quinta-feira, 31 de maio de 2012

A história extraordinária de um Urubu chamado Frederico

Um caso extraordinário

Toda cidade do mundo tem seus personagens folclóricos. A cada geração, algum habitante com hábitos excêntricos e jeito engraçado acaba ganhando a simpatia dos companheiros e conquista seu espaço no imaginário popular.

Em toda a história de Santa Rita do Sapucaí, dezenas de personalidades como, Dito Cutuba, Tianinha, Tião Roque e João Onça foram eternizados por suas histórias, mas não conheço, em nenhum outro lugar do universo, algum caso de um animal de estimação que tenha ganhado o status de gente como aconteceu aqui.

A história de Frederico

Reza a lenda que, no início da década de 80, um filhote de urubu foi encontrado em um alojamento de nossa Escola de Eletrônica e passou a ser cuidado pelos alunos. Sem forças para reencontrar sua mamãe Uruba e, muito menos, de ganhar o mundo em busca de um delicioso pedaço de carniça, o bichinho se acostumou a receber os cuidados de seus novos tutores e cresceu acreditando ser gente.

A simpatia dos estudantes pelo bicho era tamanha que não tardou para que eles colocassem nele um nome de gente e começassem a tratá-lo como um genuíno colega de escola. Desde então, Frederico, como ficou conhecido, passou a frequentar diariamente os corredores da instituição e a andar por entre os alunos, enquanto as aulas não começavam. Conta-se que, quando a sirene tocava, lá vinha o urubu, correndo em disparada, em direção a alguma sala de aula. Voar não era do seu feitio. Preferia usar as pernas, com seu andar elegante e cheio de jogo de cintura.

Ao atingir a adolescência, Frederico passou a acompanhar os estudantes em incursões re-gulares aos bares da freguesia e apreciava tomar uma cervejinha gelada, nas rodas de boteco em que as conversas eram jogadas fora. Seus amigos, ainda se lembram do gênio inquieto do urubu – sempre caminhando de um lado para o outro - e dizem que “falar ele não falava, mas que prestava uma atenção danada”.

Ao tomar conhecimento de que o mercado municipal era um local onde se podia encontrar “carcaça de primeira”, o ponto preferido de Frederico passou a ser a Alameda José Cleto Duarte. Quando não tinha muito o que fazer, a ave dava uma passada pela banca de revistas do senhor Rosário, conferia as manchetes do dia e procurava algum amigo no calçadão em frente ao clube, onde espiava as gatinhas. Com altura privilegiada, Frederico olhava sem pudor debaixo das saias e fazia “ar de galanteador”, para inveja dos amigos.

O fim trágico de Frederico

Existem muitas teorias sobre o triste fim de Frederico, por volta de 1986. Alguns santarritenses dizem que, quando ele tomou conhecimento de que não era como seus companheiros humanos, teria pedido carona para um caminhoneiro e acabou atropelado ao chegar em São Paulo. Outros confessam que ele se tornou um dependente da água que passarinho não bebe e não aguentou o baque ao confundir etanol com gasolina. O fato é que esse conterrâneo trouxe grandes alegrias ao nosso povo e merece uma congratulação formal de nossa Câmara Municipal de Vereadores pelos inestimáveis serviços prestados no decorrer de sua breve , porém profícua, existência. Afinal, como diria o ex-ministro, Rogério Magri, “Urubu também é gente”. Ao estimado Urubu, nosso carinho e consideração.

(Carlos Magno Romero Carneiro)

Oportunidade de emprego: Supervidor de Markting e Comunicação

Vaga: Supervisor de Comunicação e Marketing

Empresa: (Leucotron Telecom)

Local: (Santa Rita do Sapucaí - MG)
http://www.valenetwork.com.br/

Descrição: Atividades: Responsável pelo planejamento, gestão e controle das atividades de Comunicação e Marketing, envolvendo publicidade e comunicação dos produtos e soluções. Buscar maior penetração no mercado visando garantir o posicionamento da empresa nos canais, frente aos objetivos comerciais estabelecidos e o desenvolvimento dos negócios.
Requisitos: Graduado em Comunicação ou Propaganda e Marketing. Pós Graduação na área. Idiomas: Inglês e Espanhol intermediário. Experiência com gestão de pessoas.
Site/E-mail:(currículo@leucotron.com.br)
Data limite para encaminhamento de currículos
: (20/06/2012)

Difusora: Suspensão de medicamentos gera conflito entre familiares e Secretaria Municipal de Saúde


A preocupação da família da aposentada Maria Aparecida Ribeiro, 63 anos, começou na segunda-feira (28) quando recebeu um ofício da Secretaria de Saúde de Santa Rita do Sapucaí. De acordo com o documento, os medicamentos Imipenem 500mg e Teicoplanina 400mg estão suspensos pelo município até o julgamento de mérito do agravo de instrumento do processo movido pela família contra o município.

Vaga de Emprego em Santa Rita: Analista de Importação

Cursando Ensino Superior;
Experiência na área.

Atividade: Responsável pelo acompanhamento dos processos de importação da empresa, coordenar embarques, agentes de carga internacional, despachantes aduaneira, seguradora e comissária de câmbio.

Encaminhar o currículo e direcionar para o email  
sarita.barbieri@desafiorh.com.br ou regiane.monteiro@desafiorh.com.br.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Juiz propõe projeto de energia limpa em Santa Rita

Um juiz de Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, propõe um projeto que vai levar energia limpa para as cidades. José Henrique Mallmann já inovou em outra situação, fazendo com que os presos trabalhem e paguem as vítimas lesadas pelos crimes cometidos.
São mais de 18 anos trabalhando  com Direito Penal, muitos deles dedicados a estreitar a relação entre presos e a sociedade. "O preso pedala em uma bicicleta sem pneu e o movimento do pedal vai para um alternador que vai para uma bateria. Uma vez carregada, a bateria é transportada a um local público para iluminar um lugar que antes era ermo", explica Mallmann. Veja detalhes da iniciativa:
Clique para ver a matéria
 Oferecimento:

Fórmula Manipulação: CHIA, a sementinha que dá força!

Chia, é a palavra maia para designar força. São pequeninas sementes pretas, cinzas e esbranquiçadas cultivadas desde 2600 A.C., considerada por muitos especialistas em nutrição um superalimento da natureza, pois fornece energia e resistência ao organismo. São originárias da planta do deserto Salvia hispânica, da família da menta no Sul do México.

- Com suave sabor de castanhas, mais fibras do que a aveia, excelente fonte de fibras alimentares solúveis e insolúveis.
- É grande fonte natural de Ômega 3, além de proporcionar energia de forma rápida e duradoura.
- Possui mais Ômega 3 do que a linhaça.
- Possui 5 x mais cálcio que o leite.
- Possui 3 x mais ferro que o espinafre.
- Possui 2 x mais potássio que a banana.
- Fonte completa de proteínas,
fornece todos os aminoácidos
essenciais de que precisamos.
- Não precisa se triturada para ter seus nutrientes bem aproveitados pelo organismo.
- Não contém glúten.
- Possui antioxidantes, os quais ajudam a diminuir a incidência de doenças crônicas degenerativas como obesidade, diabetes e hi-pertensão.
- Auxilia na manutenção do colesterol e controle da glicose no sangue. Atua no controle da pressão arterial.
- Devido ao grande teor de fibras e enorme capacidade de absorção de líquidos, diminui o apetite. No estômago e intestino forma uma espécie de “gel” que retarda o esvaziamento gástrico, contribuindo no processo de saciedade, diminuindo a velocidade e quantidade de açúcar e gordura absorvidos.

Os alimentos têm grande influência no desempenho do nosso organismo. Por isso, é importante manter uma alimentação balanceada e rica em nutrientes. Fale com seu nutricionista e tire suas dúvidas!
 
Na Fórmula Manipulação, além de medicamentos, você encontra suplementos alimentares, fibras, completa linha de chás, produtos à base de mel e própolis.

Fale com um de
nossos atendentes.
Farmacêuticos Responsáveis: Fabrizia Cunha de Paiva Souza – CRF 13739 e Leandro Franco de Souza – CRF 13142

Quando Minas Gerais fabricou dinheiro

Muitos se lembram dos anos 70 e 80, quando tínhamos uma inflação tão violenta que o governo, por diversas vezes, cortou zeros de nossa moeda e trocou seu nome. Fato semelhante aconteceu em Minas em 1930 quando  se envolveu numa revolução contra o governo federal para não permitir a posse de Júlio Prestes, que tinha ganho a eleição através de fraudes. Naquela época, como agora nas urnas eletrônicas, o governo manipulava a eleição e só ganhava quem ele quisesse. Por isso, houve a revolução, a mais importante do Brasil. Essa revolução colocou Getúlio Vargas, líder gaúcho, na Presidência da República com a desculpa de que foi o candidato derrotado. Na partilha do bolo político, Minas Gerais ficou apenas com a Pasta do Exterior com o que Olegário Maciel não concordou. Reivindicou, também, as da  Justiça e da Fazenda. No entanto, Oswaldo Aranha estava com a da Justiça e José Maria Whitaker com a da Fazenda. Não havia possibilidade de Minas receber mais pastas. Então, Olegário Maciel enviou um telegrama a Getúlio ameaçando retirar-se da “Reconstrução”. Por sugestão de Gustavo Capanema, chefe do gabinete mineiro, foi criado o Ministério da Educação e Saúde e entregue a Francisco Campos que, mais tarde, faria uma comentada reforma no ensino. Toda essa disputa política trouxe graves consequências para Belo Horizonte com atraso no pagamento do funcionalismo público e racionamento de produtos que eram comprados de outros estados. Com os cofres esgotados, o Tesouro Estadual lançou mão de emissão de títulos e, no dia 16 de outubro, o Governo autorizou a emissão de Obrigações do Tesouro cujo prazo de resgate era de 180 dias, podendo ser prorrogado, se necessário fosse, com juro de um e de um quarto a ser pago no vencimento do Título, mas o próprio governo acreditava não poder resgatá-las nesse prazo.

A Municipalidade também veio dançar no mesmo ritmo e o prefeito Luiz Pena autorizou a emissão de apólices da dívida pública municipal. A vida ficou difícil e o comércio se ressentiu não podendo importar de outros estados, pois os títulos não eram aceitos. O funcionalismo público, desconfiado, recebia seu salário em apólices difíceis de serem negociadas. O povo decepcionou-se com a revolução e colocou nas apólices o apelido de “Burroquês”, nome sugestivo para indicar que só burro a quis. O Carnaval de 1931 não perdoou a situação e, como sempre, fez troça dos acontecimentos  imprimindo uma réplica das Obrigações do Tesouro com os dizeres: Bloco Burroquês ou Bororó – Grupo animado, não resgatável em 180 dias” e apresentou uma marchinha que dizia: 
               
Eu tenho mil  burroquês
Filha de meu coração
Que quero fazer a troca
Por um só marco alemão”

Ninguém queria, ninguém aceitava o dinheiro de Minas, mas o funcionalismo era pago nessa moeda rejeitada e, como o comércio colocava dificuldades em aceitá-la, os funcionários passavam fome.

Fato pitoresco ocorreu quando o Pagador do Estado foi ao Palácio  pagar o Governador a sua remuneração e ele repeliu o novo dinheiro dizendo: “Prefiro o federal!”

Camelô é detido com 1,8 mil CDs e DVDs pirateados

Mais de 1,8 mil produtos pirateados, entre CDs e DVDs, foram apreendidos nesta quarta-feira (23) em Santa Rita do Sapucaí (MG), durante a festa de louvor a Santa Rita de Cássia. Segundo a Polícia Militar, foram encontradas também 19 baterias de celular com o camelô. O vendedor foi preso e todo o material foi apreendido. A contagem do material feita pela PM informa que eram 1.118 mídias de CD e 719 DVDs, todos falsificados.
 
E o resto dos produtos que vendem nas barracas?
É tudo com nota?

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Haidee Cabral fala de um tempo que não volta mais

Mudamos para a casa da Rua Cel. Francisco Moreira, nossa residência própria. Com nossa mudança de endereço, também criamos laços com a vizinhança, laços grandes, de perpétuas amizades conquistadas. A vizinha da frente era Iraci e a do lado a Almeí. O quarteirão era uma farra! Em uma das casas morava o Dr. Mário Brandão, que tinha uns dez filhos, cujos nomes eram interessantíssimos, pois se referiam a filósofos gregos. Sua casa, sempre movimentada, vivia cheia de gente. Meus filhos eram frequentadores assíduos da casa do Dr. Mário, pois era ali o encontro para os jogos de pingue-pongue e vôlei. Logo após a esquina, morava a Dona Geralda Tadine com o marido e seus filhos. Eles possuíam uma empresa de ônibus, instalada onde, atualmente, é a nossa garagem! Imagine que, naquela época, a empresa funcionava com um ônibus só! Fazia a linha Santa Rita, Careaçu, São Gonçalo e Pouso Alegre. Era também uma casa muito animada, pois Dona Geralda tinha muitos filhos e estava sempre com a sala cheia de clientes de costura e amigos da meninada. Na outra esquina, era a casa da Dona Nazaré, minha amiga desde a infância, cujos filhos tinham também a idade dos meus. Eu, sempre muito animada, gostava que as crianças levassem os amigos para brincar em nossa casa. A Lídice e a Ângela, filhas da Almei, estavam sempre com as meninas. Eu, da cozinha,  as vigiava no quintal. Quantas vezes me peguei a rir sozinha da imaginação fértil delas! Como é magnífico ser criança!

Lembro-me que gostavam muito de brincar que eram as mulheres mais importantes da cidade. Cada uma escolhia sua personagem e sempre eram a Dona Nazaré, a Dona Sinhá Moreira, a Dona Alda e a Dona Carminha Moreira. Eu observava a pompa delas, sempre a achar muita graça, mas não falava nada. Um dia, não resisti e perguntei:

- Por que diabos vocês só brincam de ser ricas e importantes?
E bem depressa elas responderam:
- Hoje vamos brincar de ser pobres!

Com o mesmo entusiasmo, começaram a escolher as personagens: a Zelma era a Cabecinha de Paina – uma se-nhora que morava no asilo e que tinha a cabeça toda branca, como algodão. A Zenaide se personificou de “Sá Rozenda”, que também era uma senhora pobre que vivia no Asilo e que andava com um porrete na mão. A Lídice passou a se chamar Maria “Caetanda” – que na verdade era Maria Caetana, mas ela não conseguia pronunciar corretamente. A Ângela escolheu ser a Conceição, que gostava de bonecas e sempre nos pedia para levar uma para ela. Depois de escolhidas as personagens, a brincadeira foi longe. Lembro-me bem da correria das crianças pelo quintal. Zelma, de vez em quando, sumia. Quando me dava conta de procurá-la, estava no cantinho, a brincar com seu fogãozinho montado. Para que as panelinhas não ficassem vazias, depenava minhas samambaias que viravam comidinha. Eu chegava na janela e ela dizia com a ca-rinha mais doce:

- É só uma salambainha, mãe!

PREFEITURA COLOCA BURACOS À VENDA

Na Alemanha, a cidade de Niederzimmern foi adotada uma solução polêmica e rentável: os buracos da cidade foram colocados os buracos à venda.
Buraco à venda na Alemanha
Buraco à venda na Alemanha

Por €50 (Aproximadamente R$120) é possível “comprar” o reparo de um dos buracos disponíveis na cidade, com direito a uma plaquinha dedicatória com o nome do comprador. E por mais maluca que a ideia pareça ser, segundo o site da cidade, já foram consertados mais de 120 buracos desta forma. Achei interessante, e você?



Globo Repórter conta a História de aluno da ETE

No meio da multidão, como reconhecer um gênio? Aquela mente que brilha onde quer que esteja. Lá vai o estudante Bruno Kaiuca, perseguindo o sonho de inventar.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

OPORTUNIDADE EM SANTA RITA DO SAPUCAÍ

Reportagem sobre professor preso por falar palavroes em sala de aula

Clique aqui para ver a reportagem.


Vaga para Bibliotecário (a) em Santa Rita


Instituição: Centro de Ensino Superior em Gestão, Tecnologia e  Educação

Pré-Requisitos: Formação em Biblioteconomia (desejável experiência na profissão, preferencialmente em bibliotecas universitárias), registro regular no CRB, conhecimento em MARC, AACR2, na área de Normas Brasileiras e Internacionais, experiência em softwares de automação de bibliotecas; pacote Office, inglês. Perfil com boa comunicação, experiência em atendimento ao público,  iniciativa, responsável, pró-ativa, espírito de equipe, postura profissional.

Disponibilidade: para início imediato. (Maio/2012).

Itens complementares:
Carga Horária: 44 horas semanais, pelo regime C.L.T.;
Remuneração: compatível com a função, a ser informada no ato da entrevista;
Residir em Santa Rita do Sapucaí.

Processo de seleção: 

1ª fase – Entrega de currículos:
Os candidatos deverão enviar seu currículo para a recepção da FAI, à Avenida  Antonio de Cássia, 472, B. Jardim S.Antonio, S.Rita do Sapucaí-MG, ou através do  sitio biblioteca@fai-mg.br , até o dia 25-05-2012.

2ª fase – Entrevista, data e horário
Serão agendados e informados aos candidatos que forem selecionados na primeira fase.

Observações: Vaga de início imediato e desejável que o candidato que more na região.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Conheça a trajetória do "santarritense" Victor Neira

Como foi o início da sua vida?

Eu nasci em plena Segunda Guerra Mundial, no dia 27 de junho de 1943. Minha infância aconteceu durante a crise pós-guerra que afetou o mundo todo. A minha família que era pobre, tornou-se paupérrima. Com sete ou oito anos,  soube o que era passar fome. Já cheguei a ficar uma semana, ou mais, sem ter com que me alimentar a não ser uma água suja. Digo água suja porque tomávamos chá reaproveitado. Minha mãe tirava o chá do coador, colocava-o em um pano e o deixava em cima do telhado para secar e ser reaproveitado. Isso fez de mim um garoto com muito complexo. Durante muitos anos me julgava o mais fraco, o mais burro, o mais feio, o mais pobre. Isso foi até os meus 11 anos quando descobri que tinha um valor: na escola, no bairro ou na minha comunidade, não tinha ninguém que desenhasse como eu. Descobri que era o melhor desenhista do meu grupo e resolvi fazer daquele dom uma forma de ganhar a vida. Comecei então, a trabalhar e me envolver com arte e com artistas.

O senhor passou então a trabalhar como desenhista?

Quando descobri que desenhava, comecei a trabalhar com desenhos. Primeiro entre amigos, depois oferecendo meus serviços para empresas de pessoas que me conheciam. Uma vez fui procurado por uma empresa que fabricava jogos de tabuleiro. Eles fabricavam um jogo chamado “Turismo na América do Sul”, queriam mudar o tabuleiro e perguntaram se eu gostaria de fazer outro melhor. Eu aceitei. Durante muito tempo esse jogo foi vendido com a embalagem e o tabuleiro que eu criei. Depois fui procurado para criar alguns anúncios, fiz alguns trabalhos de ilustração, até que o jornal da Cooperativa de Correios e Telégrafos do Chile me chamou para trabalhar como desenhista. Daí a pouco comecei a enviar desenhos para outros jornais e, aos quinze anos, já tinha alguns desenhos e piadas publicados no jornal “El Clarin”. Desde então eu desenhei para muitos jornais, revistas e editoras, até conseguir, aos 18 anos, ser o mais jovem ilustrador a publicar uma charge no editorial do jornal “La Nacion”, que era um dos maiores jornais do Chile.

Desde cedo o senhor se interessou por política?

Eu venho de uma tradicional família de comunistas e sou  a ovelha negra dessa família porque nunca pertenci a partido político nenhum. Independente dos partidos, sou um homem de esquerda, porque preconiza uma melhor distribuição de renda. Apesar de muito pobres, meus familiares era muito ricos culturalmente. Minha avó, dona Heloisa Tortosa Somedevilla era filha do conde de Tortosa da Espanha e de um nobre italiano. Por motivos políticos, foram obrigados a fugir da Europa com a roupa do corpo. Éramos pobres, morávamos em um casebre, mas éramos culturalmente ricos.

O senhor foi perseguido pela ditadura chilena?
No dia 11 de setembro de 1973 o dia amanheceu como amanhecem todos os dias. O galo cantou, a gente acordou, as mães levavam os filhos para a escola, algumas pessoas iam à padaria e eu saí para trabalhar. Parecia um dia normal, até o momento em que começaram a surgir boatos de que haveria um golpe político. Alguns dias antes, houve uma grande passeata e nós pensamos, ingenuamente, que aquela maciça mobilização popular abafaria o golpe. Só que nem os militares chilenos, nem a CIA e nem o governo americano estavam preocupados com o povo chileno. O que eles não queriam era que chegasse  a bom termo um governo de esquerda eleito pelo povo sem derramamento de sangue. Se a moda pegasse, eles  perderiam a influência na América Latina. Desde então, os americanos começaram a apoiar ditadores em todos os países sul-americanos.

Uma semana depois do golpe, os militares chegaram à empresa em que eu trabalhava com uma lista de nomes, e o meu entre eles. Com as pernas tremendo me identifiquei. Dois militares colocaram suas baionetas nas minhas costas e me retiraram do trabalho. O que mais me impressionou na época foi ver que todas as mulheres que trabalhavam comigo choraram por mim.

Fui encaminhado ao Estádio Nacional que serviu como campo de concentração. O mesmo estádio em que o Brasil conquistou a Copa do Mundo de 1962. Fomos catalogados “prisioneiros de guerra” naquele acontecimento absurdo em que os militares passaram a violentar o próprio povo que pagava o salário deles, usando as armas que o próprio povo havia comprado para eles protegerem o país. Tudo porque queríamos um Chile mais livre.

Como era a rotina no Campo de concentração?

De noite ficávamos no vestiário. Eram mais de 160 pessoas em um lugar feito para que dois times trocassem de roupa no intervalo de um jogo. Alguns dormiam deitados, outros em pé. Os que dormiam debaixo do chuveiro acordavam com a roupa encharcada. Ao amanhecer, éramos levados às arquibancadas e obrigados a ficar no ócio, tomando sol o dia inteiro.

Nessa época foi que o senhor passou a acreditar em Deus?

No meio de todo esse sofrimento, certo dia, eles nos tiraram do estádio e nos levaram ao velódromo que ficava ao lado. Lá, nos colocaram de frente para um muro, em pé, com as mãos na nuca, as pernas abertas, em uma posição que não podíamos nos mexer senão apanhávamos. Ficamos horas em absoluta imobilidade. Ouvíamos barulhos de corpos caindo e não sabíamos se aquelas pessoas voltariam ou não. Em um determinado momento eu olhei para aquele muro, que refletia um calor terrível, e notei que existia uma folhinha verde. Como era a única coisa diferente, me concentrei nela e de pronto me surpreendi conversando com ela,  perguntando-lhe mentalmente como era possível tanto abuso e porque estávamos passando por tudo aquilo. Quando voltei à realidade, fiquei me perguntando como era possível que eu, que não acreditava em nada, estivesse me dirigindo a uma folha insignificante como se fosse uma divindade. Será que eu não acreditava mesmo ou apenas acreditava que não acreditava? Quando fui libertado, duas semanas depois, escutei pelo rádio uma música de um amigo. A canção, que eu não conhecia, chamava-se “Entalhando” e contava a história de um caboclo que, em um momento de ócio, pegou um pedaço de madeira e com seu canivete começou a entalhar. De pronto, se surpreendeu ao perceber que estava entalhado uma cruz e pensou: “Eu nunca acreditei em Cristo, mas quanta falta Ele fazia!” Ao ouvir essa frase chorei que nem criança. Depois juntei os dois acontecimentos, o da folha e o da música e tive uma certeza: eu acreditava em algo e comecei a chamá-lo de Ente Cósmico, Força Superior... Passado algum tempo, descobri que o melhor nome para o que eu acreditava era Deus.

Como foi sua saída do Chile?

Enquanto estive preso, fui torturado pelos militares. O momento da tortura foi mais ou menos assim: Com a vista vendada e as mãos amarradas nas costas, me fizeram ajoelhar. Faziam uma série de perguntas que só podiam ser respondidas com monossílabas - sim ou não – as perguntas aumentavam em velocidade e a gente embalava no “sim”, e vinha uma pergunta que deveria ser respondida com “não.” E respondi que sim à perguntarem se eu era a favor de matar não sei quantos militares. Os militares começaram a me bater, pisar nos calcanhares com os pesados coturnos, chutar a barriga, pisar nas coxas e chutar os joelhos...

Em 3 ou 4 semanas, a dor física passou. Já a dor psicológica durou anos. A pressão militar era intensa. Toda semana, os militares voltavam à empresa e levavam mais alguém preso, sempre alguns que já tinham sido detidos. Isso me dava uma profunda insegurança que estava me fazendo mal. Nessa época, eu estava pesando 41 quilos, tinha terríveis dores de cabeça, passava o dia com vontade de vomitar. O médico da empresa me disse: “ou você aprende a conviver com essa situação ou sai do Chile”. Foi o que fiz em janeiro de 1975. Saí do Chile legalmente, com passaporte. Antes disso, tirei alguns documentos que comprovavam que tinha sido preso político. Em 27 de janeiro de 1975, entrei ao Brasil com um visto de turista.

Por que o senhor escolheu o Brasil?

Eu não escolhi o Brasil, foi o Brasil quem me escolheu. Isso demonstra que o Brasil tem bom gosto! (Risos) Antes de chegar aqui eu estive no Paraguai. Lá, eu tinha um amigo que me informou que a Polícia Secreta estava me investigando. Da noite para o dia, eu arrumei minhas malas e vim para o Brasil.

Como foi o seu recomeço no Brasil?

O primeiro ano de Brasil foi muito difícil. Não conseguia trabalho por não ter documentos e não arrumava documentos por não ter “promessa de emprego”. O dinheiro que havíamos conseguido vendendo as coisas que tínhamos no Chile foi acabando e tínhamos que batalhar. Trabalhamos em uma fábrica da máfia Coreana que fazia capinhas para calculadora. Era um regime de quase escravidão. Tínhamos que manter a máquina trabalhando 24 horas por dia. Quando eu parava para descansar, entrava minha mulher ou meu irmão no lugar. Depois, começamos a limpar o banheiro de um restaurante anexo a uma rodoviária de São Paulo. A limpeza só acontecia uma vez por semana e, quando fomos começar, o lugar não era limpo há muito tempo. Quando minha mulher viu, passou mal. Eu tive que pegar uma bucha e esfregar aquele banheiro inteiro. Continuamos naquela vida até conseguir a documentação. Com ela, consegui trabalho e a vida começou a melhorar.

E Santa Rita? Como o senhor conheceu a cidade?

Não fui eu que fiquei sabendo de Santa Rita, foi Santa Rita que ficou sabendo de mim! (Risos) Na época, eu trabalhava no grupo Atalla e lá também trabalhava o santarritense João Luiz Vilela. Por acaso ele viu meu currículo e lhe chamou atenção que eu tinha estudado na Universidade Católica de Santiago. Ele lembrou que um dos seus amigos havia estudado lá. Era o Padre Ramon, na época, diretor da FAI. Então o Pe.Ramon me convidou para conhecer a cidade e eu comecei a vir todo final de semana, até ser convidado para trabalhar na faculdade. Isso fui em agosto de 1978.

 O que o senhor pensa sobre Santa Rita?


Como toda cidade, Santa Rita tem suas qualidades e tem seus defeitos, mas eu posso dizer que aqui eu fiz os meus melhores amigos. Os dois amigos que mais admiro são os santarritenses Tito de Oliveira Dias e Cleber Miranda. Eu não falo isso pra eles, mas são pessoas que eu gosto muito.
 
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OPINIÃO: AS BARRACAS (E AS IRREGULARIDADES) ESTÃO CHEGANDO

Quando a tradição das barracas teve início, os comerciantes que vinham de outras cidades tinham um perfil bem diferente de hoje. Como ainda não existiam os produtos vindo da  China ou do Paraguai, os barraqueiros vendiam comida, artesanato, fotografias e outras lembranças. 

Com o passar dos anos, a festa aumentou, tomou conta de boa parte das ruas do centro da cidade e passou a atrair turistas de toda a região. Desde então, Santa Rita passou a conviver com o desafio de ver sua população triplicar por alguns dias e muitos transtornos foram gerados, sem perspectivas de solução.

 No dos outros é refresco

Toda vez que passo pelas barracas, eu ouço aquela mistura de sons e de cheiros, aquela sujeira pelo chão e aquelas milhares de pessoas caminhando por ruas estreitas em busca da melhor oferta e penso: "Será que os moradores daquele bairro não se incomodam com isso?" Sim, eles se incomodam. Eles detestam quando chega a festa de Santa Rita. Ainda assim eu reflito: "Se aquela rua é estratégica para o fluxo de veículos, porque as barracas são montadas lá?" Certamente, porque os moradores das ruas centrais não permitiriam que aquela feira fosse armada na porta de suas casas. "Mas se eles não querem as barracas na porta das suas casas, porque iriam querer na porta da casas dos outros?" Este é o grande dilema. 

SUGESTÃO PARA RESOLVER ESTE PROBLEMA: UM LOCAL ADEQUADO PARA COLOCAÇÃO DAS BARRACAS, COM INFRA-ESTRUTURA E SEGURANÇA.

Vista grossa

Nos anos anteriores, soube de muitas irregularidades referentes ao comércio das barraquinhas. Sem água potável, muitos comerciantes pegavam a água suja dos rios para prepararem seus alimentos. Sem um sistema de escoamento dos dejetos, o óleo da fritura ia para o chão e a fedentina permanecia no local um bom tempo depois que eles iam embora. Nisso, me veio uma outra pergunta: "Se a vigilância sanitária cai em cima dos comerciantes pelo fato de, por exemplo, servirem maionese em bisnaga, por que fazem vista grossa aos alimentos vendidos durante a festa?"

SUGESTÃO: QUE A VIGILÂNCIA SANITÁRIA SEJA EFETIVA NA FISCALIZAÇÃO DAS BARRACAS, QUANTO À HIGIENE E RISCOS À SAÚDE.

Concorrência desleal

Outro ponto a ponderar, refere-se à concorrência frente aos comerciantes locais. É preciso dar a mão à palmatória: os produtos vendidos em Santa Rita são bem mais caros. Mas eles não poderiam custar a metade do valor se nossos comerciantes pudessem vender seus produtos sem nota fiscal de compra ou venda, como os ambulantes fazem?

SUGESTÃO: QUE EXISTA UMA SELEÇÃO CRITERIOSA E UMA FISCALIZAÇÃO AOS PRODUTOS COMERCIALIZADOS NA CIDADE. QUE A PREFEITURA USE PARTE DA VERBA ARRECADADA PARA REDUZIR OS PREJUÍZOS DOS COMERCIANTES LOCAIS.

Pulso firme

Meu desejo, é que a prefeitura se posicionasse pelo bem da comunidade e não abrisse mão de uma lei ou outra para satisfazer o gosto popular. Que as autoridades atuassem com justiça diante dos acontecimentos que afligem a sociedade. Não me coloco contra a existência das barracas, mas que isso aconteça de forma organizada, higiênica, dentro da lei e com amparo do poder público.

SUGESTÃO: QUE AS AUTORIDADES DÊEM O EXEMPLO E DEFENDAM OS DIREITOS E INTERESSES DA POPULAÇÃO.

Gostaríamos de ouvir sua opinião sobre o assunto. Participe. Comente.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Trânsito: a lei não é cumprida porque não há punição aos infratores

Há quase uma semana, os internautas iniciaram um movimento de  discussão e denúncia das mazelas no trânsito de Santa Rita do Sapucaí. O problema é que não existe qualquer fiscalização nesse sentido. As viaturas passam por veículos estacionados em locais proibidos, vêem os motoristas cometerem infrações mas não tomam as devidas providências. O que diferencia Santa Rita do Sapucaí de outras cidades não é que somos mais ou menos educados do que os moradores das outras. A diferença é que aqui a lei não é cumprida porque não há fiscalização para punir os infratores.
Em uma cidade onde todo tipo de sinalização só é colocada em torno da praça, veículo estaciona em vaga para deficientes.
Motorista sem noção congestiona o trânsito para embarque e desembarque de passageios. Só por Deus.
Veículo estaciona em canteiro central.  É necessário haver  punição para este tipo de atitude..

ValeNetwork: Brasileira lança livro grátis sobre a vida no Vale do Silício

Em A Menina do Vale, Bel Pesce conta o que tem aprendido com suas vivências no Vale do Silício e apresenta diversos cases de sucesso e perfis empreendedores.
A história da empreendedora paulistana Bel Pesce, que hoje mora nos Estados Unidos, já revela o seu lado empreendedor. Ainda no começo da carreira, conseguiu ingressar no Instituto Tecnológico de Massachussets (MIT), uma das maiores universidades com foco em desenvolvimento tecnológico do mundo. Já cursando Engenharia e Ciências da Computação, ela trabalhou na Microsoft, Google e em outros projetos de laboratório. Atualmente ela é sócia fundadora da Lemon.com, desenvolvedora de um app para organização financeira. 

terça-feira, 15 de maio de 2012

EMPÓRIO BRUSAMOLIN - O MAIS TRADICIONAL DE SANTA RITA


Veja como foi a comemoração do Dia das Mães na Escola Nova

WORKSHOP ESPORTIVO EM SANTA RITA

Série: Internautas apontam infrações no trânsito de Santa Rita

Motoqueiros têm área apropriada para estacionamento na Praça, mas não respeitam a sinalização.

Museu Defim Moreira comemora Semana Nacional dos Museus

 

DIFUSORA: Santarritense estréia com vitória no Campeonato Mineiro Sub 20

Alunos de Santa Rita do Sapucaí participam de competição de robótica nos Estados Unidos

Estudantes mineiros exaltam a experiência e já pensam em novas competições do conhecimento
Alunos da Escola Estadual Doutor Luiz Pinto de Almeida, do município de Santa Rita do Sapucaí, disputaram na Florida, nos Estados Unidos, o mundial de robótica, First Lego League, entre os dias 3 e 6 de maio. Dez alunos da escola, que integra a rede da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, voltaram para casa cheios de planos e com novas perspectivas.

Segundo a coordenadora da escola, Luciana Pires de Carvalho, a viagem foi uma ótima oportunidade para os alunos vivenciarem um intenso intercâmbio cultural, o que resulta em amadurecimento dos estudantes. 

Ainda que não saibam a classificação exata no ranking da competição, que recebeu 60 equipes, a X-factor, nome dado à equipe, acredita ter conseguido uma posição entre as dez primeiras colocadas. A pontuação relativa à última e quinta rodada da competição foi sigilosa. De acordo com Luciana Pires de Carvalho, na quarta rodada de avaliação, a equipe conseguiu 228 pontos em 400, e nenhuma outra equipe chegou aos 300 pontos.

Disputas à parte, os alunos voltaram muito animados em relação à nova experiência e ao aprendizado adquirido. “Vimos projetos muito interessantes. Conversamos com diretores e profissionais de gabarito. Além das amizades que fizemos, especialmente com as equipes da Colômbia e Holanda”, conta a estudante que participou da disputa, Ana Luiza. A coordenadora ainda lembrou que os alunos sentiram a importância de valorizar o aprendizado de outros idiomas. “Muitos voltaram com um desejo aguçado de aprofundarem sua capacidade de comunicação como poder de barganha”, afirmou Luciana.

Agora, os alunos da equipe X-Factor já pensam na próxima etapa da competição, que tem o tema “A terceira idade”. Intitulado Seniors Solutions (Soluções para pessoas da terceira idade), a competição, que será realizada em 2013, já conquistou a atenção dos alunos.

Até lá, os estudantes pretendem dar continuidade ao estudo na área de robótica realizados em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), que concedeu as bolsas de pesquisa aos alunos depois de terem faturado o 4º lugar na competição nacional em março deste ano, em São Paulo.

Segundo a estudante Ana Luiza, que participou pela primeira vez da competição, a experiência trouxe para ela e os colegas não só o desejo de aprofundar a pesquisa na área de engenharia. “Nós fomos para a competição com a mentalidade de um grupo unido por uma obrigação conjunta. Agora, voltamos com uma visão de uma verdadeira equipe em prol de um projeto. Nosso senso de coletividade mudou”, afirmou a integrante do X-Factor

segunda-feira, 14 de maio de 2012

O encontro de Zé Abrão e Getúlio Vargas (Por Ivan Kallás)

Contam que, numa crise do café, os fazendeiros da cidade se reuniram e decidiram ir ao palácio do Catete, reivindicar ações de Getúlio Vargas. Dito e feito, formou-se a Comissão, com as mais ilustres personalidades locais. Alguém resolveu indicar o nome de Zé Abrão, na época tendo o maior comércio da cidade, mas apenas uma pequena fazenda. Ele, a princípio, aprovava a viagem, mas se recusava a ir junto, argumentando: “Ieu num sabi falá direito. Ieu vai atrapaiá o ilustri barticipação di ucêis. Meu sítiu é piquinin, só broduz um boco di banana i café. Vão ucêis qui são mais imbortanti.” Ao que os coronéis presentes argumentaram: “Sô Zé, si recusar é porque não quer participar.” E ele: “Intão ieu vai juntu com ucêis. Mas disbois num ricrama.” Arrumou a mala. Colocou a gravata E foi.

Zé Abrão, de terno bem passado e gravata quase sempre torta, juntou-se então à comitiva para reclamar de Getúlio Vargas providências na crise do café. Chegando todos, já com audiência marcada por homens de prestígio, foram para a sala de espera do Palácio do Catete. Esperaram, esperaram, foram servidos de cafezinho pela simpática secretária e reverenciados pelo Chefe de Gabinete. Enfim, receberam toda a simpatia de quem quer atender, mas não quer resolver. Até que entra um Deputado, sorridente, dizendo que, finalmente, iam ser recebidos, mas... Tinha havido um imprevisto, Getúlio estava recebendo uma visita inesperada de um diplomata estrangeiro. Ao mesmo tempo, uma crise nos quartéis exigia sua atenção imediata e, conclusão: Quem iria recebê-los era o Ministro do Interior, pessoa de alta posição, muito respeitado por Getúlio e cuja opinião seria definitiva para as decisões que seriam tomadas no caso. Todos se levantaram, dirigindo-se para o corredor que levaria ao gabinete do Ministro. Todos, menos Zé Abrão.
Quando já iam sair, alguém viu o Sô Zé, plantado na cadeira e pensaram que ele não tinha entendido a conversa: “Sô Zé! Vamos. Por aqui.” E Zé Abrão não se mexia. “Sô Zé! Vamos ser recebidos pelo Ministro!” E Zé Abrão continuava parado, apenas resmungando: “Ucêis bódi qui vai. Ieu fica.” E plantou-se na cadeira com as pernas abertas, segurando a bengala. “Mas Sô Zé, você disse que vinha com a gente. Não vai voltar atrás agora...” E ele: “Ieu num vai.” E os amigos argumentavam: “Mas por que, Sô Zé?” Ao que o turco velho retrucou: “IEU VIM FALÁ BRÁ DEUS. IEU NUM VIM BROSEÁ COM SÃO PEDRO.” E mesmo custando a entender o que aquele senhor dizia com o sotaque enrolado, eles compreenderam. Estavam sendo enrolados pela assessoria de Getúlio. Pensativos, voltaram a se assentar e o chefe da comitiva disse: “Agradecemos muito a atenção do Sr. Ministro do Interior e prezamos muito sua receptividade, mas se não pudermos falar com Getúlio, vamos voltar. Passado o primeiro constrangimento e decorridos mais alguns minutos, Getúlio Vargas recebeu pessoalmente a comitiva e, dizem, atendeu às suas reivindicações. E o Sô Zé, ou Zé Abrão, voltou para casa, saudado pelos seus companheiros como o grande herói da viagem.

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"Quase" fazer o básico virou obra de final de mandato

Hoje, enquanto passava pela Praça Santa Rita para ir trabalhar, notei uma situação extraordinária e inédita nos últimos anos. Um grupo de funcionários da prefeitura, estava limpando o encardido chão em torno da fonte e até dava sinais de que iria passar o vassourão em todo o largo da matriz. Isso não é incrível? Em quatro anos, eu sempre via aquele chão imundo e pensava: por que será que não compram uma máquina de alta pressão para dar um jeito nisso? (No governo do Paulinho Dentista era assim) Se todas as obras de infra-estrutura sempre são colocadas em torno da praça, talvez retirar toda aquela craca do chão poderia causar uma certa impressão em quem passa o resto do ano sem o mínimo de infraestrutura.

O milagre está acontecendo e parece ser obra da Santa do Impossíveis. Afinal, toda vez que se aproxima o dia da Padroeira, é um tal de revirar o gramado, varrer o chão, retirar o lixo e pintar faixinha de pedreste... Fica quase tudo lindo... em torno da praça.

Em Santa Rita do Sapucaí, "quase" fazer o básico já virou obra de final de mandato. Depois de quatro anos, pode ser que vejamos as ruas limpas, os gramados aparados e outras "obras" fantásticas. Enquanto isso, um precipício toma conta da única saída da cidade, poucos dias antes da Festa da Padroeira. Será um colapso? Oremos.

Santa dos Impossíveis, olhai por nós.

Começa hoje a Semana dos Museus

Série: Santarritenses ajudam a fiscalizar o trânsito local


Prestigie a Barraca da Apae

sexta-feira, 11 de maio de 2012

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No Dia das Mães, prestigie o comércio local.

Maria Luiza Matragrano, a santarritense que viu o lendário Zeppelin

A enfermidade do pai

Maria Luiza Matragrano tinha apenas 6 anos de idade quando, em 1936, seu pai, o famoso comerciante, Antônio de Cássia Filho, precisou realizar uns exames no Rio de Janeiro, para tratar um problema cardíaco, mais precisamente na válvula mitral, considerado incurável até então. 

Antes de partir, o Doutor Antenor já havia feito o diagnóstico, mas o Sr. Cássia preferiu buscar uma segunda opinião, desta vez com equipamentos específicos para a sua necessidade. Maria Luiza conta que seu pai tinha sérias limitações por conta da enfermidade e era absolutamente proibido de fazer esforço excessivo, jogar futebol ou praticar exercícios físicos. “Desde pequeno sofria crises de falta de ar e arritmia. Por este motivo, minha avó decidiu levá-lo ao famosíssimo doutor Miguel Couto.” – lembra a filha mais velha do comerciante.

Ao chegar ao Rio de Janeiro, o diagnóstico do renomado médico foi exatamente igual ao do Dr. Antenor. Espantado com a precisão do clínico santarritense, Miguel Couto falou: “Vocês não são de uma cidade minúscula do sul de Minas? Como podem ter conseguido diagnosticá-lo sem a aparelhagem que temos por aqui?”

Uma experiência incrível

Ao deixarem o consultório, Sr. Antônio de Cássia gostou tanto do clima da capital do Brasil que decidiu passar lá, uns meses com sua família. Nesse meio tempo, entre uma visita e outra aos pontos turísticos da cidade maravilhosa, uma visão marcou para sempre a vida daqueles santarritenses. Por coincidência, o lendário dirigível Graf Zeppelin acabava de chegar ao Brasil, vindo da poderosa Alemanha de Adolf Hitler.

Maria Luiza conta como foi ver o dirigível mais famoso de todos os tempos: “O Zeppelin voava muito baixo, bem devagarinho e, como ainda não havia prédios na cidade, ele passava a impressão de ser algo monstruoso. Ele era enorme e sua sombra cobria boa parte das casas.  Por onde passava, a luz do sol desaparecia e todos saíam às ruas para ver aquele espetáculo maravilhoso. Quando eu fecho os olhos, ainda consigo vê-lo com perfeição. Ele parecia ser todo metálico e tinha umas facetas que o contornavam. Sua superfície não parecia ser lisa. A impressão que dava era a de que ele era formado de placas. Debaixo dele, havia uma cabine de controle, onde era possível ver com nitidez os tripulantes que o dirigiam. Lembro-me do meu pai dizendo que aquele aparelho havia sido construído pelos alemães, considerados um povo muito evoluído para a época.”

A filha do Senhor Cássia conta que, dia desses, perguntou à sua irmã, Maria do Carmo,  se ela se lembrava daquele episódio, mas ela disse que não. Com apenas dois anos de idade, ela era ainda muito novinha para se recordar.
O Graf Zeppelin

O Graf Zeppelin tinha 213 metros de comprimento, 5 motores, transportava 20 passageiros e cerca de 45 tripulantes, sendo o maior dirigível da história até a data de sua construção, em 1928. Sua estrutura era baseada numa carcaça de alumínio, revestida por uma tela recoberta por lona de algodão, pintada com tinta prata, para refletir o calor. Dentro, existiam 60 pequenos balões com gás hidrogênio, juntamente com 5 motores de 12 cilindros, alimentados com um combustível leve, o Blau Gas (gás azul = H²) e gasolina, que o mantinham no ar, a uma velocidade de até 128 km por hora. Sua capacidade de carga era de 62 toneladas.

O Graf Zeppelin oferecia grande conforto. Apenas 35 lugares eram disponíveis e, normalmente, a lotação não ultrapassava 20 passageiros. A aeronave era bastante estável, devido ao seu tamanho. Os passageiros dispunham de cabines duplas, com beliches, sala de estar e de jantar, e até um salão para fumar, cuidadosamente isolado para não incendiar o perigoso e inflamável gás de sustentação da aeronave, o hidrogênio.

Em todos os 7 anos de operação dos dirigíveis no Brasil, houve apenas um incidente, e nenhum acidente. O incidente ocorreu quando um dos homens que seguravam as cordas de amarração, no solo, não ouviu a ordem de “soltar a corda” e ficou pendurado, a grande altura do chão, até que a aeronave voltasse ao solo, alertada pelo pessoal em terra.

Infelizmente, apenas 14 meses depois da novidade ter chegado ao Brasil (1.936), o Hindenburg acidentou-se nos Estados Unidos. Pouco antes de pousar, a aeronave incendiou-se, no dia 6 de maio de 1.937.

Apenas um mês depois, o Graf Zeppelin foi retirado de serviço. O dirigível irmão do Hindenburg, o LZ-130 Graf Zeppelin II, já concluído, nunca chegou a entrar em serviço ativo. Depois de passar alguns anos em um museu, ambos foram desmontados em 1.940, para aproveitamento do seu alumínio em aviões militares, por ordem do Marechal Goering.

Oferecimento:

Serie: Internautas ajudam a fiscalizar o trânsito.

Essa imagem vale um Oscar. Flagra o veículo da própria Guarda Civil estacionado em local proibido. Tem que dar o exemplo, né tio?
Desrespeito ao trânsito tem sido crítico em Santa Rita. População pede apoio da GUARDA CIVIL, da Polícia Militar e da própria população.

Carro da prefeitura estacionado debaixo da placa de "Proibido Estacionar"
Desse jeito tio Paulinho não vai colocar estrelinha na sua testa.