quinta-feira, 30 de junho de 2011

Um bate papo com os amigos Lebrinha e Macarrão

Dia desses, estivemos em companhia de dois grandes personagens santarritenses: Lebrinha e Macarrão. Sentados em um dos bancos da pracinha da Câmara Municipal, debaixo de uma árvore em uma manhã agradável de sábado, conhecemos um pouco da vida destes estimados habitantes de nossa cidade.
Empório: Qual é o nome do senhor?

Lebrinha: A turma me chama de Lebrinha. Já faz 30 anos mais ou menos que eu tenho esse apelido. O conhecido “Chico Preto” foi quem colocou. Desde criança eu sou chamado assim. Hoje eu estou com 45 anos.

Empório: O senhor nasceu em Santa Rita?

Lebrinha: Em nasci aqui mesmo. Minha família sempre viveu na casa número 211 da Rua Erasmo Cabral.

Empório: Como surgiu a idéia de criar uma charrete para passeios turísticos?

Lebrinha: Já fazia um bom tempo que eu estava com essa idéia na cabeça. Eu já trabalhava com carroça na cidade e resolvi trabalhar com passeio. Durante a semana eu faço carreto com a minha carroça e no final de semana eu faço passeios com a charrete. Eu cobro 10 Reais por um passeio de meia hora. Eu gastei mais ou menos uns 3 mil e quinhentos para montar a charrete. Fui montando aos poucos. O meu cavalo chama Gibante. O antigo dono foi quem colocou o nome.

Empório: O senhor tinha uma ocupação anterior aos passeios de charrete que oferece?

Lebrinha: Antes eu trabalhei no Inatel durante muitos anos.

Empório: Alguma celebridade já andou na sua charrete?

Lebrinha: O padre José já passeou nela. Foi uma vez que o padre Vonilton quis fazer uma surpresa para ele. Eu fui até a casa dele buscá-lo. Dizem que antigamente para ir celebrar as missas ele ia de charrete e queria matar saudade.

Empório: O senhor também participou dos carnavais?

Lebrinha: Eu gostava das batucadas. Mexi com escolas de samba durante muitos anos.  Minha escola do coração é a Azul e Branco.

(Nesse momento, Macarrão toma parte na nossa conversa  e começa a contar sobre a sua vida)

Macarrão:
Eu participei da fundação da Escola de Samba Azul e Branco! Naquela época o carnaval de Santa Rita estava fraco e não tinha muito o que fazer. Aí nós fazíamos batucadas na rua, com aquelas vacas, bonecão e tudo. Com isso, nós resolvemos fundar a Azul e Branco. Nós começamos a escola no porão da câmara municipal. Naquela época, recebemos apoio do Edson Marques, do Benício, do Caponi e de muitos outros. A escola de Samba era a coisa que eu mais gostava na vida. Eu fui nascido e criado aqui no bairro da Eletrônica e vi tudo isso aqui crescer.
Empório: Vocês acham que a vida por aqui melhorou com o passar dos anos?

Macarrão: Melhorou. Em vista do que era está bem melhor. Eu vi essa cidade crescer. Já carreguei muito cimento nas costas para ajudar a construir casas aqui da nossa cidade.

Empório: Como era o bairro da eletrônica na sua infância?

Macarrão: Nessa pracinha, por exemplo, tinha um matadouro muito bonito. Meu pai trabalhava nele. O verdadeiro nome desse bairro é “Matadouro”. Onde é a Eletrônica hoje era um matagal, uma lagoa só. A rua da FAI não existia. Era um brejão. Depois que a Dona Sinhá começou a construir a ETE foi que criaram as ruas. Capitão Paulo, prefeito na época, foi quem loteou essas casas perto da ETE. Hoje está tudo mais bonito!

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