segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Abacaxi e Bomba... é o Pronto Atendimento? (Por Ivon Luiz Pinto)

Sempre tive o maior respeito para com o PAM e tenho certeza de que os demais membros da Fundação Santaritense de Assistencia Social, que administra o  Hospital Antonio Moreira da Costa, também têm o mesmo respeito. Durante muitos anos, quase quatro, procuramos melhorias para atender a população  com honestidade e eficiência. Para isso modificamos  condutas, implantamos procedimentos, desligamos profissionais, numa tentativa árdua de fazer o melhor. Alguma coisa porém, emperrava nossos esforços, a verba não saía a contento, o auxilio legal não chegava e o poder público não se manifestava. Eu, particularmente, não entendia a causa de tamanho entrave. O PAM é necessidade vital para a saúde deste e de outros municípios. É o lugar de atendimento direto às urgências e emergências. Os profissionais que aíliatuam estão dispostos a todo tipo de emergência, socorro e resgate. É um outro tipo de serviço. Nunca entendi a razão do desinteresse até que, na Câmara Municipal, o vereador Hudson se manifestou, e aí se fez clareza. "Querem passar o abacaxi. Querem passar a bomba." disse o vereador, referindo-se ao comunicado da Administração do Hospital que devolvia o PAM à Prefeitura Municipal.

Foi como o sol que afasta as trevas e deixa brilhar as cores do Vale. Num gesto solene de político eleito para defender o bem estar do cidadão, com a autoridade de representante legal, ele declarou que o PAM é um “ abacaxi” e uma “ bomba”. Isso ouvi e está gravado nos anais da Câmara Municipal.

Para a população, o PAM é uma necessidade de urgência para alívio de suas dores, mas para ele é apenas um “abacaxi”. Para a população, o PAM é o socorro para seus males, mas para ele é apenas uma “ bomba”.
Então entendi porque não sai verba para o PAM. Entendi porque não há ajuda para ele.  Para o poder público o PAM é descartável, sem interesse e não necessita de atenção e cuidados. E a população? 

Reportagem sobre Joalheria assaltada em Pouso Alegre (Impressionante)

Santarritense perde e está eliminado na 2ª Divisão

Time de Santa Rita do Sapucaí perdeu em casa para o Valério

O Santarritense deu adeus de vez neste domingo (30) a qualquer possibilidade de se classificar para a próxima fase na 2ª Divisão do Campeonato Mineiro. Jogando em casa, a equipe de Santa Rita do Sapucaí perdeu por 1 a 0 para o Valério. Em Caso de vitória, a equipe do Sul de Minas poderia até sonhar com alguma coisa, mas agora está mesmo eliminada.

O Santarritense se despede da competição na próxima quarta-feira (2), às 11h, contra o CAP Uberlândia, fora de casa. Com a eliminação da equipe de Santa Rita do Sapucaí, o Sul de Minas não tem mais chances de ter  um representante no Módulo 2 do Campeonato Mineiro em 2012. O Jacutinga, que também disputou a 2ª Divisão, já havia sido eliminado na primeira fase.

Fonte:

EPTV

Outras Fontes:

FutNet


DeFato

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Visite a Fetin

Avenida Beira-Rio - além de abandonada - virou alvos de gambiarras

Se antes a Avenida Beira-Rio era bem cuidada, limpinha e toda cheia de lustres, bancos e mirantes, hoje está toda abandonada, imunda e sem iluminação. No local, apenas um método horripilante: a prefeitura deixou de lado a fiação subterrânea e  começou a passar a energia por riba mesmo. Substituir os lustres, nem pensar... Está a coisa mais feia do mundo. Se isso tivesse acontecido em apenas um poste tudo bem, mas o caso se repetiu em pelo menos quatro. No passado, quando um turista passava por ali, pensava: que local lindo e bem cuidado! Hoje, não duvido que veja aquela cena tosca e pergunte quem foi o caprichoso. Ele não estará errado... aquele serviço foi mesmo uma gambiarra de fazer inveja.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Obras de Drenagem no Bairro Pedro Sancho ainda não foram concluídas

Prefeitura não cumpre prazo para execução de obras de drenagem no bairro Pedro Sancho, fixado para o mês de setembro. Para acompanhar a matéria, acesse o site da Difusora. CLIQUE AQUI

Formada por santarritenses, Banda Tupi Balboa é a nova promessa do rock nacional

O grupo entra hoje em um estúdio da capital paulista para gravar seu primeiro álbum de composições próprias, gravado em português.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Forma com que cidadão santarritense é atendido pela prefeitura é de chamar a atenção

 
Imagem do terreno em questão, enviada à prefeitura no dia 9 de outubro de 2011.
No dia 9 de outubro, recebemos a informação de alguns moradores das ruas Efraim Abrahão e Francisco Nascimento, sobre a existência um terreno onde o depósito de entulhos tem sido frequente, ocasionando um grande risco à saúde. Segundo fomos informados, vários pedidos já haviam sido realizados aos vereadores para fazer com que aquele terreno fosse murado e que o lixo ali depositado fosse retirado do local, já que contava com a presença de animais mortos, restos de materiais de construção e outros dejetos. 

Sendo assim, enviamos no dia seguinte, 10 de outubro, um requerimento à prefeitura, solicitando ao prefeito que nos informasse algumas questões referentes ao terreno. Depois de 15 dias, prazo máximo para que obtivéssemos resposta, um documento assinado por Carla Carvalho Costa (Procuradora Geral do Município), Sílvia Moreira Costa (Procuradora Adjunta do Município) e Lucas Diogo Inocêncio Ribeiro (Procurador Adjunto do Município) chegou à redação do Jornal Empório de Notícias. O resultado você confere a seguir.

Essa era a situação do terreno quando recebemos a reclamação de alguns vizinhos

Vejam a seguir o que respondeu a prefeitura (Transcrevemos alguns trechos da resposta proferida pela prefeitura e anexamos o documento na íntegra para que o leitor possa conferir) e tirem suas próprias conclusões sobre a maneira como foi respondido.

a) Quem é o atual Proprietário deste terreno?
b) Há quanto tempo este terreno está no nome do atual Proprietário?
c)  De quem o atual proprietário adquiriu este terreno?

Resposta da Prefeitura:
O requerente busca através de seu requerimento, nos  itens "a", "b" e "c", informações próprias do Cartório de Registro de Imóveis Local.

Nota da redação: Sem nos informar o número do lote não há como descobrir o nome do proprietário.

d) O IPTU deste terreno está em dia? Em caso negativo, quando foi pago pela última vez? 

Resposta da Prefeitura (trechos):
"Tornar pública informações sobre valor de IPTU, a sua quitação e aplicação e quitação deste débito pode vir a constranger o responsável pelo imóvel. Ademais, como deixou claro, o seu interesse é jornalístico, ou seja: visa publicar tais dados no jornal, fato que acarretará danos à imagem do contribuinte, ao bem em questão."

"São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito de indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação."

Assim a prefeitura finalizou: "Logo, por não se tratar de informações de interesse coletivo ou geral, o requerimento em relação aos itens "d" e "f", deve ser indeferido, visando evitar constragimento geral ilegal ao responsável pelo imóvel em comento."

e)  A prefeitura notificou o proprietário sobre a necessidade de murar o terreno e mantê-lo sempre limpo?

A prefeitura não respondeu a esta pergunta.

f) O proprietário do terreno foi multado caso não tenha cumprido as disposições legais?  Em caso afirmativo, ele quitou os débitos?

Como constatamos através da resposta anterior, a prefeitura afirmou que "em relação aos itens "d" e "f", deve ser indeferido, visando evitar constragimento geral ilegal ao responsável pelo imóvel em comento."

g) Quais as medidas a serem tomadas pela prefeitura em relação a este caso e qual é o prazo para que este problema seja resolvido?

Vejam o que a prefeitura respondeu à pergunta feita por um contribuinte santarritense: "Em relação ao item "g" as providências a serem tomadas pela Prefeitura Municipal, estão previstas no Codigo de Posturas do Município, que está disponível no domínio www.pmsrs.mg.gov.br à disposição de qualquer cidadão."

Sim. Consultamos o código de Posturas do município e encontramos as seguintes informações: (Vale ressaltar: o terreno, até hoje, nunca foi murado)

Da higiene das habitações:

Art. 34 - Os proprietários ou inquilinos são obrigados a conservar em perfeito estado de asseio os seus quintais, pátios, prédios e terrenos.

Parágrafo Único: Não é permitida a existência de terrenos cobertos de mato, pantanosos ou servindo de depósito de lixo dentro dos limites da cidade.

CAPÍTULO XI - Dos Muros e Cercas:

Art. 147 - Os proprietários de terrenos são obrigados a mura-los ou cerca-los dentro dos prazos fixados pela Prefeitura.

Nota da redação: O Prefeito ocupa o cargo há mais de dois anos. Se sua administração segue rigorosamente o código de posturas, por que até hoje o terreno não foi murado, após várias reclamações da população?

Art. 149 - Os terrenos da zona urbana serão fechados com muros rebocados e caiados ou com grades de ferro ou madeira assentes sobre alvenaria, devendo em qualquer caso ter uma altura mínima de um metro e oitenta centímetros.

Quinze dias depois do envio de nosso requerimento, encontramos assim o terreno (Imagem abaixo). Bem diferente do que prevê o código de posturas do município:
15 dias depois do requerimento, voltamos ao local e constatamos que o terreno continuava repleto de entulhos e lixo. Imagem produzida em 25 de outubro de 2011.
Documento de resposta emitido pela Prefeitura, na íntegra: 

Você tem algum questionamento a ser feito ao prefeito? Saiba que todo cidadão tem o direito de obter resposta, ao enviar um requerimento à prefeitura. O  prazo máximo para envio da resposta é de 15 dias. Exercite a cidadania. Questione o prefeito sobre suas dúvidas. Você não paga nada por isso.

E aí? Você concorda com o tratamento dado pela prefeitura ao nosso questionamento? Na sua opinião, essas respostas resolveram o problema apontado pelos envolvidos? Eles tiveram um parecer da prefeitura sobre quando o problema terá uma solução adequada? Se você passou por uma experiência parecida, conte para nós. Teremos prazer em publicá-la.

O escotismo em Santa Rita, ontem e hoje

Grupo de escoteiros da ASA
Carlos José Ribeiro sempre admirou os Escoteiros mas, na sua juventude, não existiam grupos por aqui. Seu sonho só pôde ser realizado, muitos anos depois, quando decidiu criar um grupo na cidade que ficaria marcado como um dos melhores da região.

Como todo grupo de escoteiros sempre é patrocinado, ou pela prefeitura, ou por um grupo privado (Associações, escolas, clubes), quem apoiou a empreitada foi a ASA - Associação Santarritense de Atletismo, da qual Carlinhos fazia parte.

As patrulhas

Segundo os preceitos de Baden Powell, criador do escotismo, cada patrulha deve ter - no máximo - 8 membros e cada líder deve “adestrar” até 4 patrulhas. Sendo assim, o Grupo de Escoteiros da ASA tinha 32 lobi-nhos, 32 escoteiros e, aproximadamente, 25 pioneiros. Os membros eram escolhidos a dedo e vieram a ser tornar pessoas importantes na vida local.

Com sede própria, localizada no Sítio São Francisco, o aprendizado era intenso e contava com a aplicação de técnicas de sobrevivência, acampamentos, reconhecimento de território, vigia, uso de nós e até medição de árvores, através da análise de suas sombras. Carlinhos conta que as técnicas aplicadas por eles eram tão interessantes e o acampamento tão bem feito que diversos grupos vinham de outras cidades para conhecer o local.

O chefe de escoteiros na década de 70 conta que encontrou grande ajuda de José Benedito (Veterinário). Já sua irmã, Aparecida, era tão importante - tanto em sua vida profissional, quanto no escotismo em Santa Rita - que, quando faleceu, Carlinhos fechou seu consultório dentário e decidiu não participar mais do escotismo. Como a responsabilidade pela integridade das crianças era imensa, o Grupo da ASA teve fim com a saída de seu líder,

Grupo de Escoteiros Papa-léguas
Em 2004, a associação dos moradores da Nova Cidade convidou o Sargento Ribeiro para ajudá-los a montar um grupo de escoteiros na cidade. Até então, ele achava que aquilo era coisa de cinema. O policial militar nunca tinha tomado contato com esse movimento antes e passou a pesquisar sobre o assunto para poder realizar o projeto. A fundação oficial do “Grupo de Escoteiros Papa-léguas” aconteceu no dia 27 de fevereiro de 2005, quando foi feita a”Primeira Promessa dos Escoteiros”. Como não havia uma sede própria, os encontros aconteciam em espaços emprestados. Em menos de 6 meses, uma casa foi alugada e o grupo passou a ter ponto fixo até 2010, quando a prefeitura doou um terreno e eles construíram sua sede própria. No início, o papa-léguas tinha 105 membros. Hoje, depois que muitos escoteiros cresceram, o efetivo é de 54 participantes. O que não mudou foi o propósito do grupo: promover a cidadania, o amor ao próximo e o patriotismo. Para tomar parte no Grupo Papa-léguas é muito simples: basta ter uma religião, seja ela qual for, e não ter medo de trabalhar em benefício da coletividade.
Os eventos são realizados regularmente: de restauração de pracinhas, passando por coleta de mantimentos, conscientização sobre o perigo das drogas e outros assuntos. As reuniões são semanais e acontecem normalmente aos sábados. Para crianças de 7 a 10 anos, existe o grupo dos Lobinhos. Os escoteiros são formados por jovens de 11 a 14 anos. De 15 a 17, estão os pioneiros. Em todos esses graus, o exercício da liderança, o trabalho em grupo e o compromisso com o próximo fazem parte da pauta. Sargento Ribeiro conta que fazer parte do Papa-léguas é para poucos. Não são muitas as crianças que têm o compromisso necessário para desempenhar este importante trabalho. No entanto, todos estão convidados a conhecer o projeto e a fazer parte do grupo. Para aqueles que precisarem utilizar a sede do Papa-léguas para a realização de eventos comunitários, também existe a possibilidade de empréstimo. Nossos escoteiros incentivam o uso de seu espaço físico para que o ambiente não fique ocioso nos tempos livres. Através de iniciativas como estas, Santa Rita ganha um pouco mais de cidadania, nossas crianças encontram novas oportunidades e nossa comunidade recebe inúmeros benefícios. Vida longa ao Papa-léguas!
(Carlos Magno Romero Carneiro)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Vestibular FAI

Vídeo raro sobre a Construção da Ponte Nova

Oferecimento:


Antes cartão postal da cidade, Praça Santa Rita está em estado caótico

Gramado já não existe mais. O chão está imundo.  A fonte, até poucos dias, estava cheia de entulhos. Este é o estado caótico em que se encontra a Praça Santa Rita. Se antes tínhamos orgulho de passear por este lindo logradouro, hoje o local parece abandonado e a sujeira toma conta do ponto preferido dos santarritenses. Será que limpeza é obra? Até alguns dias, especulava-se criar uma rua para cortar a praça ao meio para desafogar o tráfego ou construir um calçadão que iria oferecer um efeito inverso ao da criação da tal via.  O mesmo calçadão que os santarritenses pediram para ser extinto há alguns anos. Afinal, o que quer nosso governante? Olhos abertos... Nunca se sabe o que podem fazer com um dos locais mais queridos e tradicionais da cidade.

Cornélio Procópio usa Vale da Eletrônica como referência

Intenção é utilizar experiência de Santa Rita do Sapucaí, para promover o desenvolvimento regional, no norte do Estado; parque tecnológico no município paranaense foi lançado em agosto e visa a integração entre empresas, universidades, governo e sociedade civil
 
A cidade de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, é conhecida como Vale da Eletrônica por abrigar centros educacionais e empresas do segmento, além de um parque tecnológico que serve como referência para outras cidades. No último domingo, dia 16 de outubro, 18 representantes de um comitê que discute empreendedorismo e inovação em Cornélio Procópio participaram de uma visita técnica à cidade mineira, com a intenção de conhecer o projeto inovador e utilizá-lo como modelo no Paraná. 

O Parque Tecnológico de Cornélio Procópio foi lançado em agosto, para promover o desenvolvimento regional por meio da união de empresas, universidades, governo e sociedade civil. Segundo a consultora do Sebrae/PR, Simone Milan Shavarski, uma das integrantes do comitê, os parques tecnológicos são um instrumento bastante utilizado em países desenvolvidos para dinamizar a economia regional e nacional e que está começando a ser implantado em maior escala nos países em desenvolvimento. 

Conheçam o Blog do nosso amigo Padre Ramon (ETE FMC)

O Padre Ramon SJ acaba de criar um blog com reflexões, histórias e acontecimentos do cotidiano. Visite sua página e conheça o trabalho deste morador de nossa cidade: Clique aqui para conhecer o BLOG

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Os melhores momentos da Projete 2011


Oferecimento:

A última vez que um trem passou por aqui.

Muito raro, este registro apresenta a ultima vez em que um trem esteve em Santa Rita do Sapucaí. Gravado também por Astolpho Gonçalves, Manezão, é uma relíquia que vale a pena ser vista.

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A História do Monumento ao Mestre

Ontem, procurei Sinhá Moreira para entregar uma carta quem veio por meu intermédio. Não sei por que veio endereçada a mim, mas me incumbi de levá-la à sua devida dona.

Ao chegar em sua casa, ela abriu a carta e se pôs a lê-la em voz alta. Ficou imensamente comovida.

- É do Xavier...
- Xavier? Não sei quem é...
- Não é do seu tempo. Foi aluno aqui do Ginásio. Veio direto da fazenda para o Colégio.
- Certamente tinha um apelido...
- Tinha sim.... e muito engraçado. Contam que, certa vez, o diretor levou os alunos ao Cine Santa Rita. Cada um recebeu sua entrada.
Quando o porteiro esticou o braço para pegar o ingresso da mão de Xavier, ele pensou que fosse para cumprimentá-lo e apertou a mão do homem, perguntando:

- Cumé que vai? E a famia, tá boa? O pai ta bão?

Ao ouvir aquele causo contado por Sinhá, ri muito e tentei imaginar qual seria o apelido do tal Xavier. Pela carta, percebi que ele havia mudado muito desde os tempos de escola. Suas linhas demonstravam que ele havia se tornado uma pessoa culta:

“Apraz-me entregar às suas mãos de rainha, pois fostes coroada rainha da minha turma de colégio, este donativo de 10 mil cruzeiros para o Monumento ao Mestre. Motivos alheios à minha vontade me impedem de doar uma importância à altura da minha gratidão aos antigos mestres deste educandário, bem como minha admiração por vossa pessoa.

Atenciosamente,
Dr. Xavier
Consultor Jurídico.”

Após a leitura da carta, tentei mudar de assunto, mas a conversa não poderia se desviar do Educandário ou do Monumento ao Mestre. Não resisti à curiosidade e me coloquei a fazer perguntas que Sinhá ia respondendo tranquilamente:

- Onde vai ser o monumento?
- Na Avenida Eletrônica.
- Como vai ser?
- Muito bonito... com frente e costas. Irá representar a instrução. Terá um professor e um aluno.
- Em quanto vai ficar?
- Custará 500 mil Cruzeiros.
- A senhora já tem esse dinheiro?
- Não tenho, mas confio nos antigos alunos que não recusarão ao pedido que fiz. Não vê o Xavier? Fiz também um pedido à prefeitura e à Câmara, composta por muitos ex-alunos ilustres.

E assim, a pedido de Sinhá Moreira, a eterna rainha dos Estudantes de Santa Rita, eu publico os primeiros donativos para o Monumento ao Mestre:

- Doutor Luiz Xavier – 10 mil.
- Dr. Paulo Borges  – 10 mil.
- Dr. Felipe Gorgulho – 20 mil.
- Uma antiga aluna – 2 mil.
- Lafaiete Paduan – 500.
- João de Faria e Souza – 1 mil.
- Dr. José Arthur– 2 mil.
- Dr. Antonio Sandoval – 5 mil.
- Dr. Lúcio Porto – 12 mil.
- Dr. Pedro Pavani – 5 mil.
- Maria Helena Guerzoni - 500.
- Paulo Cezar Andrade – 2 mil
- Alberto Benedito Fonseca – 2 mil.
- Marta Costa Brentan – 1 mil
- João Alberto Brentan – 500.
- José Augusto Telles – 500.
- Dalton Luiz Telles – 500.
- Maria de Lourdes Dias – 1 mil.
- João Machado Homem – 1 mil.
- Francisco Moreira de Andrade – 1 mil.
- Irineu Manoel dos Santos – 1 mil.

Jornal “O Correio do Sul” - 1962.

Oferecimento:

domingo, 16 de outubro de 2011

Vídeo raro da Ponte Velha, pouco depois de ter caído

Este vídeo, captado pelo saudoso Manezão (Supermercado Avenida), mostra a Ponte Velha em detalhes, pouco tempo depois do grave acidente que tirou a vida de diversos santarritenses e feriu outros tantos:
Oferecimento:

Homens arrombam caixas eletrônicos no Inatel

Bandidos renderam e amarraram quatro pessoas, que foram deixadas em um depósito

Dois caixas eletrônicos do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) - um do Banco do Brasil e um do Santander - foram arrombados na madrugada deste sábado (15), em Santa Rita do Sapucaí.

Segundo a Polícia Militar, dois homens armados renderam três vigias e um estudante, que foram amarrados e deixados em um depósito. Com as chaves dos vigias, os bandidos abriram os portões para um terceiro ladrão, que entrou com um carro e ferramentas para arrombar os caixas.

Nem a polícia nem algum responsável pelos caixas informaram quanto foi levado. O Inatel possui câmeras de vigilância, mas a polícia ainda não teve acesso às imagens.
Este é o 32º furto de caixas eletrônicos na região este ano. Deste total, 21 aconteceram em equipamentos instalados em agências bancárias e 11 instalados em escolas, prefeituras e postos de combustíveis.

Fonte: EPTV

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A mais nova opção em moda em Santa Rita

Tributo ao Raul em Santa Rita do Sapucaí

Vida e morte de um menino Judeu em Santa Rita do Sapucaí

Até a criação do aterro através do desmonte do morro do esguicho, grande parte do que é hoje o centro da cidade era tomada por um imenso pântano que ia da “Rua da Pedra” até às redondezas do largo da Matriz. A região era cortada por trilhas que os santarritenses atravessam para frequentar a escola normal ou realizar outras tarefas. Dizem que, de certa feita, um viajante desavisado pensou que o brejo era raso e tentou atravessá-lo sem passar pelos estreitos caminhos de terra batida. Acabou atolado até o peito e foi preciso usar uma carroça para retirá-lo do local. O pé esquerdo de seu sapato nunca mais foi visto. O viajante também tratou de caçar o rumo o quanto antes e desapareceu do mapa, assim que conseguiu comprar uma botina nova.

Como dissemos na matéria sobre o futebol santarritense, no local onde hoje está localizado o hospital, existia um córrego por onde passavam as águas vindas da Rua Nova. Naquela vala repleta de uma água lamacenta, diversos garotos se atreviam a nadar e, não raramente, eram recebidos pelos pais com uma bela “surra de reio” quando botavam os pés em casa. Um desses garotos era filho de um judeu-russo que havia fugido da revolução que assolou seu país em 1917. A morada dos estrangeiros era o Hotel Mello e os antigos proprietários do estabelecimento ainda se lembram de seus estranhos hábitos: o pai só tomava sopa de cebola e a esposa fazia a dança dos cossacos às três horas da matina.

Senhor Carmello Carneiro de Abreu contava que, em um sábado do final da década de 20, ao retornar de uma apresentação musical feita no Clube Santarritense, encontrou o filho do russo, que havia deixado o hotel após o café da manhã e havia desaparecido. Sem saber nadar, o menino se afogou no local onde viria a ser a residência do Sr. Mário Brandão. Tal tragédia abalou a cidade e antecipou a mudança da família russa.

Segundo nos contou Reinaldo Adami, o garoto foi sepultado bem na entrada de nosso cemitério. Seu nome: Laizer Fucs. Ele disse que o pequeno menino judeu foi sepultado entre os cinco primeiros túmulos da entrada do cemitério, do lado esquerdo, e que seu nome esteve lá por muito tempo. Nossa reportagem esteve no local, mas não conseguiu encontrar sua sepultura.

(Carlos Romero Carneiro)

Oferecimento:

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Memórias do Futebol Santarritense

Reinaldo Adami

Por volta de 1959, o grande time santarritense era conhecido como Flamur e tinha o goleiro Reinaldo Adami – o lendário Bimbo – como uma das principais atrações. Em uma das incursões do time a Cachoeira, a história mais interessante aconteceu quando o juiz roubou contra o time de Santa Rita e marcou uma reversão inexistente. Bimbo ficou tão nervoso com a atitude do juiz que se encostou em uma das traves, cruzou os braços e deixou o adversário bater. O respeito por nossos jogadores era tamanho que o atacante chutou, mas a bola acertou a outra trave e saiu pela linha de fundo. Depois desse lance impossível, o Flamur atropelou o time contrário e voltou pra casa cheio de moral.

Quem viu o goleiro Bimbo jogar conta que o rapaz era fera e gostava mesmo era de dar espetáculo. Qualquer bola rasteira já era motivo para o arqueiro dar piruetas e tornar mais inte-ressante o espetáculo. O que a torcida não sabia era que toda aquela habilidade era resultado de horas diárias de treinos sem bola e de muitas aulas com Bráulio – um goleiro que havia defendido o time da Força Expedicionária Brasileira, nos campos de batalha Ita-lianos.

Os bancários

Das grandes histórias que marcaram o futebol santarritense, dois bancários ainda são lembrados com muito cari-nho:  Zé Pepino e Zé Gaguinho. O segundo, apesar da dificuldade para falar, conseguia tocar bateria e cantar ao mesmo tempo. Para justificar a gaguei-ra, o meio-campo do Flamur sempre dizia que tinha alergia a homem.

Aranha negra


Bimbo gostava de se vestir de preto em homenagem ao lendário Aranha Negra. Mal sabia que o famoso goleiro russo também inspiraria seu mais promissor aprendiz: Luiz Carlos Lemos Carneiro. Dentro de pouco tempo, o rapaz treinado pelo gigante do Flamur, se tornaria uma das maiores lendas do futebol santarritense e seria disputado por grandes times do país.

Cabeça de Vaca

Foi de Renato Gomes a ideia de batizar o “Minas Gerais”, time formado nas redondezas do matadouro, de “Cabeça de Vaca”. A alcunha conquistada porque o time se reunia ao lado das carcaças abatidas para alimentar a cidade foi tão criativa que, em pouco tempo, ninguém se lembraria que a agremiação era portadora de uma homenagem ao glorioso estado mineiro.

Os famosos
De lá pra cá, muita bola rolou. Diversos times foram montados por nossos santarritenses e a cidade viu surgir grandes estrelas como Charuto, Gato, Zeca, Niquimba, Aleluia, Roque Júnior, Ziquinha e Elias. Alguns heróis ganharam fama nacional e jamais sairão da memória dos aficcionados por este grande esporte. A todos esses nomes, que um dia pisaram o gramado do Estádio Erasmo Cabral, o nosso reconhecimento. Vocês fizeram a alegria de milhares de pessoas, ao transformar a prática desportiva numa forma de arte.

(Carlos Romero Carneiro)

Oferecimento:

Empório de Notícias - Edição Especial - 15 de Outubro - Nas Bancas!

Não percam a Edição Especial do Empório de Notícias, em homenagem ao Monsenhor José. A nova edição chega às bancas no dia 15 de outubro, sábado, e está repleta de novidades:


- Você sabe quem construiu as grutas da Pracinha da Cadeia e da Vista Alegre? Conheça a história do homem que construiu sua carreira com rochas e dinamite.
- Você sabia que o empresário Dilson Frota está construindo um avião em sua casa?
- Conheça a história de Virgulino, proprietário da Antiga Casa Virgulino (Rua da Ponte)
- A vida de Padre José, dos tempos em que trabalhava na lavoura, até suas mais grandiosas obras.
- Você sabia que era proibido entrar de chapéu no Cemitério de Santa Rita no início do Século passado? Descubra essa e outras leis absurdas de nossa cidade, através de uma matéria produzida a partir de um documento de 1917.
- Saiba porque Bilac Pinto quis mudar o nome da Aeronáutica.
- Haidée Cabral conta como era a infância em Santa Rita no início do Século XX.
- Descubra o que Bá já fez em nome de seu amor pelo Fogão.
- Um pedaço de Diamante foi encontrado em Santa Rita. Saiba tudo através de reportagem de Fabiana Luna Mendonça.
- Causos e lendas do Folclore Político Santarritense.
- Sabia o que rolou na Projete 2011.
- Veja o que irá acontecer na Edição 2012 da Fetin
- E mais: Inatel recebe 5 estrelas no Guia do Estudante.
- Empório de Notícias dá Adeus ao seu Primeiro Assinante.
- Dois Anjos em Nossa Cidade: uma homenagem de Pe. Ramon a Monsenhor José e Pe. Furu.
- Cônego Vonilton faz uma bonita Homenagem a Monsenhor José.

Viu? Essa Edição não dá pra perder! Corra sábado às bancas e reserve o seu exemplar!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O empreendedor José Ribeiro da Silva (José da Silva)

José Ribeiro da Silva nasceu no dia 4 de julho de 1900, em Cachoeira de Minas. Filho de Tonico e Dona Mariquinha, sua chegada a Santa Rita do Sapucaí aconteceu quando ele ainda era criança. Sua primeira profissão foi a de Alfaiate. A enorme tesoura que utilizava para cortar os tecidos ainda está guardada na residência onde passou a maior parte da sua vida. Aos 23 anos, José da Silva – como era conhecido – abriu o seu primeiro estabelecimento comercial em uma pequena sala de duas portas, localizada no pé do morro o qual, mais tarde, ficaria conhecido pelo seu nome.
A descoberta de um dom

Através da venda de bebidas, alimentos e utensílios domésticos, o jovem empreendedor não tardou a desconfiar que o comércio seria sua grande especialidade. José da Silva era um vendedor ímpar. Possuía uma habilidade impressionante para negociar e satisfazer seus clientes.  Em poucos anos, o modesto ponto comercial teria que ser subs-tituído por um estabelecimento bem mais amplo para que pudesse oferecer tudo aquilo que seus fregueses solicitavam.

As negociações da “Casa 1001 Artigos de José Ribeiro da Silva” eram feitas através do sistema de cadernetas. Os pagamentos eram realizados apenas uma vez por ano, quando os fazendeiros recebiam o dinheiro proveniente das vendas do café. O mais interessante é a confiança existente na negociação. As cadernetas ficavam sob a posse do freguês e não havia qualquer registro das transações por parte do vendedor. Como se já não bastasse o prazo para pagamento, ao quitar as dívidas o freguês ainda recebia uma grande lata de doces como agradecimento.
Amor para toda a vida

Na juventude,  José da Silva adorava frequentar o cinema.  Naquela  época, os filmes ainda eram mudos e o estabelecimento dispunha de uma orquestra para animar as sessões. Muito mais do que assistir aos filmes de Velho Oeste que enchiam o Cine Theatro Santa Rita, o que ele mais queria era admirar a linda violinista que tocava ao lado do pai e da irmã. A moça se chamava Dinorah e era filha do Violoncelista Joaquim Carneiro de Abreu. Um homem muito bravo que sempre batia a vara do instrumento  em sua cabeça quando algum rapaz a olhava da plateia. Alguns anos depois, o comerciante rea-lizou seu grande sonho: casar com Dinorah. Mal sabia ele que aquele amor duraria uma vida inteira.

Uma nova paixão

Em 1935, José da Silva foi arrebatado por uma nova paixão, também dividida com sua esposa. Surgia nesse ano o tradicional Bloco dos Democráticos, que teve o seu nome entre os fundadores. A primeira sede da agremiação – localizada no antigo prédio do Clube Santarritense (hoje demolido),  foi comprada por ele, em sociedade com mais dois foliões.
Aventuras sobre rodas

José da Silva adorava pilotar sua moto e fez muitas aventuras com seus amigos. Certa vez, ao chegar ao Rio de Janeiro, em duas rodas, com o companheiro Carmelo da Abreu, a dupla de motoqueiros estava tão suja que, por pouco, não foram presos pela Polícia Militar. Em outra ocasião, o comerciante viajava com seu amigo Antônio Lemos Carneiro, na garupa, e só se deu conta de que o passageiro havia caído pelo caminho, quando Antônio parou de responder suas perguntas. Seus familiares também não deixam de relembrar quando ele viajou para Pouso Alegre e, na volta, pegou um ônibus. Havia esquecido de que tinha ido de moto e teve que voltar para buscá-la.
Um combustível nas vendas

Com o passar dos anos, o comerciante construiu um grande estabelecimento comercial, no final da Rua Coronel Antônio Moreira da Costa. Sua residência, por sua vez, foi erigida em cima de seu armazém. Bem em frente, instalou uma bomba de gasolina, utilizada para abastecer os primeiros veículos que chegavam a Santa Rita do Sapucaí. O mais interessante de tais bombas, é que elas funcionavam à manivela. O ven-dedor precisava levar a gasolina para o alto da máquina para depois liberá-la dentro do tanque. Como não dispunha de um sistema para armazenamento, o combustível era depositado em diversos tonéis de madeira, dispostos ao lado do Grupo Escolar Delfim Moreira.

No início da década de 40, José da Silva inaugurou o seu primeiro posto de gasolina, localizado à rua Barão do Rio Branco (em frente à Tipografia Santa Rita). Mais tarde, construiu um novo posto na Avenida Si-nhá Moreira (ao lado da rodoviária). Desde então, qualquer habitante da cidade que comprasse um carro, seria seu freguês.
O reconhecimento

À medida que os seus negócios cresciam, José da Silva se tornava ainda mais popular. O reconhecimento de seus conterrâneos só pôde ser mesmo mensurado quando resolveu se candidatar  às eleições municipais. Em uma época em que os cargos do executivo eram divididos,  o comerciante foi candidato a vice e obteve mais votos do que o Prefeito eleito.

Homem de bem

Outro grande atributo do comerciante era a Caridade.  Crezilda, sua filha caçula, conta que ele perdoou dívidas da cidade inteira. Se o freguês estivesse em apuros, ele simplesmente não cobrava e passava a régua no assunto. Apesar de seus pais terem sido espíritas devotos e terem doado o lote para a construção do primeiro Centro da cidade, ele dizia que não podia se considerar membro da religião, pois tinha a consciência pesada por colocar margem de lucro sobre as suas vendas. Como Maçon, o comerciante foi membro da Loja Maçônica “Caridade Sul Mineira” até o final de sua vida e ocupou o cargo de Venerável Mestre por alguns anos.

Dentro de casa, José da Silva nunca falou um único palavrão.  Jamais falou alto com sua esposa e seus 3 filhos (Crezilda, Lydia e Hugo), que não se lembram de presenciar uma única briga entre os pais. Por outro lado, sua esposa tinha o sangue quente. Dinorah era muito brava. mas também era dona de um coração de ouro.

A despedida

No ano de 1984, José da Silva perdeu o grande amor de sua vida. Aos 86 anos, o comerciante parecia não suportar a perda de sua querida esposa. Vez ou outra, ele corria ao quarto, abria a porta do guarda-roupas,  pegava uma blusa de Dinorah e a cheirava. Quando chegou o carnaval, ao ver o Bloco dos Democráticos todo montado em frente à sua casa, ele não se conteve e balbuciou para si mesmo: “coitada...” Um ano e meio depois, a saudade foi tanta que seu coração não suportou. Falecia, em 1986, um dos habitantes mais queridos e interessantes que Santa Rita do Sapucaí havia conhecido. Na despedida, centenas de pessoas subiram ao “morro do José da Silva” para dar um último adeus. O adeus a um homem que mereceu o seu nome.    
     
Texto baseado nos depoimentos de Crezilda Carneiro Silva Prado, filha de José da silva.
(Carlos Romero Carneiro)

Um oferecimento:

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Colheita do Café chega a 160 mil sacas em Santa Rita do Sapucaí

Apreensão de pássaros em Santa Rita

A Polícia Militar de Meio Ambiente de Pouso Alegre, após receber uma denúncia anônima do setor fauna, soube que um homem estava mantendo pássaros da fauna silvestre em cativeiro sem autorização do órgão ambiental competente (IBAMA) e compareceu ao bairro Juquita em Santa Rita do Sapucaí. 
A PM se deslocou até a residência do autor que, após tomar ciência do fato, franqueou a entrada dos policiais em sua residência. Na presença de testemunha, o homem acompanhou o desenrolar da ocorrência. Não foi possível realizar a condução do autor, uma vez que o mesmo não se encontrava bem de saúde, além de ser um idoso (77 anos). 

Detectada as irregularidades, foi feita a apreensão dos seguintes pássaros da fauna silvestre: 09 (nove) Canários da Terra e 01 (um) Sanhaço. Todos os pássaros irregulares foram apreendidos e encaminhados ao IBAMA, juntamente com as oito gaiolas de arame e madeira em mau estado de conservação e um alçapão. As medidas administrativas ficaram a cargo do IBAMA.

Fonte: Assessoria de Comunicação Organizacional da 17ª Cia PM Ind MAT

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Visite a Projete: a Feira de Projetos Futuristas da ETE FMC

Vaga para Engenheiro de Desenvolvimento

Vaga de emrpego em Empresa no Segmento de Telecomunicações (Leucotron) seleciona candidatos para a vaga de Engenheiro de Desenvolvimento para Santa Rita do Sapucaí / MG.

ATIVIDADES: Contribuir para o desenvolvimento de produtos através da execução de projetos de hardware, de software embarcado, rotinas de testes elétricos e funcionais, documentação técnica do produto. 

REQUISITOS: •Formação completa em Engenharia Eletrônica ou Telecomunicações. •Conhecimentos específicos: Software embarcado; CAD eletrônico (esquemático e layout); eletrônica analógica e radio freqüência; engenharia de testes; documentação de produto. •Conhecimentos Desejáveis: Linux para sistemas embarcados, drivers de dispositivos, microprocessadores ARM e DSPs.
Benefícios: plano de Saúde, vale alimentação, vale transporte e PLR.

Salário: “a combinar”

Enviar currículos até 15/10/2011 aos cuidados de: Adriana Chagas com a sigla: ED no campo assunto para o e-mail: curriculo@leucotron.com.br .

Observações: CLT

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Saudades da querida Marília do Didi

Marília Floriano de Almeida nasceu em Jacutinga, no dia 17 de dezembro de 1947 e mudou-se para Santa Rita do Sapucaí com apenas um ano. A menina se destacou na vida acadêmica desde o primário até o magistério onde era chamada de “um passo além” pelas colegas que não conseguiam acompanhar suas ideias.
Segundo sua mãe, quando Marília ainda era criança já gostava de escrever versos. Ela dei-xou crônicas e poesias lindas como a do Rio Sapucaí que fez a pedido de José Norberto, da Casa do Beto e um acróstico que fez para sua irmã Cibele de Almeida em 1973. “Grande amiga e grande poetisa, eu pedi para ela fazer uma poesia sobre o Rio Sapucaí e a poesia está aqui até hoje. Ela era uma amante do Rio, participava ativamente da Associação do Rio Sapucaí”, Disse Beto.

Marília pintava muito bem, fazia artesanato e participava da antiga ASA – Associação Santarritense de Artesanato. Era sócia do marido, Benedito Vitor Garcia, o Didi, na empresa de silk screen e lá fazia toda parte de comunicação visual. Carnavalesca de coração ajudou a fundar a Escola de Samba Unidos do Maristela, onde foi tesoureira e viu a escola ser bicampeã em 2007/2008. “Foi ela quem desenhou a marca da escola que usamos nas camisetas; ela era uma artista”, disse o companheiro ainda apaixonado.

Segundo Didi, Marília tinha um dom especial: ela conhecia as plantas e ervas medicinais e era benzedeira de crianças. “Ela brincava dizendo que era feiticeira”, disse Didi. Ele contou também que uma vez uma mãe levou um bebê desnutrido para benzer e ela disse que benzeria com a condição de que depois levasse a criança para o hospital. “Ela tinha a consciência de que tem horas em que é necessário um médico”, explicou Didi.

Protetora dos animais virava um bicho quando via alguém maltratando algum cachorro. Foi tesoureira da Adevale – (Associação dos deficientes do Vale da Eletrônica)  e procurava sempre ajudar quem precisava. Após a enchente de 2000, teve um desprendimento das coisas materiais e passou a ser adepta do modo de vida de São Francisco de Assis.

Na noite de 24 de setembro do ano de 2010, saiu de cena, vítima de uma forte pneumonia a “baixinha”, como Didi a chamava. Uma criatura que tanto bem fez para a vida dos que a cercavam e que deixou muita saudade aos santarritenses.                
(Sara Capelo)
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JS Refrigeração é excelência em atendimento e credibilidade

Quando resolveu se aposentar do serviço de manutenção de eletrodomésticos, após 40 anos no mercado, Luiz Carlos Lemos Carneiro conheceu Samuel Alves, que veio de São Paulo e já trabalhava na área. Após conhecer melhor o trabalho de Samuel, a experiência adquirida, honestidade no diagnóstico e preços compatíveis, Luiz Carlos começou a indicar o trabalho dele.

A JS Refrigeração, empresa de Samuel, atende com eficiência clientes de Santa Rita do Sapucaí e redondeza. “Atendo na região porque sou autorizado de tanque resfriador de leite da marca Etscheid. Esses tanque estão instalados em várias regiões. Inclusive, tenho contrato com a Cooper Rita para atendimento dos mesmos. Fora os tanques de leite, atendo a todas as lojas da Cooper Rita”, explicou ele.

Conhecido pelo atendimento rápido e com qualidade, Samuel trabalha com horário agendado. “Atendo em casa sem cobrança de orçamento, dentro da cidade de Santa Rita do Sapucaí. Busco sempre superar as expectativas dos clientes”, disse Samuel.

Segundo Samuel, o eletrodoméstico que mais dá problemas são as lavadoras e, na época de chuvas, aumentam os problemas. “Os raios sempre causam danos em refrigeradores e lavadoras que usam placas eletrônicas”, disse ele que recomendou, em caso de queda de energia, desligar o plug dos eletrodomésticos da tomada e, mesmo quando voltar a energia elétrica, aguardar que a mesma esteja estabilizada.

Ele disse que para que os refri-geradores tenham uma vida mais longa não é indicado secar roupa atrás e não usar utensílios pontiagudos para remover gelo. Ele atende com honestidade e firmeza no diagnóstico as marcas Consul, Brastemp, Electrolux, Latina, Metalfrio, Prosdócimo, Continental e Etscheid Techno.

A JS Refrigeração atende todos os dias da semana, das 07h às 20h, na Rua Sebastião Vilela do Couto, 40 e pelos telefones (35) 3473 0064, (35) 8852 7753 e (35) 9811 0603.

(Por Sara Capelo Gaivota)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Felipe Elias e a imigração libanesa

A imigração libanesa

A virada do Século XX foi marcada pelo domínio turco sobre os povos árabes. O Líbano, com sua natureza fértil, era subjugado enquanto começava a se tornar reconhecido pela prestação de serviços. Devido ao forte inverno na região, os ciclos produtivos eram curtos. Beirute era o centro financeiro e cultural e começava a exportar imigrantes aos países do Novo Mundo que sonhavam com tempos melhores. Aquele foi um momento especial na trajetória dos Estados Unidos que aproveitaram muito bem o segundo ciclo da revolução industrial e passaram a atrair gente do mundo todo. Já o Brasil, não tão industrializado, vivia o reflexo desse impacto e também era tido como uma possibilidade de vida nova. São Paulo – centro co-mercial do país – era o destino favorito dos Libaneses que mantinham a tradição herdada dos fenícios. Os grandes comerciantes chegavam por aqui, criavam suas redes atacadistas e depois contratavam mascates libaneses que percorriam toda a região com suas canastras repletas de utensílios domésticos. Esta é a trajetória de Assad, que se tornou muito conhecido por sua casa comercial e que distribuiu diversos comerciantes no trajeto das antigas “bandeiras”.

A chegada a Santa Rita do Sapucaí

Assad foi o primeiro Baracat a chegar a Santa Rita do Sapucaí. O comerciante não demorou a conhecer todo o potencial da cidade, com seus coronéis que abriam as casas para convidar os vizinhos e receber os mascates. Em um tempo em que ainda não havia comércio local, uma grande recepção era feita e diversos produtos expostos pelos vendedores libaneses que pouco entendiam a nossa língua. Nos locais onde eram bem recebidos, os comerciantes fundavam lojas e geravam famílias que não demoravam a se integrar aos conterrâneos. Assad não ficou, mas seu ciclo comercial na região trouxe a maioria das famílias libanesas residentes por aqui.

A vinda do Felipe Elias

Felipe Elias foi um dos tantos comerciantes que procuraram Assad, assim que chegaram ao Brasil. Seu sobrenome, Kallás, vinha da palavra “cal” e significava brancura. Sua primeira missão ao começar uma nova vida era aprender com os outros vendedores a negociar sem entender nada do português. A intuição valia ouro. No comércio de Assad, o jovem libanês enchia a canastra com casimiras inglesas, linhos S120 holandeses, peças de cutelaria, bijuterias, perfumes e joias e embarcava no trem da Rede Mineira de Viação com destino ao sul de Minas. A identificação com Santa Rita foi tamanha, que o mascate não tardou a se firmar na Rua da Ponte e se casar com a também libanesa Maria Jorge Kallás. De sua união, surgiram quatro filhos que se estabeleceram por aqui.

Casa Vênus

O comércio que Felipe Elias construiu, a partir de suas economias, chamava-se Casa Vênus. A alusão à deusa do amor devia-se ao fato de que o grande filão explorado pelo rapaz eram os enxovais de casamento. Assim que iniciou seus trabalhos, o libanês passou a receber os mascates em sua loja e teve em sua esposa grande auxílio nas negociações com os brasileiros. Toda vez que chegava um viajante com suas malas repletas de tecidos e joias, hospedavam-se no lendário Hotel Melo e eram auxiliados pelo carregador Orestes – com sua carrocinha verde – que levava as bagagens do Hotel até os pontos comerciais espalhados pela rua da ponte. Grandes comerciantes percorreram o mesmo caminho. As famílias Rezeck, Kallás, Anderi, Calixto, Sarkis e Murad compartilharam histórias parecidas e se tornaram tradicionais na terra mais cordial que já conheceram. A tradição ancestral de não se fixar em apenas um local era quebrada pela receptividade dos santarritenses. Por lidarem com dinheiro, muitas vezes esses homens eram vistos como apegados ao materialismo, mas acabavam quebrando esse preconceito por fazerem questão de estudar seus filhos e torná-los imprescindíveis à sociedade.

Paixão pela caça

A grande paixão de Felipe Elias Kallás era a caça. O comerciante era um exímio caçador e nunca abatia além do que poderia consumir. Em seu estabelecimento, até um clube foi montado para que os praticantes da modalidade se encontrassem para contar verdades e proezas ligeiramente inventadas.  Oswaldo e Décio Guerzoni, Astolpho Dias, Oswaldo Silva, Tenente Aníbal, Domingos e Aristeu Caputo, eram alguns dos frequentadores do clube que tinham Magriner, Remington e Bereta, palavras sempre presentes em seus vocabulários. Às margens do Sapucaí, quando o cão sentia o cheiro das codornas, amarrava: montava guarda e ficava paralisado em direção à caça. Era o momento em que os caçadores batiam o pé no chão, disparavam o cão e abatiam as aves em movimento.
Quando não havia juros

Apesar de vender armas e equipamento para caça, a época em que a Casa Vênus mais lucrava acontecia entre outubro e novembro - período de negociação das safras. Era o ciclo do café. Nesse período, Felipe contava com a sensibilidade da sua companheira que sempre procurava conhecer o gosto das freguesas, antes de fazer os pedidos. Uma delas, conhecida como Mariquinha do Capitão, era muito elegante com seus vestidos rendados e sempre procurava Maria Kallás para encomendar roupas e utensílios para a família inteira.

Além dos grandes produtores, havia na cidade três figuras importantes: o viajante bem sucedido, o bancário e o corretor de café. Muitos desses homens, como o senhor Felipe, integraram-se facilmente às famílias tradicionais da cidade e hoje são tidos como santarritenses legítimos e muito queridos por toda a sociedade. Através destas famílias, nosso povoado se desenvolveu e ganhou novos ares. Por suas obras, o município ganhou forma e se tornou o que é. Aos queridos imigrantes, nossa saudosa homenagem. Aos bravos libaneses, nossa eterna admiração.

Este texto foi baseado nos depoimentos do amigo Ely Kallás, filho do senhor Felipe Elias, a quem muito agradecemos. Por Carlos Romero Carneiro.

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Minha carreira artística foi breve, muito breve...

Na primeira apresentação pública, se encerrou minha promissora carreira como baterista. Após anos de ensaios, lesões nas mãos, denúncia do vizinho que disse ao delegado que eu surrava o instrumento da maneira que podia. Disse ou-tra vez que tinha a impressão de que eu estava fazendo uma reforma no prédio; derrubando paredes e rompendo o silêncio; quebrando tudo; encheu de policía na rua; uma maravilha!!! Foram diversas idas à delegacia por infração da lei de proteção contra a poluição sonora, mas naquele dia eu, perspicaz baterista mineiro, iria finalmente realizar a Estreia ou Premiere, (do Francês), era minha primeira exibição, havia sido promovido de Staff para Baterista substituto.

A apresentação musical da banda ABANDONI com o novo baterista Sinésio prometia ser a primeira de muitas, havia planos. Na barraca do Diretório Acadêmico do INATEL, na quermesse da paróquia de Santa Rita do Sapucaí, já havia passado SKANK, JOTA QUEST, ALMA AZUL, e tantas outras bandas não tão famosas, mas agora era a vez da ABANDONI.

Não foi exatamente um grande evento cultural com acontecimentos extravagantes. Não havia atraído um grande número de persona-lidades da vida social. Não estavam presentes colunáveis. Também não atraiu a atenção das mídias (Jornal, Revista, TV), mas ainda assim era uma estreia e, quando chegou o momento, algo deu errado.

Tropecei e caí aparatosamente atrás do palco, fora da Barraca, mas recompus-me e apareci pela entrada junto ao público. Subi novamente ao palco e finalizei a interpretação de Moby Dick do Led Zeppelin na apresentação com a banda “Abandoni”, na qual havia sido promovido de Staff para Baterista substituto. “Agradeci as palmas”, amparado pelo guitarrista Marcelo, que correu em meu auxílio após a queda. Encerrou aí minha carreira como baterista. Não participei dos próximos shows, não gravei álbum, fui destituído.

“Moby Dick” é uma música instrumental com solo de bateria da banda inglesa de rock Led Zeppelin. A banda era composta pelo guitarrista Jimmy Page, o baterista John Bonham e o baixista John Paul Jones.
(Sinésio Gomes)

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