quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Saudades da querida Marília do Didi

Marília Floriano de Almeida nasceu em Jacutinga, no dia 17 de dezembro de 1947 e mudou-se para Santa Rita do Sapucaí com apenas um ano. A menina se destacou na vida acadêmica desde o primário até o magistério onde era chamada de “um passo além” pelas colegas que não conseguiam acompanhar suas ideias.
Segundo sua mãe, quando Marília ainda era criança já gostava de escrever versos. Ela dei-xou crônicas e poesias lindas como a do Rio Sapucaí que fez a pedido de José Norberto, da Casa do Beto e um acróstico que fez para sua irmã Cibele de Almeida em 1973. “Grande amiga e grande poetisa, eu pedi para ela fazer uma poesia sobre o Rio Sapucaí e a poesia está aqui até hoje. Ela era uma amante do Rio, participava ativamente da Associação do Rio Sapucaí”, Disse Beto.

Marília pintava muito bem, fazia artesanato e participava da antiga ASA – Associação Santarritense de Artesanato. Era sócia do marido, Benedito Vitor Garcia, o Didi, na empresa de silk screen e lá fazia toda parte de comunicação visual. Carnavalesca de coração ajudou a fundar a Escola de Samba Unidos do Maristela, onde foi tesoureira e viu a escola ser bicampeã em 2007/2008. “Foi ela quem desenhou a marca da escola que usamos nas camisetas; ela era uma artista”, disse o companheiro ainda apaixonado.

Segundo Didi, Marília tinha um dom especial: ela conhecia as plantas e ervas medicinais e era benzedeira de crianças. “Ela brincava dizendo que era feiticeira”, disse Didi. Ele contou também que uma vez uma mãe levou um bebê desnutrido para benzer e ela disse que benzeria com a condição de que depois levasse a criança para o hospital. “Ela tinha a consciência de que tem horas em que é necessário um médico”, explicou Didi.

Protetora dos animais virava um bicho quando via alguém maltratando algum cachorro. Foi tesoureira da Adevale – (Associação dos deficientes do Vale da Eletrônica)  e procurava sempre ajudar quem precisava. Após a enchente de 2000, teve um desprendimento das coisas materiais e passou a ser adepta do modo de vida de São Francisco de Assis.

Na noite de 24 de setembro do ano de 2010, saiu de cena, vítima de uma forte pneumonia a “baixinha”, como Didi a chamava. Uma criatura que tanto bem fez para a vida dos que a cercavam e que deixou muita saudade aos santarritenses.                
(Sara Capelo)
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