quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A História das nossas Bandas de Música

Os músicos sentados são, da esquerda para a direita: Quincas com seu filho Carmelo (criança), o Sr. Longuinho - Presidente de Honra, Dona Corina e seu esposo Vindilino e José Marques.
Em 1893, chegou a  Santa Rita um circo de cavalinhos, cujo integrante era o senhor Barbosa. Um músico de grande talento e exímio pistonista que, logo que aqui chegou, fez a amizade com o senhor Joaquim Carneiro de Abreu - conhecido como Quincas Neto. Quincas, na época, era dentista. Apaixonado por música, frequentava o  circo para ver o senhor Barbosa executar o seu piston. Não demorou muito, os dois se tornaram grandes amigos. Foi através dessa amizade que o senhor Quincas, sabendo que o circo ficaria 8 meses na cidade, propôs ao senhor Barbosa que abrisse uma escola de música por aqui. Quincas foi seu primeiro aluno. Quando terminou a temporada circense, Barbosa deixou que o circo partisse sem ele e fixou residência na cidade. Alguns anos depois, formava a primeira banda da cidade - “A Banda do Barbosa”, como era chamada.

Em 1909, foi recebido na Estação Afonso Pena o primeiro santarritense bacharelado em Direito - o Doutor Leopoldo de Luna - que formou-se em Belo Horizonte e foi recebido na estação ferroviária pela população, entre fogos de artifício e alegres dobrados da Banda musical dirigida pela primeiro Maestro de Santa Rita, o Senhor Barbosa.
Os reconhecidos: Senhor Barbosa,  Lúcio, Pedro Eduardo, José Marques, Augusto Telles e Esquisito
Em 1892, era prefeito da cidade o fazendeiro Joaquim Carneiro de Paiva (Cel. Joaquim Neto), pai de Quincas Neto. O Coronel era líder de um partido político formado pela elite de Santa Rita, cujos afiliados eram chamados de “Gafanhotos” e apoiavam a primeira banda dirigida pelo Maestro Barbosa. Outro partido se formou na cidade e seus membros foram apelidados de “Baratas”. Quando surgiu uma nova banda dirigida pelo Maestro Vindilino, chamada de “Lira Nova Aurora”, o partido das “Baratas”, dava a ela o seu apoio. A Banda que era digirida pelo Maestro Vindilino, após a sua morte, passou a ser dirigida pelo Maestro Augusto Telles.
Imagem dos integrantes da Lira Santarritense
Nesta mesma época, formou-se uma nova banda com o nome de “Lira Tiradentes”, que era regida pelo Maestro Quincas Neto. Quincas viajou para São Paulo, para comprar novos instrumentos musicais. Trouxe com ele oito instrumentos fabricados em Paris. Era o  instrumental básico para montar uma pequena banda: baixo, pratos, bumbo, requinta, trombone, piston, clarinete e bombardino. O ensaios eram feitos na sua própria residência. A “Lira Santa-ritense” prestava muitos serviços à comunidade, se apresentando em festas cívicas, partidas de futebol, temporadas circenses, eventos maçônicos e políticos. Por esse motivo, a lira ficou conhecida como “A Banda profana”. Durante esse período, Quincas, que era amante da arte musical, ensinava os jovens em suas horas de folga. Em 1942, a Lira Tiradentes tinha os seguintes membros: Mário Herculano, José Grilo, Benedito Grilo, João Marcelino, Hernani Carneiro, Romeu Paduan, Sebastião Bigodinho, Benedito Cândido da Silva (Nem), Benedito Flemings e outros.

Em 1946, a “Lira Tiradentes” foi convidada para um encontro de bandas em Belo Horizonte. Quincas convidou todos os músicos da cidade por achar que, por sua idade, não estava em condições de reger a banda. Por este motivo, passou a regência ao seu filho, Carmelo Carneiro de Abreu. Naquela época, eu contava com 14 anos e também fui convidado (intimado) a fazer parte e tocava “centro de harmonia”.
Duas vezes por semana, durante dois meses, a banda ensaiou firmemente, contando com a presença das famílias: Abreu, Soares, Telles, Faria e Paduan, além da participação do Maestro e fundador da Orquestra Jazz Brasil, o senhor Alan Kardek do Nascimento.

Carmelo preparou para esse evento um repertório selecionado com as seguintes músicas: Poeta e Camponês, Flores Agrestes, O guarani, dentre outras músicas. Esta apresentação na capital mineira, por falta de apoio da prefeitura de Santa Rita, foi cancelada e muitos músicos, decepcionados, acabaram abandonando a banda. Chegava ao fim a “Lira Tiradentes”.
Da esquerda p/ a direita Heliodorinho, Mario Silva, João de Abreu, Henrique Faria,Geraldo Floriano,Afonso Pinto,Lau, Dorico e o baixo Artur Faria. No primeiro plano: Geraldo Soares, Zito Teles, Zequinha do Major, Sarjobe, Maestro Carmelo,João Marcelino,José Grilo com seu neto Thomas, José Telles e Vitor Meireles.
Passaram-se seis anos. Em novembro de 1948, a pedido da Loja Maçônica Caridade Sul-Mineira, o Maestro Carmelo  Carneiro reuniu pela última vez a “Lira Tiradentes” para um churrasco na fazenda do Senhor João Capistrano. A foto a seguir ilustra o encontro:

A banda “Nova Aurora” fazia seus ensaios na residência do Maes-tro Augusto Telles, localizada na Rua da Pedra. Augusto Telles foi um músico e compositor que deixou várias obras musicais, muitas delas vendidas por todo o Sul de Minas. Seus familiares, Zito Telles, Zizinho Marques, Cincinato e outros, também eram membros da lira. Abílio, Alípio e Zequinha Major também prestavam serviços, tocando na Igreja Católica ou apoiando o partido dos “Baratas”. Essa banda, entre 1945 e 1950, passou a se chamar “Lira São José” e passou a ser mantida pela Igreja. Mestre Heliodoro Soares (Dorico) era quem regia a banda, juntamente com seus filhos Geraldo Soares, Ladico, Heliodorinho, Darci, dentre outros músicos que antes pertenciam à “Lira Nova Aurora”. Com a saída da família Soares, formou-se uma nova diretoria tendo como presidente  o Sr. Antônio Raposo e como Maestro o Sr. Zequinha do Major. A lira era formada também por seus irmãos Henrique Faria, Arthur Faria, João Faria e seu sobrinho Romeu Paduan, além de outros elementos como: Sarjobe, José Alfredo de Paiva (Paquinha), João Ananias, José Telles, Lupércio e outros. Os ensaios eram feitos na Casa São Vicente de Paula.
Algum tempo depois, o Maestro, em idade bem avançada, abandonou a música. Quem assumiu a regência foi seu filho Geraldo, juntamente com Antônio Lemos Carneiro, Aloísio Ribeiro, Romeu Paduan, dentre outros. Nessa época o nome da banda mudou para “Lira Santarritense”. Os ensaios eram feitos na casa do Sr. Aloísio. Esta banda participou de vários eventos na cidade e durou mais ou menos dois anos. Nessa época, quando morria um músico, era comum os outros se reunirem para prestar uma última homenagem.  As bandas acompanhavam o cortejo, executando a marcha fúnebre até os portões do cemitério. Quando a morte era de um maestro, os músicos não tocavam. Apenas carregavam os instrumentos. Um dia, eu perguntei para um dos músicos mais velhos porque eles não estavam tocando. O músico deu uma olhada pra mim e respondeu bai-xinho: “Você não vê que o maestro morreu?”

Em 1968, o Capitão Paulo era diretor da Escola Estadual Sinhá Moreira. Doutor Arlete Telles era o prefeito. Com o apoio do diretor da escola, eu e o dedicado músico Antônio Anézio Felipe (Tonico) formamos uma nova banda, incluindo na fanfarra da escola com o nome de “Lira Tiradentes”, em homenagem ao meu avô Quincas. Esta banda contava com elementos da Escola e de outros músicos como: Antônio Carneiro, Geraldo Soares, Salim, Dilermando, Luiz Carlos F. Pinto que era meu contra-mestre e outros. Fizemos várias apresentações nas cidades vizinhas. Com a saída de vários alunos, a banda encerrou suas apresentações, continuando somente a fanfarra.
Em 1978, por iniciativa dos senhores Antônio Carneiro, José Seda, José Carneiro de Morais, Romeu Paduan  e outros, formaram uma nova banda com o nome de “Corporação Santarritense”, sob a regência do maestro Carmelo Carneiro. Essa banda contava com quase todos os músicos da cidade. Essa banda teve curta duração. Carmelo, que contava com 78 anos, resolveu deixar a regência da banda. Como ninguém assumiu, encerrou-se as atividades da corporação.

Passaram-se alguns anos e a Lira São José continuava sob a regência do Maestro Zequinha do Major. Entre 1966 e 1970, por motivo de mudança de Zequinha para Poços, o Sr. Geraldo Floriano passou a reger a banda.

Em sete de setembro de 1972, Antônio Lemos Carneiro assumiu a presidência e o Sr. Adail Ribeiro passou a ser o regente da banda. Em 1987, a Lira Santa Rita voltou a se chamar “Lira Santarritense”. Já em 1999, voltou novamente a se chamar “Lira Santa Rita” quando o presidente passou a ser o Sr. Mauro Vitor da Silva.

No dia 4 de outubro de 2001, através de uma reunião, foi eleito presidente da Lira o Senhor Décio Soares Saretti e, alguns dias depois, Benedito César Simão assumiu a regência. Em 2004, a Lira Santa Rita contava com elementos novos, sendo que alguns passaram ou ainda estudam na Escola do Maestro Joaquim Carneiro de Abreu.

(Esta matéria teve a colaboração da filha de João de Abreu, Carmem Lúcia Abreu de Toledo que também ajudou na elaboração desse projeto.)

Esta reportagem é um oferecimento de:

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ruy Brandão, o nosso patriarca do radialismo

Era uma hora da manhã quando a Valsa Clube XV fez com que reverberassem dos rádios notas musicais luminosas diretamente dos 1550 kilohertz. Dia inesquecível aquele 07 de novembro de 1946, quando Ruy Brandão realizou o sonho de criar a sua rádio. Enfim era oficial, não haveria mais problemas com a fiscalização. O prefixo era o ZYJ9 com 100 Watts de potência.

Em caráter experimental, a “Rádio do Ruy”, como então era chamada, operou até 12 de março de 1947, quando então efetivamente começou a funcionar.  Naquele dia então, o Patriarca dos radialistas, lembrou-se das revistas argentinas e das galenas que fabricou.

Chovia muito num certo dia gelado de meados de uma determinada época e as botas de verniz de Ruy Brandão ficaram enlameadas quando o padre da paróquia de Volta Grande veio cumprimentá-lo. Ele havia solicitado os serviços do Patriarca dos Radialistas para a instalação de um sistema de som em sua igreja. Ele sorriu ao ver os megafones no alto da capela e transbordou sua satisfação num “muito obrigado”. Volta Grande virou Careaçu e Ruy Brandão o pai dos comunicadores de Santa Rita do Sapucaí.

Muito antes da “Rádio do Ruy” existir, o Patriarca dos Radialistas já fabricava em sua oficina os chamados galenas, pequenos rádios feitos artesanalmente. Rádios que aprendeu a fazer através de revistas argentinas especializadas em eletrônica. Sua oficina ficava à rua Antônio Moreira e às vezes lembrava-se, debruçado no balcão, dos tempos da “exportação”. Entrevista concedida por Ruy Brandão ao Jornal Minas do Sul, de 16 de marco de 2002:


Qual foi o período mais difícil?

Sem dúvida nenhuma foi no início. As dificuldades eram imensas, não só na autorização como também no dia-a-dia de uma estação de rádio que funcionava em uma cidade muito pequena como era Santa Rita do Sapucaí de então, com poucos recursos.
Como o senhor pagava as despesas e a manutenção da rádio ?

Eu tinha um programa  chamado “Parabéns a você”. As pessoas ofereciam músicas aos aniversariantes, seus amigos e parentes, e pagavam uma pequena taxa. Todos gostavam muito do programa e por isto ele tinha muita audiência.

O senhor recebia críticas?

Sim, algumas. Mas isto é normal. O que me magoava eram as críticas ofensivas e maliciosas. Mas isto é da vida. Eu me lembro que quando eu instalei a rádio na chácara de meu pai, aqui na rua que leva o seu nome, as pessoas diziam que a rádio era muito longe da cidade. Veja você, hoje, a rádio está no centro da cidade...
As pessoas reclamavam que tocava muitas vezes a mesma música. Mas acontece que a rádio tinha poucas músicas. Tinha que repetir mesmo.  Lembro de uma que tocava muito, era “Cavalo Preto”. Lembro-me muito bem dela.

Na década de 60 tinha um programa sertanejo. Como  era?

É verdade. Era levado ao ar aos domingos, à tarde e se chamava “Concurso de violeiros”, e tinha a participação de duplas da cidade e de outras de fora. Lembro-me que uma vez a dupla Tonico e Tinoco estava se apresentando em um circo na cidade. Então nós os convidamos para participar do programa. Eles vieram em um imenso Dodge Dart, novinho em folha. Quando o carro chegou aqui na esquina (Rua Sancho Vilela com  Rua  Cônego Adolfo) , ele encravou no barro. Tivemos que chamar os vizinhos para empurrar. No programa que eles tinham na Rádio Bandeirantes de São Paulo, eles falaram: Oh, prefeito de Santa Rita do Sapucaí, mande calçar as ruas da cidade.

Quando  eu trabalhava na casa Nagib Elias, na Rua da Ponte, eu construí um sistema de intercomunicação entre a loja e o depósito, que ficava nos fundos do terreno. Nunca em Santa Rita alguém havia ouvido falar  nisto. Foi um sucesso total!   

Reportagem realizada e gentilmente cedida pelo estimado amigo Evandro Carvalho

Esta matéria é um oferecimento de:

domingo, 27 de novembro de 2011

28 de novembro encerra o período de inscrições no Processo Seletivo da ETE FMC

Salve Sapucaí! Por A.Vilela Paiva

Há dez minutos, estou com a pena parada sobre o papel, tentando escrever algo sobre a minha querida cidade de Santa Rita do Sapucaí. No entanto, o melhor seria tentar um esboço daquilo que sempre foi para mim o maior atrativo: o Rio Sapucaí. Todos os rios são belos, porém, os outros são estranhos.

O Sapucaí é parte de mim mesmo.  Tenho na alma um pouco de sua alma; no coração, um tanto da sua poesia.Quando menino, meu melhor passatempo era andar pelas suas margens. Ora nos espraiados, ora debaixo dos chorões. Na mocidade, foi o meu confidente preferido. Os meus desejos, os meus sonhos, todos, eu os murmurei na doce tranquilidade das sua águas. Doces horas de enlevo e esquecimento! Indeléveis recordações das tardes tristonhas, das águas cinzentas. Lá se vão os anos pondo entre nós um punhado de pétalas ressequidas, cadáveres das flores que brotaram na orla sapucaiense.

Um dia, absorto em meus pensamentos tive a ventura de contemplar a mais bela cena que a natureza pode oferecer aos olhos. Um ramo de flores brilhantes, delicado, debruçando-se sobre a água corrente, beijava o rio.  Tímido e pressuroso sorria em ondas e o ramo se erguia e de novo abaixava. Esse belo  e delicado namoro teve a duração duma florescência.

Brinquedo gentil, furtivo e discreto, amor cristalino e agrestemente perfumado que se furtava ao poeta e se escondia da paleta. Quanto bucolismo, quanta arte insinua o rio! À noite, a lua cheia cumpre a promessa de encontrar-se com ele.

Poesia infinita, sinfonia alegre e impressionista de águas rumorejantes, de corolas desfeitas a flutuar na corrente. Primavera que não passa, música que não morre! Rio humilde, sem histórias estupendas, eu te bendigo na tua modéstia, te enalteço na tua pequenez, porque és grande, és imponente, és glorioso no coração da gente ribeirinha. 

Correio do Sul, 05/07/1953

Vale da Eletrônica completa 25 anos com faturamento de R$ 1,7 bilhão

Complexo é referência na exportação de produtos eletrônicos

O Vale da Eletrônica, em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, completa 25 anos de existência nesta sexta-feira (25). O complexo reúne 142 empresas instaladas, que são referência nacional na exportação de produtos eletrônicos.

O complexo de tecnologia do Sul de Minas surgiu de uma escola fundada em 1959, a primeira voltada para a formação de técnicos em eletrônica da América Latina e a 7ª no mundo. A escola técnica foi uma revolução na época para a pequena Santa Rita do Sapucaí.

Até hoje, a proposta é a mesma. Atualmente, 73% dos alunos estudam na escola como bolsistas. Já são mais de 5 mil profissionais formados em 52 anos de história. Quem sai da escola, já tem caminho certo: o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), referência nacional e internacional em pesquisa e formação de profissionais da área de tecnologia, é o caminho direto para quem passa pelo primeiro estágio. O Inatel tem 1,4 mil alunos em cinco cursos superiores.

Com uma política de incentivos e profissionais preparados para o desenvolvimento de produtos eletrônicos, em 1986 o município criou a marca do Vale da Eletrônica para atrair investidores de outros cantos do país. A marca é uma analogia ao Vale do Silício, nos Estados Unidos, o principal polo de tecnologia do mundo.
Hoje o Vale da Eletrônica tem 142 fábricas, gera 9,6 mil empregos diretos e tem um faturamento anual de R$ 1,7 bilhão. Tanto sucesso também começa a atrair o interesse de investidores estrangeiros. A Hitachi, uma empresa japonesa, fechou um acordo para comprar parte de uma fabricante de transmissores e componentes eletrônicos. É também em Santa Rita do Sapucaí que está a única empresa que fabrica as urnas eletrônicas usadas durante as eleições em todo o país.

Fonte: EPTV

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Uma relíquia em miniatura

No dia 4 de setembro de 1958, foi veiculado, em Santa Rita do Sapucaí, um jornal que se tornou uma relíquia, não só pelo seu conteúdo, como também pelo tamanho. Cada página da edição do famoso “Correio do Sul” tinha apenas 9 centímetros de largura por 12 de altura, onde noticiava a inauguração do “Paço Municipal”. Na edição de número 2.059 do jornal mais tradicional que a cidade já teve, foi feita uma homenagem ao então prefeito, José Alcides Rennó Mendes - responsável pela construção da nova sede da prefeitura – apresentava o decreto de inauguração da nova casa e também encontrou espaço para noticiar os aniversários da semana e falar sobre o desfile de 7 de setembro. O impresso, que hoje possui um inestimável caráter histórico, teve uma tiragem de 1000 exemplares e nos foi gentilmente cedido pela amiga Lucília Costanti.

Sacrifício POP

Segundo Aristóteles, Catarse é a purificação por meio da descarga emocional provocada por um drama. Para suscitar a catarse é preciso que o herói passe da graça para a desgraça. Desta forma, o público vive o declínio de seu símbolo e sente-se imaculado como ele. No passado, a civilização tinha seus deuses: um para cada inclinação humana. Como forma de saciar seus desejos, o homem fazia oferendas. Através do sacrifício da pureza, o homem acreditava poder se aproximar de seus ídolos. Ele chegava aos seus deuses, através da eliminação da virtude que os distanciava. Com o tempo, foram criadas arenas para que pessoas simples e puras fossem devoradas pelos leões para o deleite da platéia. Os símbolos de virtudes eram eliminados em nome da perpetuação da ignorância humana. Hoje, o coliseu deu lugar aos estúdios. Cada família tem em casa o seu próprio altar de sacrifícios, disposto em um local preferencial da sala. Nossa arena agora é chamada de televisão. Por trás dela, existe uma indústria especializada em, todos os dias, criar novos ídolos, alçá-los ao apogeu das aspirações mundanas e depois lançá-los ao ridículo para mostrar ao público que a “perfeição” não precisa ser atingida porque já foi sufocada. O interessante é que nossas prioridades parecem tão medíocres, que a atual escala de aspiração tem sido, dentre outras aberrações, a quantidade de mililitros de silicone colocados nos seios. Vivemos uma catarse pop. Quando vemos dezenas de pessoas, brigando nas ruas por conta de um time de futebol que, de seis em seis meses, muda completamente, isso é efeito da catarse pop. Quando vemos uma dançarina ou um ator terem suas privacidades invadidas isso é feito em nome da catarse pop. Enquanto isso, a vida se esvai. Enquanto a dona de casa diz que sua única alegria é a novelinha, um amontoado de dias e oportunidades vão passando rasteiros pela janela. A vizinha viu. Amanhã ela te conta.
(Carlos magno Romero Carneiro)

Empório 48 - Edição de aniversário - 4 anos - 26 de novembro, nas bancas


Nesta Edição:

-Em um matéria imperdível, Doutor Eduardo Adami revela lendas e causos de nossa cidade.
-Conheça a vida de lutas e conquistas do Comerciante Joaquim das Frutas
-Uma entrevista muito interessante com o amigo e professor Ivon Luiz Pinto
-Você sabia que existiu uma empresa com 750 funcionários em Santa Rita, antes do Vale da Eletrônica?
-Dona Iracema Gonçalves é agraciada com a Comenda Delfim Moreira. Conheça sua trajetória.
-Em 32, os paulistas invadiram Santa Rita e a maioria fugiu, menos a autora do incrível texto que publicamos
-Saiba como surgiu o Sul de Minas
-Acevale homenageia os Destaques de 2011 em Santa Rita. Saiba quem são eles.
-Você sabia que um santarritense foi aluno de Hélio Grace e colecionou títulos de Vale-tudo?
-Nídia Telles conta mais uma de suas histórias hilárias
-Colunistas desta edição: Professor Praxedes, Marcelinho Vilela, Nídia Telles e Ivon Luiz Pinto.

Dia 26, nas bancas!

Teatro Mágico - Entrada Franca - Em Pouso Alegre

Nuvem de Aleluias no Rio Sapucaí - 24 de novembro de 2011

Nuvem de Aleluias no Rio Sapucaí - 24 de Novembro de 2011 - Retirado do Album Povo de Santa Rita do Sapucaí (Facebook). Enviada Por Luiz Takehara.
Tio Giácomo Costanti Essa revoada de aleluia me assusta...segundo a crendice popular, na altura que elas voam por cima do rio é o nível da enchente naquele ano...

Maria Luiza Amaral Acabo de passar pelo Rio Sapucaí e contemplei a maravilha da revoada das aleluias.....gente...espetáculo....moro aqui há mil anos e nunca havia reparado nisso, não fosse o Luis ter-nos alertado.....por me ver parada lá, um montão de gente parou também..rsrsrsrrsr...e ouvi isto....pela altura da revoada é enchente na certa...sabedoria popular.....hiiiiiiiiiiiiiiiii!

 Carlos Romero Se a quantidade delas foi o volume de água, pior ainda...


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Como o grande fotógrafo Róssio De Marchi enxergava a vida

Antes do senhor, o seu pai já era fotógrafo?

Meu pai era um fotógrafo famoso na cidade. Lembro que ele subia até o alto da paineira (Santo Cruzeiro) com aquela câmera em que você tinha que cobrir a cabeça e levava 3 lâminas. Tinha o mês certo para produzir a imagem que ele queria. Agosto era a melhor época. Ele tirava três fotos em posições horizontais diferentes e depois as emendava para formar uma única imagem com a cidade toda. Ficava perfeito. Ele tinha esse trabalho todo e só vendia uma ou duas dessas produções por ano.

Como eram as fotografias no tempo em que o senhor ajudava o seu pai?

Naquele tempo, usávamos iluminação gerada por magnésio. No momento de bater a foto dava aquela explosão e muita gente fechava os olhos, fazia careta ou até tampava os ouvidos quando o magnésio queimava! (Risos)

O senhor se lembra de alguma ocasião especial em que ajudou o seu pai?

Eu me lembro das reportagens que ele fazia nos bailes do dia 13 de maio, quando tínhamos a eleição da rainha da Associação. Era uma coisa impressionante. Iam todos vestidos a rigor. As moças todas de vestido longo e os homens com gravata-borboleta. Iam todos muito elegantes para que não tivesse quem colocasse defeito. Era inesquecível.
Quando o senhor começou a fotografar?

Foi em 1952. O meu pai havia sido contratado para fotografar em Itajubá, na EFEI, mas não pôde ir. Então eu fui no lugar dele e fiz uma imagem da fachada da faculdade. Em 1956, eu terminei os meus estudos e comecei a trabalhar com fotografia. No ano de 1957, eu comprei a minha primeira Rolleiflex e os amigos me colocaram um apelido. Onde eu ia o povo me chamava de Rolleiflex. (Risos)

O senhor continuou trabalhando até que ano?

Eu fotografei até o ano de 1998, quando arrombaram a minha loja com um macaco hidráulico, daqueles de levantar carreta, abriram o cofre e levaram as minhas 4 câmeras. Roubaram tudo o que eu tinha. Só deixaram uma lente objetiva porque estava no chão e eles não viram. Desde então, eu perdi a vontade de fotografar e parei com tudo.

Dizem que o senhor caprichava mais nas fotos que fazia do Ride. É verdade?

O povo do Ride perguntava: “Por que o senhor faz tanta foto dos Democráticos?” Daí eu respondia: “O Bloco é maior, tem que ter mais fotos, oras!” Já os Democráticos diziam que eu caprichava mais nas fotos do Ride. É a rivalidade... (risos)

O senhor torce para qual Bloco?

Na minha família todo mundo é Ride. O Bloco nasceu na casa do meu avô, em 1934. Era um sobrado na rua dos Marques.

O senhor é santarritense?

Sou peça daqui. Nasci em Santa Rita do Sapucaí, no dia 5 de fevereiro de 1935.
Um de seus grandes amigos foi o Carlos Alfano, não é?

Era sim. Uma vez estávamos no Bar do Júlio (atual Banca do Caruso) quando o senhor Nilo Silva entrou no estabelecimento para fazer campanha de um político chamado Uriel Alvim. Quando ele entregou o santinho do desconhecido para nós, o Carlos Alfano, para fazer uma graça, virou para o Nilo Silva e falou: “Uriel? Muito amigo meu! Conheço desde criancinha!” Algum tempo depois, no decorrer da campanha, o tal Uriel veio mesmo para Santa Rita e o Nilo resolveu levar o político à alfaiataria onde Carlos trabalhava. Ele queria dar uma lição no alfaiate por ele ter mentido que conhecia o homem. Quando o Nilo Silva entrou no estabelecimento, o Carlos Alfano já gritou: “Urieeeeeeel! Quanto tempo, meu querido!” (risos) O Nilo não sabia onde colocava a cara e deu um jeito de sair com a mesma velocidade que entrou! (risos)

Onde a sua turma se encontrava na juventude?

Nós frequentávamos muito o Bar do Caetano, que ficava bem em frente ao Bar do Didi. A turma nossa ia toda lá nos dias de sábado. Uma vez, nós chegamos no bar e o Caetano disse que não podia nos atender. A geladeira dele estava quebrada. Quando perguntamos o que a geladeira tinha, eu nunca me esqueço qual foi a sua resposta: “A geladeira extravasou o vácuo! Vou ter que mandar pra São Paulo pra encherem de vácuo novamente!” (Risos)
Esta matéria é um oferecimento de:

sábado, 19 de novembro de 2011

A garganta do Embaú e o Registro do Mandu - Por Ivon Luiz Pinto

Lá pela época dos anos 40, no século passado, era comum ir para Aparecida do Norte, numa viagem de trem. Era uma viagem longa e complicada, saindo de madrugada e fazendo a primeira baldeação, troca de composição férrea, em Soledade de Minas. Dalí seguíamos para Passa Quatro e depois Cruzeiro, já no estado de São Paulo, onde passávamos para a E.F.Central do Brasil e íamos para o destino. De Passa Quatro a Cruzeiro passávamos pelo grande túnel da Garganta do Embaú, muito conhecido por causa do massacre dos paulistas que, na revolução de 1932, tentaram invadir Minas Gerais passando através dele.

A serra da Mantiqueira é uma defesa natural do território mineiro e, na época do Brasil Colônia, foi um desafio para o escoamento do ouro que se fazia através de Parati, entreposto comercial, no fundo da baía da Ilha Grande. O caminho terrestre que partia de Paraty, seguia por Guaratinguetá, passava pela Freguesia da Piedade (atual Lorena), vencia a Garganta do Embaú e chegava a Minas Gerais: era o chamado ”Caminho do Ouro da Piedade.”

Mário Lúcio Sapucahy afirma que “era extremamente difícil transpor a Serra da Mantiqueira por outro ponto que não fosse a Garganta do Embaú. Tal garganta não passa de uma depressão no espigão da Serra da Mantiqueira, local por onde se fazia a ligação entre as terras mineiras e o Vale do Paraíba”.

Lá no alto, marcando a divisa entre os estados de São Paulo e de Minas Gerais, existe uma cruz, a Cruz do Embaú que, em 1720, os mineiros trouxeram do monte Caxambu. Mudando-se, matreiramente, o lugar da cruz,  Minas ganhou toda a região da Serra Alta da Mantiqueira. Para fiscalizar as pessoas que procuravam esse caminho em busca do comércio de São Paulo, Parati e Rio de Janeiro e para combater assaltos e também para evitar o contrabando de ouro e pedras preciosas  que saiam de Minas, o governo instalou, na divisa entre a Província de Minas e de  São  Paulo, o Registro do Embaú, patrulhado pelo corpo das tropas pagas de Vila Rica. Registro era o ponto de fiscalização.

Em março de 1822, Saint-Hilaire, passou pela garganta e se hospedou no Registro. “O Registro da Mantiqueira foi colocado mesmo na raiz da serra e compõe-se da casa da barreira, ocupada pela repartição e dum rancho, no qual fica a balança onde se pesam as mercadorias vindas do Rio de Janeiro. Essas cons-truções localizam-se em torno de um grande pátio, fechado do lado da montanha por uma porta de madeira. Como existe o projeto de se mudar o traçado da estrada, não se fez, desde algum tempo, o menor reparo nas casas do Registro que estão, atualmente, quando muito, habitáveis,”

Assim, também, formou-se outro Registro importante localizado onde hoje é a cidade de Pouso Alegre e se chamava Registro do Mandu, instalado com a finalidade de controlar o comércio e transporte do ouro retirado de Santana do Sapucaí, atual Silvianópolis, e de  São Francisco das Chagas de Ouro Fino.

Com a demarcação entre as províncias de Minas Gerais e São Paulo ainda indefinida, Francisco Martins Lustosa e Veríssimo João de Carvalho tomaram posse do descoberto de Santana do Sapucaí e Ouro Fino, e foram nomeados pelo governador de São Paulo, respectivamente, guarda-mor e intendente das minas.

 Mais tarde, Gomes Freire de Andrade “mandou que, por ordem sua, fosse tomada posse de todas aquelas terras minerais, estabelecendo uma guarda no Sapucaí e um Registro no Mandu”. Com essa medida o governador da província de Minas Gerais esperava resolver definitivamente a questão. Não obstante, continuou encontrando resistência por parte dos paulistas.

A criação de um Registro, muito antes da criação da freguesia, indica que um povoado antigo se formou lentamente às margens do rio. Um lugarejo relativamente populoso que justificava o estabelecimento de um Registro do Ouro no lugar. A presença de certo número de guardas nesse posto fiscal faz crer que seria um Registro de grande movimento, porque por ali passava o único caminho conhecido pelos viajantes, entre Vila Rica e São Paulo.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Sinhá Moreira conta a história de seu avô, Antônio Moreira da Costa

 De família pobre e sem recursos, ao embarcar para o Brasil - aos 12 anos de idade, na companhia dos seus irmãos José e Manoel - teve de arrumar o pouco que possuía numa trouxinha de roupa e engajar-se, como ajudante de cozinha, num dos navios veleiros que aqui aportavam e que levou mais de um mês para chegar ao Rio de Janeiro. Veio recomendado para morar e trabalhar na Casa Comercial e Comissária de um tio que residia na capital brasileira. Aí esteve, até que julgou ter incorrido no desagrado do tio, homem enérgico e destemido - por ter provocado um incidente com um dos empregados da Casa. Temendo ser castigado, fugiu sem destino e foi dar no Largo Santa Rita, de onde estava saindo para o interior de Minas Gerais a tropa de Francisco Carneiro Santiago. Aliou-se a ela e de nada valeu a relutância do capataz em levá-lo.

Chegando à Fazenda da Água Limpa, em Cristina, Estado de Minas Gerais, Francisco Carneiro Santiago estava pondo obstáculo em tomá-lo ao seu serviço - pois via que era pequeno e que pouco poderia produzir - quando um providencial leitãozinho gritou entalado no buraco de uma cerca. Antônio Moreira da Costa, mais que depressa, correu a socorrê-lo.

Esse gesto ágil, decidido e espontâneo do menino, impressionou bem o fazendeiro que resolveu, então, contratá-lo para cuidar dos porcos e fazer outros serviços da mesma natureza. Daí começou sua nova vida. Labutando e trabalhando arduamente, foi granjeando confiança e amizade do patrão, que passou a confiar-lhe cargos de mais responsabilidade. Já, então, era ele o capataz da tropa, era quem ia ao Rio da Janeiro buscar mercadorias e vender produtos da fazenda. Saíu-se tão bem, que o velho Carneiro não cansava de elogiar-lhe a perspicácia, pois sempre trazia somas bem maiores do que esperava.

De bom coração, econômico, ordeiro e trabalhador, acabou conquistando a simpatia de toda a Família Carneiro Santiago e dela tornou-se um dos seus membros através do casamento com Maria Cândida Ribeiro, sobrinha de Francisco Carneiro Santiago. A noiva morava na “Fazenda da Pedra” - vizinha da “Fazenda Água Limpa” - e nasceu, no dia 1º de novembro de 1844. Seus pais eram Joaquim Inácio Ribeiro e Joaquina Maria Carneiro. Após o enlace, Antônio Moreira passou a residir na “Fazenda da Pedra”, onde nasceram quase todos os seus filhos.

Ao visitar alguns parentes de sua mulher, em Santa Rita, o português gostou tanto da qualidade das terras que ali adquiriu uma gleba para o plantio do café e cereais. A nova propriedade passou a ser chamada “Fazenda Pedra Redonda”.

Com a morte dos sogros, Antônio Moreira vendeu o que coube ao casal na partilha da “Fazenda da Pedra” e instalou-se, definitivamente, em Santa Rita do Sapucaí que, na época, não passava de um pequeno arraial. Com muito trabalho e visão de negócios, organizou e desenvolveu sua propriedade e nela instalou a primeira máquina de beneficiar café de todo o sul de Minas. Era ela acionada a motor, que ele fez vir, arrastado por bois, desde o Rio de Janeiro, atravessando estradas abertas em picadões incultos e pontilhões feitos para sua passagem.

Nesse ambiente de luta contra os empecilhos da natureza, criou e educou seus filhos, legando-lhes o exemplo de sua tenacidade inquebrantável e de uma energia sem limites. Para o desenvolvimento de Santa Rita, muito ajudou tomando parte sempre ativa nos seus empreendimentos e no seu progresso. Foi ele um dos fundadores da Santa Casa Antônio Moreira da Costa, tendo doado terreno para sua construção e também para o cemitério local. Era caridoso e sempre deu decidido amparo às obras de beneficência. Muito antes da abolição, concedeu liberdade a todos os seus escravos e os recebeu como colonos de suas terras.

Já sua casa era sempre aberta a parentes e amigos. Para o conforto e o bem-estar dos seus, não via empecilhos. Fazia vir do Rio de Janeiro, em lombo de burros, tudo o que pudesse atender às necessidades da família. Na educação dos filhos, nunca poupou esforços e sempre se empenhou em dar-lhes um nível de vida mais elevado. A boa e confortável vivência que deixou aos descendentes - uma das melhores da época - com seus finos móveis, quadros e apetrechos, atestam seu espírito adiantado e progressista. Já sua mulher, foi-lhe uma grande colaboradora cheia de coragem, acolhedora e um exemplo de verdadeira esposa e mãe cristã.

Em 1903, quando em tratamento de saúde em Cambuquira de Minas Gerais, foi vítima de uma congestão cerebral e faleceu no dia 5 de setembro. Seus restos mortais repousam no mausoléu da Família Moreira, em Santa Rita do Sapucaí. Sua esposa, sobreviveu até o dia 18 de outubro de 1921.

(Texto retirado da obra “Traços Biográficos da Família Moreira, escrita por Sinhá Moreira)

Detalhes que fazem a diferença na escolha do Ensino Médio

Aluna do ETE Ensino Médio participa da Projete.
Geração Millenium

Na última semana, enquanto realizávamos uma pesquisa para detectar o que os alunos esperam de um bom Curso Médio, um deles fez um comentário que nos chamou a atenção: “Escola boa é aquela em que não percebemos que estamos na escola”. Através desta resposta, aparentemente simples, constatamos que os alunos mudaram, mas as escolas – de modo geral - não. Os velhos modelos didáticos estão cada vez mais distantes das necessidades dos alunos e o reflexo disso são as dificuldades que eles encontram no momento de tomar as rédeas de suas vida.
O laboratório de química e biologia possui dezenas de peças e equipamentos.
Novo conceito de educação

Em um mundo de interatividade e fácil acesso à informação, uma boa escola deixou de ser aquela que fornece apenas conteúdo. Para ser completa, é necessário que a instituição ofereça atributos que só a vida prática proporciona. Com essa nova tendência, muitos pais, ao optarem pela escola onde matricularão seus filhos, têm buscado aquelas que possibilitem a experimentação, que estimulem as artes, que promovam o desenvolvimento moral e que proporcionem um aprimoramento integral de seus filhos. “Nós não preparamos apenas para o vestibular. Nossa preparação é para a vida.” conta Ialdo Correia, Diretor Administrativo da ETE FMC – instituição que adota o método de Formação Integral.

“Nossos alunos, são ensinados a pensar. A maioria deles só irá perceber o valor da ETE alguns anos depois, quando tiverem que tomar uma decisão importante e se lembrarem que foi aqui que desenvolveram essa habilidade.” – afirma Alexandre Loures Barbosa, Diretor Pedagógico da ETE FMC.
A prática esportiva é amplamente incentivada através de campeonatos internos.
Detalhes fazem a diferença

“A criação do ETE Ensino Médio, há alguns anos, surgiu da necessidade de oferecer essa filosofia àqueles que não têm interesse pela eletrônica.” – enfatiza Alexandre. “Através de iniciativas como grupos de teatro, práticas esportivas, laboratórios bem equipados e eventos comunitários, oferecemos ao aluno muito além dos modelos convencionais. Aqui ninguém aprende macetes. Nossos alunos são incentivados a encontrar respostas para os seus desafios.
Alunos do ETE Ensino Médio encenam peça de Teatro.
Para quem quer se dar bem

Para aqueles que querem conhecer um pouco da estrutura da ETE FMC, a escola tem estimulado as visitas monitoradas ao campus. Já os interessados em se inscrever para o processo seletivo dos Cursos Técnicos ou para o ETE Ensino Médio podem obter informações através do site da escola ( www.etefmc.com.br )ou pelo telefone 35 3473 3600. Vale ressaltar que a instituição tem contado com um sistema de bolsas de estudos que oferece 50% ou 100% de gratuidade para boa parte dos alunos, mediante avaliação socioeconômica de suas famílias. “As oportunidades estão aí. Basta força de vontade e sintonia com a nossa proposta” – lembra o Pe. Guy Ruffier, Diretor Geral da ETE FMC.
LiveETE: Todos os anos, um festival de bandas formada pelos alunos agita a escola.
(Carlos Romero Carneiro)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Senhor Geraldo Costa conta seus causos ao Empório de Notícias

O seu bisavô era tropeiro?

O meu bisavô era conhecido como Costinha e era o responsável pelo transporte da produção daqui do nosso bairro para Parati. Todo o trajeto era feito no lombo de burro. Os tropeiros partiam com rapadura, queijo, arroz e feijão, para encontrar a tropa de um senhor chamado Mizael Mesquita, que havia saído do Rio de Janeiro com sal, açúcar, querosene e outros produtos.

Acontece que, com a morte do doutor Mizael, o meu bisavô casou-se com a viúva de seu antigo parceiro comercial – Maria Rita - e a trouxe para o sul de Minas. Dessa união, surgiu a família Costa de Santa Rita do Sapucaí.

Assim que meu bisavô faleceu, deixou uma fazenda para cada um dos filhos. Um deles, Neco Costa, era meu tio e morava em um lugarejo chamado Pinhalzinho, nas redondezas de São José do Alegre. Foi lá que meu avô, conhecido como Zé Paixão – acabou encontrando uma namorada, que veio a se tornar minha avó. 

O seu avô trabalhou no Porto Sapucaí?

Na época, meu avô não tinha dinheiro para casar. A saída foi trabalhar no vapor do Porto Sapucaí para juntar dinheiro e trazer a namorada para Santa Rita. As viagens eram feitas pelo Rio Sapucaí e iam até um porto chamado Cubatão. Eles desciam por trás da serra, em um lugar que, antigamente, era conhecido como Volta Grande. As viagens partiam daqui na quarta-feira e retornavam no sábado. O vapor ia carregado de produtos de Santa Rita e voltava carregado de marolo! (Risos) A obrigação do meu avô era carregar um trolinho com as mercadorias e armazenar os produtos no porão para viajar.
O senhor se recorda de mais informações sobre esse Porto?

Esse Porto Sapucaí deveria ter sido construído aqui nas terras do José Carlos. Por influência política do senhor Paulo Ribeiro, que era o “can can” aqui das redondezas, levaram o vapor mais pra baixo. Se você olhar bem, vai notar que até hoje existe um desvio de trem no local onde deveria ter sido construído o porto.

E a Revolução de 1932?

Na revolução de 1932, os paulistas chegaram bem perto de nós e deixaram todos bastante assustados. Todo mundo morreu de medo e chegou a se esconder quando passou um avião, pela primeira vez aqui, por causa da guerra. Foi preciso os mineiros retirarem os trilhos e desmancharem uma ponte aqui nas redondezas para que eles não atacassem Santa Rita. Sem ter como passar, os paulistas ficaram todos escondidos naquele morro perto do trevo que dá acesso a Cachoeira de Minas. Nesse época, nós aqui do Córrego Raso não ficamos em casa. Meu pai juntou minha mãe e a criançada e levou todo mundo para se esconder em um cafezal aqui pra cima!

O senhor nasceu em São José do Alegre?

Eu nasci lá. Quando me mudei para Santa Rita, o meu avô pediu para eu trazer os porcos dele que estavam lá e eu tive que tocar os bichos até chegar aqui. Mas eu trouxe uns carneiros que meu avô tinha me dado também. Quando cheguei, minha avó gostou tanto dos carneiros que quis trocar por uns novilhos que ela tinha. Por causa disso, chegou um certo tempo em que eu tinha mais gado no curral dela do que ela mesma! (Risos) 

Havia muitas festas na sua infância?

Mês de junho era uma época de que eu gostava muito. Íamos todos dormir na casa da vovó para levantar a bandeira de São João e soltar foguete de madrugada! Já na Semana Santa, a gente alugava uma casa na cidade e ia a família toda para rezar a semana inteira. Lembro que em uma dessas vezes, a minha avó me pegou pelo pescoço e me levou para confessar com o padre. Quando ele me perguntou quais eram os meus pecados eu respondi: “Eu só não matei e não roubei, de resto põe na conta que eu já fiz tudo!” (Risos) Quando o padre ouviu aquilo, botou as mãos na cabeça e falou: “Reza bastante e corre pra comunhão!”

O senhor trabalhou na infância?

Quando eu criança, todo dia eu ia de cavalo para Santa Rita vender o leite que a gente tirava aqui. Eu levava cinco garrafas dentro de cada piquá (um tipo de bolsa rudimentar, feita de pano). De cada lado do cavalo a gente colocava 20 garrafas. A última rua em que eu passava era sempre a rua da biquinha (Rua do Rosário). Na ida, eu ia deixando o leite e, na volta, passava pegando as garrafas para levar de volta. Os pagamentos eram feitos por mês. Quando eu chegava aqui na roça, ainda tinha que lavar os vasilhames e ir para o Abertão estudar.
Como foi o seu casamento?

No meu casamento, o engraçado foi que eu chamei um tio meu para ser padrinho, mas ele não foi. Mandou um filho dele! Quando o rapazinho chegou lá, falou: “O pai não quis vir e mandou eu no lugar dele.” Daí eu respondi: “Se não serve ele, você também não serve!” Então eu fui lá no morro da Vista Alegre e convidei um amigo meu, o Antônio Barbosa. Na mesma hora ele já foi em casa, tomou banho, trocou de roupa e fomos para a igreja. Quem fez o casamento foi o Monsenhor Calasans.

O senhor morou no Timburé?

Quando eu casei, fui morar no Timburé, onde hoje é a fazenda do Kallás. Eu construí uma casa ao lado de uma bica. Quando eu estava deitado na cama, ficava escutando a água. Depois de um ano, decidi voltar para cá. A saída foi desmontar a casa de pau à pique, colocar em cima do carro de boi e montar aqui de novo. Essa casa existe até hoje!

Quantos filhos o senhor teve?

Eu tive 7 filhos e todos eles estudaram. Todo dia eu os colocava em uma carroça e mandava para a escola. Na cidade, eles amarravam o cavalo em uma jabuticabeira que tinha no terreno da Dona Chiquinha e iam a pé para a Escola Joaquim Inácio. Quando eles ganharam bicicleta, a minha mulher fazia biscoito e dava para a criançada entregar lá na cidade, antes da aula. Cada um ia com um saco de biscoito na bagageira! (Risos)

Houve períodos de dificuldade?

Uma pessoa de Santa Rita a quem até hoje eu sou muito grato é o senhor Elias Rezeck, sogro do Bento. Teve um período em que eu tinha uma venda aqui na roça e passei por uma grande dificuldade. Chegou uma época em que a dificuldade foi tão grande que eu tive que fechar o estabelecimento e o senhor Elias ficou sabendo. Ele me chamou lá e falou: “Traz a carroça lá que eu vou encher de mercadorias pra você!” Eu peguei duas carroças e lotei de mercadorias para reabrir a venda na roça. Depois disso, comecei a colher arroz e milho e levar a mercadoria para pagar o senhor Elias.
O senhor trabalhou no antigo Mercado Municipal?

A gente vendia verdura todo sábado e domingo. Bem no meio tinha um chafariz onde se vendia peixe e verdura. Em cada duas ou três bancas, tinha um balança da prefeitura para pesar os produtos. Lá dentro era muito bacana! Em volta, ficavam os comerciantes que vendiam capados. Do lado de fora também ficavam alguns comerciantes que vendiam verdura. Nos meus tempos de Timburé também usava a máquina de polvilho do meu sogro para fazer farinha de mandioca e vender no mercadão! Depois que eu parei, o Pedrão e o Ademir ainda trabalharam lá por muito tempo.

Quando o senhor veio para o Córrego Raso?

Eu me mudei para cá porque eu comprei uma terra dos herdeiros do meu avô. Na verdade, eu não tinha todo o dinheiro, mas o Benedito Antônio – meu sogro – contou para um amigo dele que acabou arrumando com um outro amigo o valor de que eu precisava! (Risos).

Nisso chegou a rodovia?

Quando a rodovia chegou, eu tinha acabado de plantar um mandiocal. Eu achava que a estrada iria ser construída ao lado da ferrovia. Quando eu menos esperava, apontou um trator lá no alto do morro e foi arrancando minhas mandiocas todas! A rodovia cortou minhas terras no meio. Nessa época, o manda-chuva da cidade era o Chico Moreira. Enquanto ele estava por aqui ninguém invadia minhas terras. Foi só ele sair de Santa Rita para visitar umas fazendas que tinha fora para o pessoal entrar e sair cortando tudo. Eu ainda tentei reclamar. Cheguei até a mandar uma carta para o Getúlio Vargas e ele me respondeu dizendo que tinha mandado um dinheiro para me indenizar. Se essa grana chegou eu nunca vi, porque não me repassaram.

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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Alunos que irão se formar em 2011 pela ETE FMC já estão empregados em grandes empresas

Alunos do CEDEN realizam treinamento para estágio.
Mercado a todo vapor

Em 2011, a ETE FMC realizou um monitoramento detalhado dos alunos que irão se formar em novembro e criou um importante panorama sobre as empresas que mais contrataram nesse período. O diagnóstico foi baseado nos dados obtidos a partir dos relatórios de 200 alunos e demonstram que o mercado está mais aquecido do que nunca.

Dezenas de oportunidades

A constatação obtida pela análise dos formandos foi de que a grande maioria optou por trabalhar em nosso Arranjo Produtivo Local. Nos últimos meses, as principais empresas de Santa Rita absorveram a maior parte da mão-de-obra fornecida pela ETE FMC, com destaque para a Exsto: empresa santarritense em franco crescimento, especializada em Kits Educativos. Somente ela, contratou 7 alunos. Logo em seguida, a MCM recebeu destaque por admitir 6 profissionais e a Leucotron lançou mão de 5 formandos em seu quadro de funcionários.

Biomedicina em alta

Outra constatação feita a partir da absorção dos alunos da ETE FMC no mercado brasileiro foi que o segmento de biomedicina parece ter decolado. Allede Gazalle Paiva, formando em Equipamentos Biomédicos, foi contratado pela OGR de Goiânia, especializada em Sistemas Médicos. Também no setor de biomedicina, Douglas Ferreira, Matheus Gouveia e Jacques Cruz, preferiram explorar o potencial do Vale da Eletrônica e foram contratados pela Méd Vale, também voltada ao setor de saúde. Laura Capistrano também se enveredou pela integração da tecnologia com a medicina e passou atuar na Master Medikal, sediada em Santa Rita.
Aluno da ETE FMC desenvolve projeto.
Vagas em grandes empresas

Dos 200 alunos que irão se formar neste mês, cinquenta e cinco decidiram procurar vagas fora de Santa Rita do Sapucaí e acabaram descobrindo que algumas das melhores empresas do Brasil fazem questão de tê-los em seu quadro de funcionários. Mesmo formada em Automação, a aluna Francielle Sales da Silveira, foi contratada pela Rede Globo, ao concluir o curso, e hoje atua em sua unidade paulista. Thallys Vieira e Marcelo Gomes também se deram bem: acabam de ser contratados pela Motorola.

Atuação em diversas áreas

Entre os profissionais que deixaram a cidade em busca de grandes oportunidades, Anna Cláudia Openheimer se instalou em São Paulo para atuar na TST Soluções, Bárbara Aline Ribeiro, conseguiu estágio na Unilever e Augusto Iabrudi foi contratado pela Rádio Itatiaia, em BH.

Cresce setor energético

Como todo país que está prestes a se tornar primeiro mundo, o Brasil tem investido pesado em energia e a contratação dos formandos da ETE FMC é um reflexo desta tendência. Dorival Jonas Cabral mal terminou seu curso e já se mudou para Belo Horizonte: foi contratado pela CEMIG (empresa fornecedora de energia elétrica para o estado de Minas). Também no setor de fornecimento energético, Thales Martins foi admitido pela Furnas Centrais Elétricas e Karina Ribeiro pela Usina Eletronuclear de Angra, onde colocarão tudo o que aprenderam em prática.

Instituições contratam alunos

A quantidade de alunos da ETE FMC que conseguiu emprego em algumas das mais renomadas instituições do país também chamou a atenção dos diretores da escola técnica. Segundo Alexandre Barbosa, diretor pedagógico da instituição, estes números denotam o alto grau de amadurecimento dos alunos e o excelente nível dos formandos. É o caso de Gabriel Libânio da Silveira, que irá se formar em Telecomunicações pela ETE FMC e que hoje atua na renomada Unifenas. 

Das instituições de Ensino de Santa Rita, a própria ETE FMC foi quem mais contratou seus alunos em 2011, ao criar o CEDEN – uma unidade de prestação de serviços para grandes corporações. Cinco estagiários estão atualmente empregados na escola e não precisaram deixar Santa Rita ao finalizar seus estudos. Já o Inatel, contratou três alunos que se formaram pela ETE FMC, no final de 2011. Dois deles, Marcos Túlio e Leonardo Ribeiro, se especializaram em Telecomunicações e André Azevedo, irá se formar em Automação. Já a FAI, referência nacional em Informática, contratou Carlos Alberto Miranda, que também irá se formar no dia 25 próximo. Miguel Boing, outro aluno encaminhado para o setor de educação, está empregado no Colégio Santo Inácio, um dos mais conceituados do país.
Exame para seleção da empresa Petrolífera Schlumberger.
Empresas de petróleo e gás

Altamente disputados, muitos alunos chegaram a ser selecionados, antes mesmo de deixarem as salas de aula. É o caso da multinacional Schlumberger: maior prestadora de serviços para campos de petróleo do mundo. A empresa, com cerca de 110.000 funcionários de mais de 140 nacionalidades e que atua em 80 países, afirma que voltará a Santa Rita do Sapucaí em busca de novos alunos no final deste ano. Em 2010, os escolhidos foram João Mauro Machado, Luiz Felipe Lima e Rafael Reis. Na Queiroz Galvão, empresa ligada à extração de óleo e gás natural, dois alunos foram contratados: José Reinal-do Oliveira e  elder Nascimento.

Técnicos em apenas 2 anos

Um grande exemplo para aqueles que precisam dar um pilha na carreira, mas que não tem tempo a perder, é o caso do aluno Wesley Oliveira, que optou pelo curso noturno por já ter concluído o Ensino Médio quando ingressou na ETE. Assim que terminou o curso de automação, mudou-se imediatamente para São José dos Campos onde iniciou seus trabalhos na Servnews, empresa especializada em robótica e automação.
Exame para seleção da empresa Petrolífera Fugro.
Bolsas de 50 e 100%

Afinal, qual é o preço da oportunidade de se tornar um profissional de sucesso? A boa notícia é que através do sistema de bolsas de estudo oferecido pela ETE FMC, muitos alunos podem estudar com bolsas de 50 ou 100%, mediante avaliação de suas possibilidades financeiras. Atualmente, cerca de 63% dos alunos são beneficados com esse incentivo, sendo que grande parte dos alunos, não paga para estudar.

Inscrições abertas para o Processo Seletivo

Através de exemplos como os citados acima, notamos que as oportunidades estão aí para todos aqueles que querem seguir uma carreira promissora e se dar bem na vida profissional. “As perspectivas são as melhores possíveis. Basta ter força de vontade e compromisso com a nossa forma de encarar a vida.” – assinala Pe. Guy Ruffier, Diretor Geral da instituição. Para aqueles que pretendem seguir os exemplos vitoriosos dos formandos de 2011, a ETE FMC informa que suas inscrições para o processo seletivo estarão abertas até o dia 28 de novembro. Os candidatos poderão realizar suas inscrições pelo site ou através de uma vinda à instituição. Caso queira conhecer a infraestrutura da escola, uma visita também poderá ser agendada. “Estamos sempre de portas abertas para receber os visitantes. As oportunidades são muitas. Campo pro-missor como este, ainda não foi inventado.” – conta Ialdo Correia, Diretor Administrativo.

Acesse o site da ETE e saiba mais sobre as inscrições do Processo Seletivo. Clique Aqui.

(Carlos Magno Romero Carneiro)
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Processo Seletivo ETE FMC

Clique na imagem para fazer a inscrição agora mesmo.

MP pede condenação de 38 presos de operação da PF

O Ministério Público pediu a condenação de 38 pessoas envolvidas na operação "Mão Negra", deflagrada pela Polícia Federal em novembro do ano passado, contra o tráfico de drogas. Os suspeitos foram ouvidos desde o início da semana em um ginásio poliesportivo de Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas. Eles são acusados de participar de um esquema que comandava o tráfico de drogas na região.
Nesta quinta-feira (10), a Justiça ouviu José Luiz da Silva, de 31 anos, o "Lula". Ele é apontado nas investigações como chefe do tráfico na região. Como ele já cumpre pena no estado de São Paulo, Lula teve que ser levado de Aparecida (SP) até o Fórum de Santa Rita do Sapucaí. Segundo as investigações da Polícia civil, Lula era o mentor de uma quadrilha que trazia grandes quantidades de maconha, cocaína e crack para a região. Ainda conforme a polícia, a quadrilha estaria ligada a uma facção criminosa de São Paulo.

Em depoimento, Lula e uma mulher acusada de ser comparsa dele, Sueli Maria da Silva, negaram qualquer envolvimento com o tráfico de drogas em Santa Rita do Sapucaí.

Depoimentos

Durante toda a semana, cerca de 80 pessoas, entre réus e testemunhas, foram ouvidos. Como o Fórum da cidade não tinha estrutura para tantas pessoas, a maior parte dos depoimentos aconteceu no ginásio da cidade.

Clique aqui para ver o video.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Nos tempos das antigas batucadas

Das lembranças mais antigas que tenho do carnaval santarritense, as que marcaram mais a minha infância foram as das batucadas que partiam do alto da rua nova. A ideia daquele espetáculo era reco-lher a maior quantidade possível de dinheiro, através de um evento improvisadíssimo, com a intenção de tomar um mé no carnaval.
As batucadas eram formadas, basicamente, por instrumentos de percussão e alguns personagens folclóricos como a vaca e o bonecão. Tais elementos botavam a criançada para correr e faziam muito valente mijar nas calças. O mais difícil era conseguir uma cabeça de boi e pintar com spray. Já o bonecão, entrava em ação ao colocar uma cabeça de pano sobre uma grande caixa de geladeira. Esta receita sempre dava certo e quem lucrava muito era o bar do Seu Lupércio.

Para arrecadar o dinheiro, havia uma tradição que a sacolinha fosse carregada por um casal com aparência respeitável. Como não havia mulher nas batucadas, um doidão sempre se vestia de dona de casa. O pré-requisito para este posto era que a dupla fosse da confiança do grupo para que as moedas não fossem desaparecendo no decorrer do percurso.

Como a fantasia mais fácil de ser conseguida em época de carnaval é o vestido velho da irmã, os integrantes da bateria travestiam-se de mulher. Os desfiles começavam sempre nas manhãs de domingo e terminavam mais ou menos ao meio-dia. A cachaça rolava solta no decorrer do trajeto e, não raramente, a temida vaca era abandonada em frente ao grupão ou perto da casa do senhor Luiz Alito. Tudo era muito precário, mas a atuação dos moradores da tradicional Rua Nova era sempre motivo de admiração dos habitantes da cidade.
Há muito tempo não vejo batucadas por aqui. Possivelmente, quando os mais antigos moradores do bairro Rua Nova e Eletrônica deixaram de participar do evento, a tradição foi esfriando. Nos anos seguintes, o mais próximo que vi dessas manifestações genuinamente populares foi o surgimento do extraordinário Pó-pô, com aquele hino que consistia apenas em repetir seguidamente o nome do bloco. Ainda assim, quando volto meus olhos ao passado ainda me divirto com aqueles foliões incríveis e suas divertidas formas de cair na folia para sair – por aguardados 4 dias - da pesada rotina de trabalho.
(Carlos Magno Romero Carneiro)
Esta matéria é um oferecimento Marques & Perrotta. Acesse o site abaixo para conhecer ofertas e oportunidades de imóveis em Santa Rita do Sapucaí:
http://www.marqueseperrotta.com.br/

Através de curso noturno, aluno da ETE FMC pode se tornar técnico em apenas dois anos