudo que era adolescente e patricinha em busca de diversão. Dentre outras proezas acontecidas em seu estabelecimento, talvez seu grande feito tenha sido o lendário Rally de Regularidade – Trilhas do Sul. Depois daquele evento, a cidade nunca mais seria a mesma.

O primeiro Rally

Cassinho tomou conhecimento dos Rallys em 1985, quando os amigos Paulista e Cabeça vieram de São Paulo com a ideia e botaram fogo no rapaz. “Gostar eu gostei. Só não sei como é que faz!” – dizia o comerciante. A saída foi aprender como funcionava aquele mundo completamente novo e fazer a molecada “cair pra dentro”. Para isso, ele contava com seu Relações Públicas – o Bulacha – que não só convidou todo mundo como também conseguiu patrocínio dos empresários e comerciantes locais. Era o que faltava para o espetáculo começar.

Como o evento era muito novo para os santarritenses, cabia a eles explicar que os veículos – teoricamente – não passariam dos 40KM/H e que estava tudo sob controle. Aos jovens participantes, cabia a missão de convencer os pais a liberarem seus carros. Enquanto alguns eram bem sucedidos nessa hercúlea tarefa, outros aspirantes a pilotos – como Dib e Sérgio - acabaram vetados pela mãe quando o carro já estava todo adesivado.
O esperado dia

Na primeira edição do Trilhas do Sul,  13 duplas participaram. O evento aconteceria no Bar do Bola. Para dar uma visão melhor ao público, foi necessário quebrar as paredes do fundo do estabelecimento (hoje, Bar do Jairo) onde seria possível ver duas vezes os pilotos no momento da largada. As recomendações de Cassinho eram apenas que os carros fossem adesivados com o número, os nomes dos pilotos e os tipos sanguíneos, mas os caras ousaram no acabamento. Chegou gente com patrocinador, uniforme, óculos com lanternas acopladas e pinturas extravagantes. A molecada espalhada pelas redondezas do Mercado Municipal ia à loucura e já fazia planos de participar quando atingisse a sonhada maioridade. Foi dada a largada.

Balanço do primeiro Rally

Na primeira noite, Ana Banana teve problemas com seu veículo e, por pouco, não capotou nas redondezas do Bom retiro. Cleber Miranda estava em um dos carros e participou como fotógrafo oficial da competição. Mozart Zaghi chamou muito a atenção dos habitantes da zona rural com seu extravagante carro gaiolinha e, por pouco, não foi confundido com um extraterrestre quando parou para consertar o eixo traseiro. Já, Tito Moreirinha, que participava com uma caminhonete sem lataria, teve que abandonar o evento antes da hora e parece ter sido visto dormindo na serra da Bela Vista. Tudo correu bem. 

A premiação

No dia seguinte, a premiação. Como sempre acontecia na década de 80, não cabia gente na rua em frente ao local do evento. Segundo contou Cassinho, mais de 100 caixas de cervejas foram necessárias para conter a “boca seca” dos participantes. A grande vencedora, Lucimara, foi na contramão das histórias de que mulher não serve para drigir e levou o grande prêmio a bordo de seu fusquinha vermelho. Como aconteceria nas seis edições seguintes, Fred Cunha e Rodriguinho ficaram entre os primeiros colocados ao conquistar a medalha de prata. Já o público... eles queriam mais!
A segunda edição

Um ano depois da primeira edição, o número de participantes dobrou e Cassinho já estava mais tarimbado. Junto com Tuna, Papão, Cacaio, Rita Grillo e João Coeio, o comerciante caçava as pistas mais detonadas da região e sempre perguntava a quem via pelo caminho: “Não tem uma estrada piorzinha do que essa não?” Criar o trajeto não era brinquedo. O grupo andava dias e noites por entre as estradas rurais em busca dos 190 km de trilhas necessárias para fechar o percurso. Para o sobrinho do saudoso Bulacha aquilo era uma grande brincadeira e trazia a ele uma enorme satisfação.
Em 1987, o destaque foi para os irmãos Nando e Fernando Ideia. Em uma das paradas para comprovar passagem no posto de controle, Ideia não percebeu que o piloto havia estacionado em cima de um mata-burro e foi engolido pelo enorme buraco. Metade das suas calças ficaram na ladeira, causando um acesso de risos em Cassinho, estacionado no local. As risadas aumentaram ainda mais quando os dois irmãos começaram a discutir e, por pouco, não iniciaram uma guerra familiar. O dono do Kplinha lembra que foi difícil continuar seu trabalho em meio a tantas risadas. Na mesma noite, um acidente com a pickup novinha de Odair pôs fim ao seu sonho de vitória, mas ele saiu ileso. Nos anos seguintes continuaria tentando.

Na segunda edição do evento, o campeão foi Luiz, de Itajubá. Segundo contou Cassinho, o grande trunfo do competidor que conquistou a primeira colocação em três edições seguidas era o seu navegador. Dizem que o moleque era um crânio para fazer contas. A estratégia era correr feito doido até o posto de controle e só assinar no momento exato. A jogada deu certo até o dia em que os fiscais descobriram a tramoia e decidiram aumentar o número de postos. Nunca mais o rapaz venceu novamente.

Organização em Paraisópolis

À medida em que os eventos iam acontecendo, Cassinho passou a conquistar grande reconhecimento na região e chegou a ser convidado a produzir um Rally em Paraisópolis. Naquele ano, tudo estava certo para que Fred Cunha e Rodriguinho levassem o caneco. Só não contavam que Marcelo Batata e Calinho, completamente perdidos, os seguiriam para tentar chegar ao ponto final. Resultado: Fred conquista o segundo lugar e Marcelo seria o grande campeão.

Richard Capistrano vira Rally

Em 1991, o evento ganhou o nome de Richard Capistrano: um jovem que era sinônimo de aventura e que havia falecido recentemente. A decisão de Cassinho em mudar o nome daquele evento aconteceu porque o rapaz era muito gente fina e sempre ajudava na preparação da competição. A partida naquele ano aconteceu em frente ao campo. Bandas como “Luxúria” e “Quem não cola não sai da escola” cuidaram da animação. Cláudio Padilha foi o grande vencedor.
A volta?

Muitos anos depois da última edição – em 2005 – competição em que os experientes irmãos Públio e Poliana foram campeões, Cassinho sonha com a volta de seu tão aguardado Rally, mas diz que já não conta mais com a preciosa ajuda dos amigos Cassinho e Marcos Aguiar. Ainda assim, afirma que poderá retornar com essa competição eletrizante e aguarda a hora certa para criar uma nova trilha. Que este momento chegue logo, Cassinho! Esperamos pela volta do Rally e da Kplinha. Contamos com você!

(Carlos Romero Carneiro)

Quer ver mais fotos do Rally? Acesse o blog Fred Cunha News

Dica do Dia: Xiko´s Lanches

A Lanchonete e Sorveteria Xikos Lanches, conduzida por Francisco Emanuel Almeida, há 22 anos é tradicional na cidade pelos seus deliciosos sorvetes e sucos naturais além de seus ótimos lanches, servidos no período da tarde e também à noite.

De acordo com Francisco o suco mais pedido na lanchonete é o de morango com leite condensado. O sorvete preferido dos clientes é o de abacaxi natural e o lanche que mais sai é o X-Tudo. “Hamburguer, maionese e sorvetes são feitos aqui mesmo. Esse é o nosso diferencial. Não é como em franquias que é tudo industrializado”, disse Francisco.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Esses coronéis...

Saída a edição, foi à redação, possesso, um endinheirado posidonho e, mal cumprimentando o redator, com quem tinha grande intimidade, fez a reclamação:

- Não quero mais o seu jornal! Não serve nem para dar notícia quando a gente vem na cidade! Satisfeito, como quem tivesse dito coisa de grande importância, ia se retirar quando o professor Quinzinho, percebendo o motivo da indignação do Coronel, desculpa-se e promete retificar a notícia.

Com efeito, no domingo seguinte, mas com tanta infelicidade para o fazendeiro, a notícia saiu, mais ou menos neste teor:

“Está entre nós o ABESTADO Cel. fulano...”

Apesar disso, no mesmo dia o Coronel foi à casa do redator agradecer a atenção da notícia sem nenhuma objeção.

Dizem, não sei se é verdade, que o fazendeiro, até hoje, quando quer elogiar alguém, emprega o termo ABESTADO que, segundo sua concepção, é um bonito termo. Esses coronéis têm cada uma...

(Correio do Sul - De Azevedo. 1937)

Cartas de Glorinha

 Santa Rita, 28 de abril de 1930.

Ontem não recebi carta sua e já estava pensando qual seria o motivo, quando hoje recebo duas de uma vez só. Com certeza, ficou parada no caminho. Você não faz idéia como ando satisfeita com você. Desta vez você está provando que tem mesmo “amizade” por mim, não é? Em compensação, eu também tenho lhe provado a mesma coisa.

Nós, graças a Deus, continuamos sem novidades. Só mamãe é que está um pouco resfriada, porém espero que não há de ser nada. Ontem recebi carta de Lucy, que continua amiguinha como sempre e não esqueceu de você, a quem pede que eu dê muitas lembranças. Você escreveu o cartãozinho do Ozório? Se não escreveu, peço-lhe que o faça, sim, meu bem? Ontem eu fui ao circo, que não é muito ruim. É até bonzinho... O melhor que tem aparecido por aqui ultimamente. Fui em companhia de Maria Carneiro e Antônio, Zilah, Nelmam Dona Laura, Pedrinho e Moreira. Bem acompanhada, não acha? Houve touradas e um boi muito bravo matou um homem a chifradas. Nesse dia eu não fui, mas ouvi dizer que foi uma coisa horrível. Fiquei com pena do homem, que era casado e tinha dois filhos. Melo e Aida ainda estão em São Paulo e não sabem quando voltam. A coroação da Rainha do Estudantes é no dia 22 de maio e haverá baile no ginásio. Eu creio que os estudantes vão reeleger a Jurandy Cabral e acho que fizeram muito bem, e você? Mande-me sua opinião a este respeito.

O Sr. Virgílio, pai de Maria do Titio Renó, está passando muito mal. Aqui na casa dela, dizem que ele está meio perturbado porque tomou birra da mulher e agora não pode nem vê-la. Ele também não toma remédio que ela faz, dizendo que ela quer envenená-lo. O cinema aqui está uma coisa horrível, não vai ninguém. Mamãe teve muita sorte em alugá-lo agora. Imagine se ela ainda estivesse tomando conta? Além da crise, ainda há o circo, não acha? Ontem, Ouro Fino veio jogar fuebol aqui e Santa Rita venceu por 4 a 2. Eu não fui ao jogo, porque estava sem vontade. O professor de francês e inglês do ginásio já chegou e estou esperando a Carminha para ver se ela quer continuar os estudos. Se ela quiser, eu também vou estudar. Que tal? Acha que faço bem ou o pouco que sei já serve? Mamãe recebeu sua carta e já respondeu em um cartão. Faça sempre assim, escreva-lhe de vez em quando, sim? E para a Sinhazinha? Você escreveu também? Ela não se esquece de você. Você tem tido notícias da sua casa? Ontem, vi a Baratinha do Mário Brandão passar e acho que ele está na terra. À noite, falei com a Maria Brandão e soube que os nossos passam bem. Os canarinhos vão passando muito bem. Já estão crescidos e começando a cantar. O mais bonitinho é o meu, que é todo amarelinho. O Pedrinho acha que é macho. Dos nascidos até agora, tem um todo amarelo, com a cabeça preta e um outro que parece muito com a mãe. Mais uma vez, lhe agradeço a gentileza que você está tendo comigo, escrevendo-me todos os dias. Queria que você visse o prazer que me dá com isto. Quando vejo que o meu querido Quinzote não se esquece de mim. Saudade da mamãe e milhares de abraços de sua noiva muito saudosa e sincera,
Glorinha.

Dica do Dia: Lachonete do Pardal (Por Sara Capelo)

Gilmar Donizete Braga, o Pardal, trabalha há 20 anos no ramo de lanches em Santa Rita do Sapucaí. Faz sucesso com uma enorme variedade de sanduíches, vitaminas, sucos naturais, porção de fritas e as requisitadas maioneses temperadas e de beterraba.

O carro chefe da lanchonete é o X-Família. “O lanche é para toda família, custa R$21,00 e é dividido em até seis pedaços. Quem come muito pede para dividir por quatro.”, disse Pardal. A lanchonete aceita todos os cartões de crédito e conta com o sistema que leva a máquina de cartões até o cliente. “Quem compra acima de R$20,00 paga R$1,50 em um refrigerante de 2 litros”, contou ele.

Agora em novo endereço na Rua João Rennó, 175. “Mudamos para um espaço mais amplo para melhor atender nossos clientes”, explicou Pardal. A entrega é feita por R$1,00 nos bairros, exceto no bairro das Margaridas onde a taxa é de R$2,00.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Compra de caças abre oportunidades para Santa Rita do Sapucaí

A licitação do governo federal para a compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira poderá trazer oportunidades para a indústria mineira. Para conhecer as propostas da Rafale, a Fiemg recebe o consórcio francês – formado pelas empresas Dassault Aviation, Snecma e Thales – interessado no negócio.

“Queremos conhecer as tecnologias transversais, que se são usadas nos caças e que podem ser aplicadas em outros setores da indústria mineira”, conta o superintendente de desenvolvimento empresarial do Sistema Fiemg, Sérgio Lourenço. Ele cita como possíveis beneficiadas as empresas que fabricam componentes eletrônicos e produtos de comunicação, na região de Santa Rita do Sapucaí, a indústria química, na área de compósitos e resinas sintéticas, e os fabricantes de nanotubos de carbono, que são resistentes a impactos e a temperaturas extremas. “Por isso, vamos ouvir a Rafale e temos a intenção de receber os demais interessados na licitação”, completa.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Vale da Eletrônica dribla falta de peças do Japão

A pulverização de fornecedores blindou o setor de eletroeletrônicos do Vale do Sapucaí contra os reflexos dos desastres naturais do Japão e seus desdobramentos econômicos. Nenhum atraso na entrega de produtos foi verificada até o momento. Os embarques vindos do país asiático correspondem hoje a apenas 5,5% do que é importado pelo setor. Algo em torno de US$ 2 bilhões, de um total de US$ 40 bilhões comprados em 2010. Os reflexos, contudo, poderão ser melhor avaliados depois de três meses, período de antecipação das compras realizadas pela maioria das empresas. A catástrofe do Japão, porém, já compromete um quarto da produção mundial de wafers de silício, utilizados na fabricação de chips.

"Diversificar nossos fornecedores foi uma decisão estratégica para proteger as empresas de altas bruscas nos preços e de calamidades como os terremotos e tsunami que vimos no Japão", explica o presidente do Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel), Roberto de Souza Pinto. Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, também conhecida como Vale da Eletrônica, reúne alguns dos principais produtores de artigos elétricos e de informática do país. As empresas da região são grandes importadoras de chips e microprocessadores dos países asiáticos, como China, Tailândia, Coreia e do próprio Japão, além de comprarem dos Estados Unidos, Canadá e União Europeia. 
Fonte: Portal R7.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Alunos da ETE FMC são destaque na Globo.com

 Veja, a seguir uma reportagem que fala sobre a FEBRACE, maior feira de ciências do Brasil, em que diversos alunos da ETE FMC tiveram seus projetos escolhidos e ganharam até uma reportagem especial:

Ecologia e acessabilidade são destaques na Feira de Ciências da USP
  
Febrace reúne mais de 300 projetos na maior feira de ciências do país. Participantes são alunos dos ensinos fundamental, médio e técnico

Estudantes dos ensinos fundamental, médio e técnico estão apresentando nesta semana, em São Paulo, projetos de ciência e tecnologia que desenvolveram em suas escolas. A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), organizada pela USP, é a maior do país. Esta edição conta com 301 projetos de 670 estudantes de todo o país – e um da Colômbia.

O principal objetivo da feira é incentivar a ciência desde cedo e estimular os jovens a seguir carreira científica. Contudo, mostra resultados práticos com projetos que revelam a criatividade dos alunos e professores que os conduzem.

Em geral, os projetos selecionados apontam soluções de baixo custo, tendo em vista o cuidado com o meio ambiente e a acessibilidade aos portadores de necessidades especiais, entre outros temas.

Cadeira de rodas acionada pelo sopro
Três projetos diferentes buscaram ajudar os tetraplégicos. Eles desenvolveram cadeiras de rodas movidas a motor que podem ser acionadas sem as mãos – pela voz, por exemplo.
 
Pensando em pacientes que têm também limitações na fala, alunos da Escola Técnica de Eletrônica Francisco Moreira da Costa, em Santa Rita do Sapucaí (MG), elaboraram uma cadeira controlada pelo sopro. Um sensor fica à altura da boca de quem está sentado. Com diferentes tipos de sopros, o portador escolhe a direção para onde quer ir e dá o comando para se movimentar. O projeto é assinado pelos estudantes Joaquim Eduardo de Oliveira, Wellington Rodrigues e Nixon Teixeira.

Agência do Banco do Brasil em Santa Rita é alvo de Reclamação

Fui publicada hoje, no site "Reclame Aqui" uma denúncia de descaso da agência do Banco do Brasil em Santa Rita do Sapucaí contra um morador da cidade. Com o título "Fatura de Cartão de Crédito nunca enviada e cobrada", o texto a seguir narra a insatisfação de um cliente ao resolver cancelar sua conta:

"Eu Tinha um cartão de crédito e deu problema com o chip que nao lia mais no terminal bancário. Fui ao banco então e solicitei outro cartão e fui atendido prontamente. Meu gerente me comunicou que o cartão antigo fora cancelado e que era para eu ficar despreocupado, sendo assim beleza. Isso foi em 2008.

Agora, em fevereiro, fui cancelar minha conta pois já tinha 2 contas no BB e, para minha surpresa, chegou uma correspodência em minha casa no qual havia um dábito de R$ 54,74 referente ao cartão de crédito antigo que era para ter sido cancelado. Detalhe: nunca recebi nenhuma fatura desse cartão nesses 2 anos e nunca fui incomodado com isso.

Fui ao banco e me informaram que eras tarifas+juros de tarifas, registrei reclamação, mas nada.i Liguei na ouvidoria e estou aguardando. Quer dizer, se eu demoro 30 anos pra fechar a conta, iam me cobrar 30 anos de tarifa+juros... isso sem me mandar uma fatura sequer... tudo na surdina!!! Só pra lesar o cliente!

O banco não resolve nada. Não consigo falar com meu gerente e, para minha outra surpresa, semana passada fiquei 2 horas tentando resolver isso e, após ligar na ouvidoria, descobri que o funcionário ainda não desabilitou minha funcão de credito... ainda vão me mandar mais faturas sem eu ter sequer o cartão e sem usar...

Estou insatisfeito com este banco, pois nunca devi um centavo sequer e agora me ameaçam por no SPC por um débito no qual nunca fui informado.

Aguardo solução, pois o primeiro passo foi a ouvidoria..o proximo é o PROCOM.... Vou até as ultimas consequências neste assunto."

Fonte: www.reclameaqui.com.br

terça-feira, 22 de março de 2011

Retratos da minha cidade

Em meados do século XX, Santa Rita guardava um ar bucólico. A cidade, encravada num vale, cercada de montanhas, banhada pelo Sapucaí, distava a poucos passos da zona rural. As ruas periféricas chamadas de: dos Marques, da Pedra, do Queima e da Ponte eram as vias de acesso à cidade. A quase ausência de veículos automotores era  compensada pelos carros de tração animal, como: charretes, carroças e, eventualmente, carros de boi. Era comum, nas ruas citadas, depararmos com cavaleiros transitando, uma vez que elas abrigavam vários estabelecimentos comerciais. O perímetro urbano dispunha de casas com pomares repletos de frutas, hortaliças, pocilgas e vacas leiteiras. Era o campo na cidade. Um detalhe curioso é que, geralmente, as propriedades eram rodeadas de cercas feitas de taquara e cobertas com chuchuzeiros.

Com poucas, ou quase nenhuma indústria, a cidade tinha como fatores econômicos a agricultura e a pecuária. O café, o leite e seus derivados, representavam o ponto alto da economia além, é claro, da produção de grãos. Em relação ao ensino, dispunhámos do Instituto Moderno de Educação e Ensino (Ginásio); a Escola Normal (hoje Escola Estadual “Sinhá Moreira”); o Grupo Escolar (hoje Dr. Delfim Moreira, Grupão); os Baudinos e a Escola de Comércio.

A Praça
A atração da cidade era a praça. Ocupando uma área retangular extensa, dispunha de um belo jardim florido, uma grama bem cuidada, arbustos de ciprestes bem podados em forma de cones, dois coretos, a fonte luminosa e bancos de cimento, estrategicamente  distribuídos para proporcionar conforto àqueles que não dispensavam o prazer de observar o lufa-lufa da praça. Havia uma passarela contornando o jardim, ladeada por um passeio em ressalto ao redor. Ela comportava os jovens que, em alas de 3 ou 4 pessoas, tinham do lado direito os homens e do lado esquerdo as mulheres, em constante movimento circular. Os primeiros, giravam em sentido horário,  em contraposição às mulheres, em sentido anti-horário. Sempre na ala feminina, estavam os casais de namorados e os noivos e casados. No entanto, os namorados, nem de leve, podiam se tocar às mãos. Essa prerrogativa era premissa dos noivos e dos casados. Beijar em público? Nem pensar!

A fonte luminosa funcionava, basicamente, aos domingos. Com suas águas multicoloridas, em evoluções constantes, era deleite para aqueles que a circundavam. Em ocasiões especiais, o primeiro coreto, próximo da Igreja Matriz, abrigava a banda de música carinhosamente apelidada de “Furiosa”, capitaneada pelo saudoso “Zequinha Major”. A retreta era apreciada e aplaudida pela multidão. A saudosa praça, hoje transformada, foi testemunha de incontáveis conquistas amorosas que culminaram em casamentos que duram até os dias atuais.

Bar Trianon
Via de regra, antes do início das sessões de cinema, funcionava no próprio prédio, um serviço de alto-falante. Além da programação dos filmes a serem exibidos no mês e comentários sobre os mesmos, também se ouviam músicas da época e intervalos comerciais. Tão logo a exibição do filme começava, a programação se encerrava e tinha início o serviço de alto-falante do bar “Trianon” que se situava onde é hoje a “Casa Caruso”. O referido bar oferecia aos seus “habitués”, além das tradicionais bebidas e sinucas, um delicioso cafézinho e também picolés, sorvetes, “toddy”, leite, pastéis, tudo ao gosto do freguês. Entre o bar e o cinema, na extensão  da calçada, ficavam os engraxates. Encostados na mureta frontal ao “Forum” os jovens ofereciam seus pés calçados com “Scatamacchia”,  “Polar” , “Tank” entre outras marcas tradicionais de sapatos, para que fossem polidos. Muitos engraxates se notabilizaram pela destreza com  que manipulavam a flanela de polimento. Dentro das suas caixas eram guardados os apetrechos de trabalho, tais como: escova para polimento, flanela, escova de dentes, graxa, tinta nas cores marrom e preto (cores únicas). Ao que me parece ainda não havia a graxa incolor.
 O Rio

O rio Sapucaí, com pouca vazão na época, vivia permanentemente cheio e conservava ainda boa parte da mata ciliar. Numa de suas margens, atrás do então “Hotel Melo” (hoje Real Pálace Hotel), posicionavam-se os amantes da pesca com linha e anzol. O rio caudaloso, bastante piscoso, oferecia uma gama de espécies de peixes, desde os pequenos lambaris, até os maiores como a piaba e o dourado. O ponto de encontro dos pescadores era junto ao famoso “bosteiro” (com o perdão da má palavra), local de grande concentração das mais variadas espécies. O generoso rio oferecia  alimento de graça a quem se dispusesse a pescá-lo.

O Clube
O Clube Santa-ritense, ponto de encontro das elites, além de bailes, oferecia aos seus associados salões de jogos de cartas, biblioteca e sala de música. Os bailes eram realizados em ocasiões especiais, tais como: Carnaval, 11 de agosto, Primavera, Festa de Santa Rita e, eventualmente, na vinda de algum artista famoso da música popular ou de alguma orquestra famosa das muitas que se espalhavam pelo país. Os populares Centro Operario e “José do Patrocínio” (Mimosas Cravinas) tinham no 1º de maio e 13 de maio as suas festas maiores. Afora isso, normalmente, nos finais de semana, ocorriam bailes comuns dos quais participavam, além dos sócios, a população em geral. Próximo a esses clubes ficava o famoso bar do “Bueno” frequentado principalmente pelos jovens que ali faziam suas libações, degustando bebidas de época como: “rabo-de-galo”, “caipirinha”, “high-fi” , “traçado”, “cuba-libre”, além de pinga e cerveja.
A Era do Rádio

Naquela ocasião, o rádio era ouvido naturalmente. Além da emissora local, era costume se ligar na famosa Rádio Nacional, em cuja programação se destacavam as “rádio-novelas”, noticiários como o famoso “Reporter Esso”, as paradas de sucessos musicais capitaneadas pelo querido César de Alencar (aos sábados das 16h00 às 18h00) e o inesquecivel Jorge Cury (aos domingos, ao meio-dia) que tinha o cantor Francisco Alves como pano de fundo. Mais à tarde, Jorge Cury ainda apresentava um programa de calouros, intitulado “A hora do pato”. Isto, sem contar com as quentes tardes esportivas, também “irradiadas” por ele mais o Antonio Cordeiro, com os jogos realizados na então capital Federal, o Rio de Janeiro.
O Cinema
O cinema era uma atração permanente. De segunda a sábado, o horário de funcionamento das sessões era o das 20 horas. Nos domingos, além da sessão vespertina, destinada principalmente às crianças, havia a sessão noturna que se iniciava também às 20 horas, exceção feita quando o filme era um clássico épico ou bíblico. Neste caso, as sessões se desdobravam nos horários de 18 e 20 horas. O prédio de funcionamento do cinema é o mesmo conservado até hoje, com pequenas modificações. Além da parte térrea, existem duas galerias: a primeira, com espaços reservados às autoridades e a segunda - a geral - popularmente chamada de “galinheiro”, destinada  ao frequentador de baixa renda. À guisa de observação, o cinema era, em algumas ocasiões, refúgio para os casais que pretendiam se bolinar. Havia moças que se prestavam a permitir um “rapa”, expressão que definia o popular “mão-nas-coxas”, somado a outros atos libidinosos. Algumas vezes, eram ouvidos suspiros inesperados que nada tinham a ver com o drama que se desenrolava na tela ou, em outras ocasiões, o estalido de um tapa desferido em alguém que escolhia a “caça” errada.
A iniciação sexual dos jovens se dava na famosa rua do “Brejo” (o nome verdadeiro é rua 13 de maio). Em toda a extensão da rua, proliferavam as casas de tolerância, destinadas à exploração do lenocínio. Mulheres famosas distribuíam seus favores sexuais remunerados a inúmeros jovens, ensinando-os a “doce arte de amar”. A rua, de má fama, condenada pela sociedade conservadora dos bons costumes, frequentemente era palco de sangrentas porfias, muitas vezes trágicas.

Vários dos nossos jovens migravam para centros maiores em busca dos seus sonhos de estudo ou trabalho. Os que estudavam, retornavam à cidade nos períodos de férias escolares ou, eventualmente, em ocasiões de festas, como a de Santa Rita. Os que trabalhavam, quando possível, vinham nessas ocasiões ou quando tiravam férias nos seus respectivos trabalhos. Nessas ocasiões, a cidade se tornava festiva. A população da cidade crescia temporariamente fazendo a alegria não só dos pais em receberem os seus filhos, como a dos habituais frequentadores da praça que se fartavam em ouvir as novidades. Interessante é lembrar que muitos dos nossos jovens, ao retornarem eventualmente à terra de origem, traziam no linguajar o sotaque dos locais em que moravam. Muitos carregavam nos “erres” e “esses”, causando uma espécie de gozação aos seus interlocutores.

O Futebol
O futebol era uma das nossas grandes paixões, tanto dos praticantes, como admiradores. A população se dividia entre os seus clubes locais preferidos: Flamour, Flamengo, Madureira, Minas Gerais (Cabeça de vaca), América, Botafogo, dentre outros. Os jogos eram realizados aos domingos e levavam multidões ao estádio. Santa Rita, também no esporte, revelou inúmeros atletas que se destacaram no cenário nacional e internacional. Também, aqui, aportaram times egressos dos grandes centros como o Flamengo, o Vasco, o São  Paulo e a Portuguesa.

Os eventos cívicos
Nos eventos cívicos, principalmente no da Independência, eram tradicionais os desfiles das escolas com todo o seu contingente. O “Tiro de Guerra”, pela sua tradição militar, era o mais imponente sem contudo deslustrar o brilho das escolas. A concentração final dos desfiles se dava em frente à escadaria da Igreja Matriz, local em que se reuniam as diversas autoridades e onde se consumavam os discursos laudatórios, alusivos à ocasião.

Esses excertos são “flashes” de parte da história de Santa Rita, vivenciados por mim na  década de 1950. Quando se iniciou a transformação da cidade, ainda no final dessa década e início da seguinte, eu não me encontrava mais morando aqui. No entanto, gostaria que outros conterrâneos que passaram pela mesma experiência minha, se dispusessem  a relatar fatos interessantes da nossa  querida cidade o que, de certa forma, nos trará muita alegria  e boas recordações.

Uma crônica  enviada pelo saudoso amigo Carlos José Kallás

segunda-feira, 21 de março de 2011

O Instituto Moderno de Educação e Ensino (Por Ivon Luiz Pinto)

Vim para Santa Rita em 1952 estudar no Instituto Moderno de Educação e Ensino – IME , que era o melhor colégio da região e estava localizado  onde hoje é o INATEL.  Eu vinha de Delfim Moreira, uma cidade pequena, e esta cidade me assombrou pela sua beleza e cultura. Foi fácil me apaixonar pela cidade e pela Rita. Estudei no IME durante três anos fazendo o colegial. O Cel. Francisco Moreira da Costa foi o paraninfo de nossa turma.
Todo ano, no dia 11 de agosto, era comemorado o Dia do Estudante e o Instituto se enchia de sons, cores e alegria com a festa da Rainha dos Estudantes. Esta festa só era menor que a festa de Santa Rita.

O acesso à escola era precário. Depois da Igreja de S.Benedito nada mais havia a não ser a chácara do Sanico e uma estrada de terra batida que ia dar na porteira do Colégio. Existia, de um lado, a casa do prof. Castilho e, do outro, a casa da doutora Maria José Mendes. A casa do prof. Castilho é hoje a Casa Viva do INATEL.

Nós usávamos um uniforme caqui, abotoado até o pescoço no estilo militar da época mas, aos domingos, tínhamos autorização para usarmos roupas civis para irmos à Missa e passear na praça.
Certa vez, um dos alunos, vindo da cidade, pulou a porteira. O prof. Castilho que estava descansando na entrada do edifício o repreeendeu  do seguinte modo: jovem, não faz mais isso, não. O cavalo vê e aprende.

A História do IME é apaixonante. Em 1912, o Sr. Antonio de Assis Longuinho, José Mendes e a Srta. Cilencina Telles fundaram o “ Collegio Santa Rita” para o ensino do curso primário e secundário.

Em 1918, o estabelecimento passou a ser dirigido pelo Dr. Leopoldo de Luna e o Prof. José Raposo de Lima. Nesse mesmo ano, o Sr. João de Camargo foi admitido como sócio.

Como a afluência de alunos era muito grande,  os senhores, Leopoldo de Luna e  João de Camargo resolveram transformar o Collegio Santa Rita em dois Institutos de  Educação: um para rapazes, o Instituto Moderno de Educação e Ensino, e outro para moças, a Eschola Normal Official. Quando estudei ali, o colégio já era misto.
Para que seu estudo fosse válido, até 1921, o Prof. João de Camargo levava, no final do ano, os alunos para prestarem exames no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Em 1921, o Departamento Nacional de Ensino concedeu ao IME o direito de ter sua banca examinadora oficial.

O prédio em que funcionou o IME e onde hoje está instalado o INATEL, foi construído pela municipalidade. Tinha, na parte de baixo, um  vasto salão que servia como refeitório e, nos dias de festa, era o salão de baile. Na parte de cima, localizava-se o dormitório, pois o estabelecimento possuía internato e externato. A partir de 1935, o IME foi dirigido pelo Prof. Henrique Del Castillo.
Em 1960, o estabelecimento foi adquirido pela Companhia de Jesus, os padres jesuítas, que estavam  instalando, a pedido de Dona Sinhá, a Escola Técnica de Eletrônica.

Foi aí, em 1962, que iniciei minha carreira de magistério como professor de Física, Química e Biologia e, depois, de História, pela qual  me apaixonei. Muitas vezes, a sala em que eu estava ministrando aula era a mesma em que fui aluno e isso me transportava no tempo como uma máquina mágica e eu revia colegas e professores e me esquecia na contemplação. Foi ali que o Everaldo, ou o Celso Adami, inspetores de alunos, também conhecidos por bedel, chamavam nossa atenção por causa das brincadeiras. Foi ali que passamos a vergonha de sermos surpreendidos em baixo da sala, olhando as pernas das meninas, através das frestas das tábuas do assoalho.

Reportagem da EPTV sobre Carnaval em Santa Rita do Sapucaí em 2011


Blog do Jaci traça panorama do empreendedorismo e educação no Vale da Eletrônica

O blog do professor Jaci surgiu com a intenção de compartilhar conhecimentos gerais, especialmente na área de adminstração, aconselhamento de jovens ingressantes no mercado de trabalho e orientação para criação de empreendimentos. O blog também será instrumento de divulgação das notícias do Pólo Tecnológico de Santa Rita do Sapucaí (MG), incluindo aspectos acadêmicos e profissionais. Confira

sexta-feira, 18 de março de 2011

Titia Marluce se atrasa mas consegue entregar coluna de carnaval

Queridos sobrinhos! Neste mês titia Marluce divertiu à grande com tantas aventuras dos Ursinhos! Titia não conseguiu entrar com a credencial deste fantástico jornalzinho mas posso contar tudo pra vocês do que vi do lado de fora! Titia ouviu o espetáculo todinho da magnífica lira chamada Chubaba! A banda  Estomazil também estava sumpimpa! Titia balançou horrores com  o magnífico Fox Trote dos cantores! O momento mais incrível da festa foi quando a dupla Ediana e Mascado tocaram lindas canções para a juventude! Que pândega! Lindo, Lindo, Lindo!

O recadinho dessa semana vai para o simpático Elieser: Encontrei sua peruca do Cauby, querido!

Fico por aqui, meus sobrinhos! No próximo mês, Titia Marluce promete trazer incríveis novidades da fantástica fanfarra das escolas de samba! Titia adora quando passam os meninos do Pode Por e dos Amigos Enjoativos. Até a próxima! Beijocas e pipocas!

Por Titia Marluce - Cronista Social do Empório de Notícias

Blog cultural traz histórias sobre Santa Rita do Sapucaí

A dica de hoje vai para o excelente blog de Nídia Telles. Apesar de longe de Santa Rita do Sapucaí, nossa conterrânea vive contando histórias locais, além de postar muitas matérias culturais interessantes. Vale a pena conferir esta página e conhecer esta pessoa tão agradável. Clique aqui para acessar o Blog

Santa Rita do Sapucaí e os impactos do desastre japonês

 Fonte: Rede Clipping

Comissão de Minas e Energia recebe proposta para debate sobre enchente em Santa Rita

Sete requerimentos foram recebidos na manhã desta quinta-feira (17/03/11) pela Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, todos a serem apreciados na próxima reunião. 

Dalmo Ribeiro Silva propôs a realização de outras duas audiências públicas para debater os impactos causados pelas enchentes em municípios do sul do Estado. As audiências seriam realizadas em conjunto com a Comissão de Meio Ambiente, sendo que a primeira seria em Santa Rita do Sapucaí e a segunda em Itamonte.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Próxima parada, Afonso Pena

No dia 25 de setembro de 1891 chegava a Itajubá, oficialmente, a Estrada de Ferro Sapucaí, depois de grandes esforços realizados pelo parlamentar Silvestre Ferraz que, por esse mesmo motivo, emprestou seu nome à nossa tradicional “rua da ponte”. Em Santa Rita, a ferrovia chegou três anos depois – em 23 de agosto de 1894 – por macios e ondulantes caminhos.
Um dos trabalhadores da nova estrada chamava-se Antônio Rodolfo Adami. Italiano que gostou dessa terra e por aqui plantou a semente da grande família Adami. Conta Ideal Vieira que, quando seu Rodolfo passava pelas terras dos fazendeiro Francisco Palma, este o convidou para chefiar sua turma de plantadores de café, ao que o Italiano respondeu, com orgulho: “Eu sou plantador de trilhos!”

Antônio Paulino, ao lado dos filhos Cássia e Joãozinho, assistiu à chegada da primeira locomotiva. Cássia estava exultante. A ponta daqueles trilhos conduzia ao Rio de Janeiro, independente se era tempo de chuva ou de seca. Não havia a necessidade de calcular o peso das mercadorias e nem mais esperar pelo retorno das vagarosas tropas. Ali estava, finalmente, vibrando no aço das caldeiras e expirando jatos de vapor. 

A primeira locomotiva, de nome Cristina em homenagem à terra natal de Silvestre Ferraz, chegou à frente de oito vagões. A estação foi batizada de Afonso Pena em homenagem ao então governador do Estado de Minas entre os anos de 1892 e 1894. Houve muita festa na inauguração. O Sr. Antônio Moreira da Costa foi o anfitrião e ofereceu muitos doces e vinhos aos convidados.
No começo, o nome da Estação – Afonso Pena – causava muita confusão. Alguns viajantes, desavisados, pensavam que Santa Rita não era servida por rodovia e passavam reto quando o trem chegava à estação e era anunciado o nome do governador. 

Marino Briguenti, que quando mudou para Santa Rita morava perto da estação, sempre brincava: “Afonso Pena é uma boa cidade para se morar!”

Com os trens, começou um intenso movimento na margem esquerda do Sapucaí. Carroças carregavam mercadorias, charretes e carros disputavam lugar junto às rampas da plataforma. Francisco Andrade Ribeiro montou uma máquina de café bem ao lado da estação. Próximo aos trilhos, Francisco Moreira construiu um grande armazém para depositar a rubiácia a ser exportada. Surgiram em torno da estação, residências, casas de negócios e dois hotéis.
Desde então, a mocidade santarritense fez da estação um local para passeios elegantes nas horas de chegada do trem: nove da manhã, quatro da tarde e nove e meia da noite.

O fim de uma era

No governo Sarney, a estrada de ferro foi extinta. Quinhentos quilômetros de trilhos foram arrancados sob a alegação de que não davam lucro, como se a função do Estado fosse enriquecer-se.

Nos últimos anos, a antiga estação havia sido transformada em um centro de artesanato; local que oferecia aos turistas um pouco do que é produzido em nossa terra. Uma das poucas iniciativas para incentivo à cultura, ao lazer e turismo que tivemos em décadas, esta obra também já não existe mais. Atualmente, o local encontra-se abandonado. Os velhos trilhos deram lugar ao asfalto e o romantismo dos trens foi trocado pela  velocidade.

(Texto baseado nas Obras “Crônica das Casas Demolidas”, de Cyro de Luna Dias, nas crônicas de Ideal Vieira e no livro “Memórias e Emoções” de Edméa Carvalho)

Noite das Colônias - Festa de Santa Rita 2012

Veja as notícias do dia no site da Difusora AM

Confira as principais notícias da Difusora AM através do site de notícias da Rádio. Dentre os principais acontecimentos, destaque para o furto de um automóvel acontecido ontem, próximo a uma escola. 

Acesse o site da Difusora AM para obter maiores informações: LINK

Governo de Minas estimula a retenção de capital intelectual

A partir de 2011, Minas Gerais vai ganhar quatro centros de pesquisa e desenvolvimento (P&D). Nesses centros de pesquisas as empresas desenvolvem tecnologia de ponta, inovação para seus produtos. A implantação desses centros permitirá que os pesquisadores do Estado, interessados em inovação, tenham mais oportunidades de trabalho em Minas e não tenham que buscar somente no exterior suas realizações profissionais. Para estruturar esses centros foi necessário estabelecer parcerias entre governo do Estado, Fapemig (Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais) e as empresas Coffey, General Electric Transportation (GE), Ericsson e CSEM Brasil. Essas articulações foram formalizadas, em 2010, por meio do programa Inove em Minas, só a iniciativa privada contribuiu com R$28 milhões para a execução do projeto.  A perspectiva é que até 2012 os centros de P&D dessas quatro instituições já estejam funcionando.
 
O que já saiu do papel
A Ericsson, uma das empresas atraídas, já iniciou a implantação de seus dois centros de P&D nas cidades de Belo Horizonte e Santa Rita do Sapucaí. O objetivo da empresa é desenvolver aplicativos multimídia e softwares. De acordo com o diretor de assuntos coorporativos da Ericsson, Edvaldo Santos, “os projetos estão caminhando de vento e poupa 37 empregos já foram criados e muitos outros ainda vão surgir, dentro da Ericsson e nos negócios que os centros de P&D vão impulsionar”. Ainda segundo ele, os centros de P&D vão trazer para Minas um ganho de competência em assuntos estratégicos como: comunicação e informação. 

Conheça o site do Santuário de Santa Rita de Cássia

A Paróquia de Santa Rita de Cássia disponibilizou um site turístico para o Santuário. Através dele, é possível conhecer os eventos da igreja, saber os horários das missas, ter acesso ao movimento litúrgico e ouvir a palavra do Pároco. Os links da Rádio Comunitária e as missas  online e são outra novidade e podem ser acessadas facilmente.