quarta-feira, 27 de março de 2013

Inatel inaugura laboratório de treinamento para certificação Huawei

Instituto é a primeira instituição do Brasil credenciada para treinar profissionais que desejam possuir a certificação da multinacional
    
No dia primeiro de abril o Inatel e a Huawei inauguram oficialmente no campus do Instituto em Santa Rita do Sapucaí o laboratório onde serão treinados os profissionais que desejam obter a certificação HANA - Huawei Authorized Network Academy (Certificado de conhecimento Huawei – em português).


A inauguração do laboratório faz parte da parceria anunciada em outubro do ano passado durante o Futurecom, maior evento de telecomunicações da América Latina, que habilita o Inatel a oferecer o treinamento para certificação HANA. O Inatel é a primeira instituição brasileira a oferecer o treinamento para certificação da multinacional.
 
O certificado Huawei foi desenvolvido pela matriz da empresa na China há três anos, desde então, o programa vêm sendo um sucesso na Ásia, Oriente Médio, África e outras regiões. “A Huawei entende que o volume de profissionais especializados em TIC deve acompanhar o crescimento das telecomunicações. A demanda por mão de obra qualificada para a área no Brasil é notória, e acreditamos ser uma ótima oportunidade de inserir, em parceria com o Inatel, o certificado HANA”, afirmou o vice-presidente da Huawei, João Pedro Flecha de Lima, durante o anúncio da parceria em 2012.


Para participar do curso, não é necessária graduação na área, porém, os profissionais devem ter conhecimentos prévios em tecnologia da informação e comunicações. Os primeiros módulos serão referentes à rede de dados e LTE – HCDA and HCNA-LTE.

Novo produto da Leucotron chega à final de premiação internacional de design


O novo terminal telefônico da Leucotron, o Orbit.go, tem no design o seu grande diferencial. Além dos aspectos técnicos que são levados muito a sério pela empresa sediada em Santa Rita do Sapucaí, MG, a estética, usabilidade e ergometria do novo produto vem conquistando grande destaque, e levaram o Orbit.go à fase final de um dos principais prêmios de design: o IDEA Design.

Edição nacional do maior prêmio de design dos Estados Unidos – o International Design Excellence Awards (IDEA) –, é um dos mais respeitados do mundo. Há mais de 30 anos, vem premiando empresas de todos os continentes, como Apple, Microsoft e HP. E se tornou objeto de desejo de designers e empresas do mundo todo.

O Orbit.go foi concebido em parceria com a agência de design mineira Quantum, de BH, e nasceu em um trabalho pouco convencional em empresas que atuam em mercados empresariais: foi o design é que direcionou a tecnologia, e não o oposto, como é de praxe. “É rara, em prêmios do gênero, a seleção de produtos voltados ao mercado B2B, ainda mais em telecom. Fomos longe. E isso mostra que estamos cada vez mais preocupados com a experiência do usuário com os nossos produtos”, diz Carlos Henrique Vilela, gerente de marketing da Leucotron.

Para Antônio Claudio de Oliveira, diretor de negócios da empresa, é um grande orgulho para todos nós ter chegado tão longe em uma premiação tão respeitada. Isso mostra que o Orbit.go é um terminal realmente diferenciado e capaz de satisfazer nossos clientes”.

terça-feira, 26 de março de 2013

Santa Rita do Sapucaí ganha Centro de Serviços do Sebrae Minas

Iniciativa amplia ações de fortalecimento do Arranjo Produtivo Local de Eletroeletrônicos e o atendimento a empreendedores da região
O presidente do Sebrae Minas, Lázaro Luiz Gonzaga inaugura, dia 2 de abril, o Centro de Serviços de Santa Rita Sapucaí. A nova sede inova o modelo de prestação de serviços da instituição, que além de atendimento empresarial e projetos de fortalecimento de setores importantes para a economia local passa a oferecer suporte mais amplo aos empresários, como palestras, cursos e espaço para reuniões.

O Centro de Serviços faz parte da estratégia do Sebrae Minas de alavancar o desenvolvimento regional e promover o fortalecimento das MPE mineiras nos arranjos produtivos, por meio de capacitações em gestão, inovação e foco no mercado. Santa Rita do Sapucaí, com 40 mil habitantes, é a quarta cidade a receber o Centro de Serviços, já inaugurado nas cidades de Divinópolis, Nova Serrana e Ubá.

O Sebrae atua na microrregião de Santa Rita do Sapucaí há mais de 20 anos. Há quatro propôs um foco de mercado inovador para as empresas do arranjo produtivo local (APL) de eletroeletrônicos, com o projeto Building Connectivity, voltado a empresas interessadas em criar sistemas integrados para edificações. Para este setor, o Sebrae desenvolve ainda um projeto de internacionalização dos negócios e outro voltado à melhoria da competitividade das empresas do segmento de eletromédicos.

Santa Rita do Sapucaí é conhecida nacional e mundialmente como o “Vale da Eletrônica”, em analogia ao norte-americano “Vale do Silício”. Está a 450 Km de Belo Horizonte, 220 Km de São Paulo, abriga um dos maiores centros tecnológicos do país e catalisa conhecimentos nas áreas de eletrônica, informática e telecomunicações.

APL de Eletroeletrônicos
150 empresas (90% micro e pequenas)
10 mil empregos diretos
12 mil produtos/ano
Volume de exportações
2011: 7 milhões de dólares
2012: 12,4 milhões
2013: projeção de 12,9 milhões

Centro de Serviços do Sebrae em Santa Rita do Sapucaí

Inauguração: 2 de abril, às 14 horas
Av. Delfim Moreira, 113 – Centro
Confirmação de presença: (35) 3471-4185 ou bruna.lenzi@sebraemg.com.br
As inscrições para as atividades gerenciais gratuitas podem ser feitas pelo telefone (32) 3531-5166. Programação completa no site www.sebraemg.com.br

Assessoria de Imprensa Sebrae Minas:

(31) 3379-9275 / 9276

Oferecimento:

Portal G1: PM recupera sacas de café furtadas em Santa Rita do Sapucaí, MG

Produtores foram localizados em uma fazenda em Pouso Alegre (MG). Além das sacas, polícia localizou cabeças de gado sem documentação.

Clique na imagem para assistir à reportagem.

Das 145 sacas de café furtadas de uma cooperativa em Santa Rita do Sapucaí (MG), 143 foram recuperadas pela Polícia Militar neste domingo (24). Elas foram encontradas em um sítio no bairro Fazendinha, em Pouso Alegre (MG). Segundo a assessoria de imprensa da PM, uma denúncia anônima levou os militares até o sítio. No local, três homens perceberam a chegada da polícia e fugiram por um matagal.

Cabeças de gado sem documentação foram encontradas  (Foto: Giácomo Constanti / Vale Independente)
Cabeças de gado sem documentação foram encontradas (Foto: Giácomo Constanti / Vale Independente)
Ainda segundo os militares, uma adolescente e uma mulher, esposa de um dos suspeitos, foram encontradas em uma casa próxima ao sítio. No local, a PM apreendeu duas espingardas, munições, duas colheitadeiras, um notebook e uma moto serra. Em um pasto também foram encontradas 31 cabeças de gado sem documentação, que a polícia acredita que tenham sido furtadas em uma fazenda da região. A mulher e a adolescente foram detidas e levadas para a Delegacia de Polícia Civil.
Oferecimento:

Creche Santa Rita completa 50 anos Saiba como tudo começou

Enquanto morou em Bela Vista, Dona Clélia Sodré Capistrano sempre esteve à frente do trabalho de assistência aos menos favorecidos. O interesse em promover o bem-estar da comunidade em que vivia foi um elemento fundamental para que, juntamente com outras senhoras, criasse a “Sociedade de Proteção à Infância de São Sebastião de Bela Vista”, com o objetivo de amparar mães que não tinham, com quem deixar seus filhos durante a jornada de trabalho, ou que não dispunham de recursos para alimentá-los corretamente.
Dona Clélia Sodré Capistrano cuida de crianças carentes enquanto as mães trabalham.
Ao mudar-se para Santa Rita, as coisas não mudaram para a esposa do abastado produtor rural – Horácio Capistrano. Todos os dias, a sala de sua residência permanecia repleta de crianças carentes que eram, carinhosamente, cuidadas enquanto seus pais prestavam serviços nos lares da cidade ou passavam o dia na lavoura. 

Com tanto trabalho a fazer, não tardou para que Dona Clélia passasse a receber apoio de suas amigas e essa mobilização fez com que ela tivesse a ideia de implementar uma creche em Santa Rita, nos moldes da que havia criado na cidade vizinha.
Outra imagem da benfeitora, Clélia Sodré.
No dia 18 de março de 1963, há exatos 50 anos, uma reunião foi agendada nas dependências do Hospital Antônio Moreira da Costa com a diretoria da “Casa de Caridade Nossa Senhora do Carmo” para criar uma creche em Santa Rita. A presidência da mesa coube ao Monsenhor José Carneiro Pinto que informou aos presentes sobre a necessidade de criar uma instituição para “alimentar e zelar com carinho de criancinhas cujas mães ou tutoras tivessem seus afazeres fora do lar.” 

Para montar o primeiro mobiliário da Creche de Santa Rita, diversas camas, colchões e utensílios foram oferecidos pela  Sociedade de Proteção à Infância de Bela Vista e Dona Antonieta Carvalho Carneiro ofereceu – por tempo indeterminado - uma de suas casas, localizada à Praça do Antigo Mercado (Delfim Moreira Júnior). “As pessoas receberam com entusiasmo a exposição do Padre José, manifestando o propósito de dar apoio à iniciativa de Dona Clélia.” Em seguida, foi formada a primeira diretoria da instituição, formada pelas seguintes senhoras:

- Presidente: Neusa Wood de Almeida
- Vice: Zélia Carneiro Alckmin
- 1ª Secretária: Cidália Del Castillo
- 2ª Secretária: Alice Teixeira de Carvalho
- 1ª Tesoureira: Zilda Amorim Carneiro
- 2ª Tesoureira: Clélia Sodré Capistrano
- 1ª Oradora: Marisa Azevedo Duarte
- 2ª Oradora Maria José de Souza Urbanavicius
- Diretora Geral: Irmã de Caridade a ser indicada pela Irmã San Martinho

Após a formação da diretoria e do Conselho fiscal, o Monsenhor José foi escolhido como supervisor e as pessoas presentes fizeram suas considerações sobre os benefícios que poderiam ter as mulheres que trabalhavam fora do lar, as cozinheiras, lavadeiras e operárias das fábricas que não tinham com quem dei-xar os filhos, afirmando que eles seriam muito bem guardados no decorrer do dia. 

Nos anos seguintes, a casa oferecida por Dona Antonieta ficou pequena para tantas crianças e a entidade decidiu alugar uma maior, próxima ao Centro Operário. A cada dia a diretoria enxergava a necessidade de construir um prédio que oferecesse maior conforto e comodidade às crianças. Foi então que surgiu a ideia de pedir ao senhor Rennozinho (José Palma Rennó) e sua esposa, Dona Maria José Carvalho Rennó, que construíssem uma sede para a creche. Ao ouvir a solicitação, ele disse que, caso a entidade comprasse terreno, ele atenderia ao pedido do grupo.

O terreno escolhido para construção da creche foi a entrada do antigo esguicho, local que, na década de 1950, Dona Sinhá Moreira havia doado à Fundação Dona Mindoca Rennó Moreira para a construção da ETE – fato que não se concretizou. Para promover a compra, cada membro da diretoria deu a sua contribuição e buscou formas alternativas para anga-riar recursos. “Dona Vitória (esposa do Doutor João Capistrano) foi a alma da Creche. Ela fazia pães para vender, preparava bolos, vendia mudas de flores e até vasos de violeta para levantar fundos.” – conta Dona Terezinha Cardoso Capistrano, atual diretora.
Senhor José Palma Rennó construiu, com os próprios recursos, o Hospital Antônio Moreira da Costa e a Creche.
Ao tomar conhecimento de que o terreno havia sido adquirido, o senhor Rennozinho – que já havia erigido o Hospital Antônio Moreira, por conta própria -  iniciou a construção da tão sonhada sede da Creche. No decorrer de toda a obra, ele e sua esposa a acompanharam de perto e cuidaram para que tudo corresse bem (fotos abaixo). 
Senhor Rennozinho e sua esposa, Dona Maria José Carvalho Rennó, trabalham na construção da Creche Santa Rita.
No dia 16 de julho de 1968, teve início a inauguração da nova sede, quando a presidente, Dona Yolanda de Marchi, convidou o então prefeito municipal, Dr. Arlete Telles Pereira, para presidir a sessão. Após o corte da fita e o descerramento da placa em home-nagem ao patrono da Instituição (senhor José Palma Rennó) foram realizadas a bênção do prédio e uma missa pelo Padre José Carneiro Pinto.
(Na próxima edição, contaremos como foram os anos seguintes à inauguração da nova sede da Creche Santa Rita e como Dona Terezinha aceitou assumir a obra que, nos anos seguintes, iria se confundir com sua própria vida.)

Oferecimento:

segunda-feira, 25 de março de 2013

Alunos ficam em terceiro lugar em prêmio do Instituto 3M

O projeto “Kit de Motorização para cadeiras de rodas” foi um dos finalistas dentre 150 trabalhos inscritos envolvendo mais de 75 instituições de ensino superior de todo o país

Os alunos do curso de graduação em Engenharia Biomédica do Inatel, Isabel Francine Mendes e Filipe Loyola Lopes, conquistaram o terceiro lugar no 5º Prêmio Instituto 3M para Estudantes Universitários. A premiação foi entregue no dia 20 de março, em cerimônia realizada no Centro Técnico para Clientes 3M, em Sumaré (SP).
FOTO: O coordenador do projeto, professor Fabiano Valias de Carvalho, os alunos Filipe Loyola Lopes e Isabel Francine Mendes, e o orientador voluntário, professor José Maria Silva Souza
O projeto proposto foi o “Kit de Motorização para cadeiras de rodas”, cuja idéia é desenvolver um kit de baixo custo, composto por rodas, motor e bateria, que pode ser acoplado a uma cadeira de rodas comum fazendo com que ela se torne motorizada. O kit é um desdobramento do projeto de criação de uma cadeira de rodas motorizadas de baixo custo, desenvolvido no Centro de Desenvolvimento e Transferência de Tecnologia Assistiva (CDTTA) – ambiente destinado a criação de soluções tecnológicas que facilitem a vida das pessoas com deficiência, fruto de uma parceria entre o Inatel e o Governo de Minas Gerais - onde os dois estudantes atuam como bolsistas.

Para o diretor do Inatel, professor Marcelo Marques, que esteve presente na cerimônia de premiação, o resultado expressa de forma muito clara a competência dos alunos, o importante trabalho de orientação dos professores e a excelência dos cursos da instituição. “Antes mesmo de formar a primeira turma, o curso de graduação em Engenharia Biomédica do Inatel já faz história e nos enche de orgulho ao conquistar um prêmio tão relevante”, afirmou. Segundo o diretor, os trabalhos de iniciação científica e tecnológica iniciados nos laboratórios do Inatel continuarão a ser fortalecidos e em breve, surgirão outras surpresas como esta. “É muito gratificante ver nossos alunos contribuindo com tecnologias que ajudam a melhorar a qualidade de vida das pessoas e, também, a mudar a sociedade”.

Como premiação, os estudantes ganharam a oportunidade de participar de um workshop sobre Desenvolvimento de Projetos com profissionais da 3M do Brasil e uma filmadora de bolso HD com projetor integrado 3M. Os alunos também serão incentivados a cadastrar o projeto no Portal Catarse, onde poderão captar recursos para dar continuidade às pesquisas por meio de uma rede colaborativa.

“Além de comprovar a eficácia do projeto, o workshop nos incentivou a dar continuidade às pesquisas, pois nos deu noções de marketing, gestão de projetos e de como conseguir recursos. Estamos voltando cheios de motivação para continuar nosso trabalho”, afirmaram os alunos. 

Na avaliação do professor Fabiano Valias, coordenador do projeto, um prêmio oferecido por uma instituição conceituada como a 3M também atesta a qualidade dos trabalhos desenvolvidos no CDTTA e serve de motivação para o surgimento de novas ideias. Para o professor José Maria da Silva Souza, orientador dos alunos, a premiação evidenciou a importância de se promover a independência às pessoas com deficiência, usando o conhecimento a serviço da vida. 

Escola Baudino ou Seminário São José - Lembranças de um casarão demolido (Ivan Kallás)


Lembranças de garoto

Ao ver, no Grupo de Santa Rita do Sapucaí (na internet), uma reportagem sobre as casas antigas da Avenida Delfim Moreira, minhas lembranças se atropelaram. Fiquei pensando se a demolição de casas velhas não está fazendo nossas vidas e cidades perderem o sentido. Para refletir sobre o tema, tomei a liberdade de copiar frases de meus amigos internautas: 

Rita: Hoje, encontramos várias caixas com fotos antigas. Filosofamos a respeito. Eu não conheci o Seminário São José e fiquei ciente desta realidade. Mesmo que não esteja fisicamente visível, ficou a lembrança sua e, agora, várias pessoas tomam conhecimento desse passado. Novos valores, nova é-poca. Fiquei feliz em conhecer o Seminário. Obrigada! 

Elisabeth: Então este Colégio era ao lado da Escola Normal? Me lembro dele, mas deu um branco do lugar. Me digam onde era, por favor. Foi um pecado desmanchar o prédio. Era lindo...

Marizeth Botelho: Era ao lado do colégio. Foi onde a FAI começou a funcionar como faculdade, após o seminário desocupar o prédio.

Vera: Foi a minha primeira escola, aos 7 anos. Fui aluna de D. Dora Baudino. Ia em companhia de meu irmão Gilberto e das vizinhas e amigas Ângela e Nazira.

Yvelise Carneiro: Faz tempo que eu tava querendo ver essa foto... adorei!

Maíza: Cidade estranha que destrói ou abandona suas velhas casas...

Ila: Realmente, não conseguimos preservar a nossa história!

Zoh: Esse é um mal do brasileiro: não preservar sua história e não dar valor ao seu passado.

Mariana: Estou em Santa Rita e hoje passei em frente ao cinema. O prédio está no mais completo abandono. Isto é péssimo. E nós, o povo, assistimos passivamente.

Ivan: Eu me recusei a vender meus 2% na Casa do Zé Abrão para as lojas CEM, depois que me disseram que era para “tombar” no chão e construir um barracão. Mais de 70% dos parentes condôminos me acompanharam. Exemplo é o filho do Manezão que adquiriu e está preservando uma das casas históricas da praça. Da mesma forma que o irmão preservou o hotel. 

Daniel: Vi que os presos estão pintando o prédio do cinema. Quanto à preservação de prédios particulares, creio que o maior problema seja que isso depende do proprietário poder e querer preservar. Mesmo quando há o tombamento, compete ao proprietário preservar. E o Município, infelizmente, não tem como desapropriar e preservar diversos prédios. 
Estimulado por esta prosa, meu editor deseja lembrar pedacinhos desta história e de nossas vidas. Como tenho juízo, obedeço:

Lembro-me que brincávamos no pátio do Colégio das Baudino, depois Seminário São José. Brincadeiras saudáveis. Garrafão, chicotinho queimado, gude, pique e até jogos de futebol e vôlei. Sob os olhares vigilantes, primeiro das irmãs Baudino, depois dos padres redentoristas. Acho que o recreio das meninas era ao lado da Escola Normal e o dos meninos, do outro lado.
Entre o seminário e a casa de Da. Adélia, justo na linha da cerca, havia um enorme eucalipto. Era preciso três ou quatro pessoas para abraçar seu tronco. Um dia, resolveram derrubar, pelo risco de cair nos telhados. Foi uma epopeia. Três homens se revezando no machado, enquanto estudantes curiosos se revezavam em espiar pelas janelas, do refeitório no 1º andar, das salas de aula no 2º andar, ou do dormitório no 3º andar. O pátio fora interditado por segurança. 

Serra pra lá, serra pra cá, dois dias e nada. Então, amarraram cordas no topo, puxaram daqui e puxaram dali. Uns dez homens e nada. Quem passava na rua ouvia o barulho e ajudava a puxar a corda. De vez em quando, uma arrebentava e todos caíam de bunda no chão. Era a maior algazarra. Cortavam mais fundo até que craaacccc. Madeeeiiiirraaaaa. Gente correndo, uns para longe, outros para ver tudo de perto e a árvore se abateu no pátio, com longo gemido e estrondo seco. Jazia entre o prédio da escola e a casa. Exatamente onde devia cair. Provavelmente, virou taco de assoalho, moirão de cerca, lenha ou algo mais. Quem viu, passou meses contando a história. 

Posso testemunhar alguma coisa sobre este prédio onde passei dos 7 aos 12 anos, com breve intervalo. Dois pedaços de vida, cuja memória se perde na infância e que as fotos e causos vão me fazendo recuperar aos poucos. 

Maíza foi mais feliz. Aos 6 anos, exigiu acompanhar os irmãos à escola. Fiz o mesmo. Mas minha mãe me convenceu a aguardar até os 7 anos. Dizia que éramos amigos inseparáveis e que eu devia ficar com ela. Escola era ruim, os maiores batiam nos menores. Tinha que crescer primeiro. Enfim, fui subornado com aquelas conversas que toda mãe conhece tão bem. Certo... mas da merendeira não abri mão, junto com a promessa de ser reabastecida todo dia. Pelo menos na primeira semana aconteceu. Na suposta hora do recreio, tomava um lanche no intervalo entre uma peraltice e outra. Depois, acabei esquecendo até que, no ano seguinte, me tornei aluno das Baldino, por 3 anos. 

Levava pito das professoras, apanhava dos mais velhos quando não dividia a merenda. Eles, então, jogavam tudo no chão e pisavam em cima ou enfiavam dentro das calças e esfregavam sabe-se lá onde e depois devolviam dizendo: agora come. Claro que ficavam com tudo. Enfim, aquela vidinha de interior que, de vez em quando, era adoçada por uma menina vendendo doce de leite numa bandeja. Poucas vezes tínhamos dinheiro para comprar. Ali, fiz meus primeiros amigos e colegas fora da colônia árabe e conheci vizinhos da rua da cadeia de que já não me lembro dos nomes. 

A escola das Baudino logo fechou e alguns alunos foram transferidos para a Escola Nossa Senhora de Fátima. Fiquei algum tempo ali, fazendo 4º ano e metade do admissão. Outros amigos, outras histórias. Encontro com muitos até hoje. No lugar das Irmãs Baldino veio o Seminário São José. Padres Vilaça, Márcio, Edson, Irmão José, etc. E daí mais um pedaço de memória.

Quando meu irmão mais velho foi estudar em Campinas, começou a enviar recados. Não gostava nada de lá. Dizia que, se meu pai não fosse buscá-lo, ia beber tinta de caneta ou ficar sem ir ao banheiro até entalar e morrer. Ia pular da escada, jogar pedra nos professores... Meu irmão reclamou até meu pai buscá-lo. Eu queria ir no lugar dele. Mas não fui.

Meu irmão do meio resolveu ser padre. Conversou com o Padre Recrutador que o aceitou. Começou a orientação. Começou a rezar toda hora e a ajoelhar em grão de milho. Vovó ficou extasiada com mais um padre na família e mamãe, convencida de sua santidade, preparou o enxoval. No dia em que veio o padre para buscá-lo, desistiu. Se escondeu debaixo da cama. Depois no quintal. A seguir, correu mundo afora. Se escondeu num mundo do tamanho de uma pequena cidade. Foi um escândalo doméstico.

Surgia a minha chance. Afinal, fila era fila. Perdi a primeira, a segunda, a terceira. Agora não ia deixar escapar, não importa o que fosse. Seria padre, capeta ou artista de circo. Morar na roça? Morar com a tia rica? Viajar? Não interessava o quê. Era minha vez! A fila tinha que ser respeitada. E, assim, batendo o pé, xingando e exigindo direitos, fui para o seminário com 11 anos sem nem saber o que ia fazer lá.

Novos colegas, nova perspectiva de vida. Poucos eram de Santa Rita. A maioria era das cidades vizinhas. O Seminário era a forma com que a maioria dos meninos pobres conseguia estudar e tinha fama de bom ensino. Estava quase sempre cheio de jovens, a maioria fingindo santidade. Todos sonhavam em ser papa. Papai, aliás, dizia para os amigos: “Não vai ser padre. Vai ser bispo.” E aí fui estudar interno, mais uma vez, no velho prédio, onde recebia frequentes visitas da família. Os fins de semana passava em casa.

Para nós, a melhor atividade era espiar, pelo vão da cerca, a ginástica das meninas da Escola Normal. Era tudo muito rápido, para não ficar de castigo. Do outro lado, a casa de Da. Adélia, logo ao lado do pátio de recreio. Coitada. Devia sofrer com a bagunça, grita-ria e invasões para roubar frutas, flores ou pegar a bola. No fundo do colégio, uma imensa várzea onde caçávamos rã, matávamos cobra e onde ficava o nosso campo de futebol emprestado. 

Ao final do curso, com o prédio precisando reformar, o Seminário mudou-se para Curvelo, junto ao Santuário Redentorista. Pouco antes, já tinha tomado bomba nos estudos e sido transferido para Congonhas, onde tomaria mais uma, aos pés dos profetas de Aleijadinho. Lá, recebia visitas da família, dos amigos de meu pai e até da Dona Sinhá. 

Do Seminário São José restou apenas o casarão vazio que, após servir como primeira sede da FAI, foi demolido e cedeu espaço à modernidade. Com ele, mais um pedaço de nossas vidas se apagou ou perdeu razão de ser.

Não sei se o editor e o leitor querem saber de nossas vidas, do prédio ou de ambos. Tanto faz. Vou misturando um assunto com outro e deixo os detalhes para outro dia. Hoje, permaneço nas casas velhas e recordo como passamos ou fomos parar lá. Apenas lembranças e fatos esparsos, costurados quase sem ordem, nesta crônica sem pé nem cabeça. Como nossas vidas que perdem sentido, toda vez que tombam uma árvore, derrubam uma casa ou um amigo se vai. 

Oferecimento: Maria Bonita

Consumidor compra Tablet produzido em Santa Rita com defeito e pede troca do produto

Até o dia 25 de março, esta é a avaliação da empresa com fábrica em Santa Rita, no site Reclame Aqui.

Santa Rita do Sapucaí, 24 de março de 2013.

À
DL ELETRÔNICOS
ATT. SAC/DIRETORIA

Prezados(as) Senhores(as):

Em 14.08.2012, adquiri da empresa Submarino.com um Tablet T704 Android 2.2 Wi-Gi 7 - Dl, Número / Série da Nota Fiscal: 6514692 (em nome de Fátima, minha mãe), para dar de presente de aniversário para a minha namorada Priscila, o qual apresentou defeitos no Touch screen, além da velocidade extremamente reduzida, sem condições mínimas de uso. Ela não esta satisfeita com o produto, e por isso pouco usa. 

Ela mora em Santa Rita do Sapucaí, MG, cidade onde é fabricado o produto/tablet. Solicito a entrega do produto para análise/conserto ou substituição diretamente na fábrica em Santa Rita do Sapucaí, MG.

Na expectativa de que essa empresa tenha como política de atuação o respeito e a valorização do consumidor, aguardo imediata resposta.

Atenciosamente,

Ramon Leite Barbosa
Advogado

domingo, 24 de março de 2013

Opinião: O tempero da humanidade

Hoje eu recebi um vídeo em que aparece um africano sentado à beira da calçada, tocando violão de forma longe do convencional, enquanto é observado por um amigo. Aquela gravação me emocionou muito  pela genialidade do músico e me fez refletir sobre a importância dos africanos para a viabilidade da existência humana. Enquanto via o artista brincar com o instrumento, tentei imaginar como o planeta seria chato e monótono sem a participação deles. A verdade é que, sem esses caras, o mundo seria um verdadeiro porre, mas ao som de música clássica.
Perseguidos, depreciados e subestimados por séculos, os negros são o tempero do mundo. São eles que deixam a vida um pouco mais leve e nos ensinam a transformar o sofrimento em expressões artísticas das mais diversas naturezas. Ou limão em caipirinha... Eles nos ensinam a suportar as dores e transformar a realidade, do jeito que der e com o que tiver à mão.

Um mundo sem África

Já pensou isso aqui sem Rock, Jazz, Blues ou Reggae? Já imaginou um Brasil sem Samba? O que seria de nós caso a feijoada, o acarajé e o vatapá não tivessem sido inventados? Os negros são a personalidade do planeta. São a cara desse Brasil que está começando a se descobrir e a se admirar. Quando acordamos de manhã, ligamos o rádio e aquela música torna nossas vidas mais suportáveis, devemos tudo isso a eles. Os negros levaram aquela história de sal da terra a sério e, realmente, nos ensinam a viver com um pouco mais de estilo.

Do lado de cá do Rio Sapucaí

Nasci no pé da Rua Nova e, desde muito cedo, subia o morro com o meu pai para ouvir conversas sobre samba, futebol, batucada e jogo de bicho. Um de seus maiores amigos, o Samuelzinho, foi um dos mais expressivos líderes negros locais e, do alto de seu um metro e quarenta de altura, ensinou a comunidade negra a pensar grande. No tempo em que foi o síndico do bairro, promoveu festas juninas, criou a escola de samba Sol Nascente, bolou movimentos sociais e ajudou o glorioso 13 de maio a conquistar o campeonato regional sem perder ou empatar uma única partida.

Além do Samuel, personalidades como a querida Maria Bonita, o genial saxofonista Tonico, o zagueiro da Seleção Roque Júnior e seu avô João Rocha, e tantos outros ilustres cidadãos, empreenderam uma verdadeira revolução dentro de uma sociedade marcada pela distinção de raças e mostraram ao mundo porque a cultura de seus antepassados é o que traz cor às nossas vidas.

(Por Carlos Romero Carneiro)

Quer saber mais sobre a cultura negra em Santa Rita? Acesse os links abaixo:

A grande Saga da Associação José do Patrocínio

Samuelzinho e o incrível 13 de maio

Maria, a mais bonita das cabrochas

Jonas conta a história da Comunidade Negra em seu mais novo livro

Uma celebridade na cozinha de Maria Bonita

Tonico fala sobre sua vida, sua família e sua arte

Livro: o que faz do Brasil, Brasil

sexta-feira, 22 de março de 2013

Haroldo e sua paixão pelo cultivo de Bonsai


Em 2000 o mundo não havia acabado e a humanidade buscava encontrar sentido para suas idas e vindas. De volta a Santa Rita, após uma temporada em BH, o santa-ritense Haroldo Kallás andava meio entediado, procurando algo interessante para fazer e passou na banca do Caruso para dar uma conferida nas novidades. Entre uma revista e outra, deparou-se com uma publicação especializada em Bonsai e sua vida nunca mais foi a mesma. Aquela técnica criada pelos chineses e que, mais tarde, alastrou-se por todo o mundo havia conquistado nosso ilustre amigo.
O termo Bonsai significa “árvore em vaso” ou “árvore em bandeja”. A técnica consiste em controlar o crescimento de espécies que viriam a se tornar árvores enormes para que frutifiquem e deem flores, em escala reduzida. “O Bonsai é a miniatura de uma árvore centenária. Como o objetivo é estético, procuramos escolher espécies cujas folhas não sejam muito grandes. O mesmo acontece com o fruto. Imagine uma jaca dentro de um vaso. Não ficaria lá muito bonito, né? A gente meio que brinca de ser Deus.”

Por 4 anos, Haroldo procurou se aprimorar nesta arte milenar, mas percebeu que havia evoluído bem pouco. “Pode parecer fácil, mas é preciso levar em conta uma série de detalhes para que o trabalho fique perfeito. Por este motivo, comecei a realizar diversos cursos com os maiores mestres brasileiros e aprendi muito com todos eles.” Nos anos seguintes, o bonsaísta receberia lições de Osama Hidaka, Carlos Tramujas, Boca Belo e outras brasileiras referências da área. A evolução de sua técnica seria cada vez mais visível.

Atualmente, o santa-ritense possui cerca de 100 árvores plantadas em seu sítio e algumas espécies cultivadas em casa. Sua especialidade é a Buganville, popularmente conhecida como primavera. Com flores de coloração que varia do roxo ao magenta, as árvores são bem complexas e ficam lindas se forem cultivadas da maneira adequada: “Primeiro você deve plantar o Bonsai no chão e cultivá-la por, no mínimo, 3 anos. Depois desse período é preciso colocar em um vaso grande e manipular a estrutura de seus galhos, enrolando-os com arame de cobre. A superfície destes galhos é por onde passa a seiva e não pode ser danificada. O interior, por sua vez, pode ser até contorcido, já que servem apenas para dar sustentação (é como os nossos ossos). Quando o Bonsai estiver formado é preciso tirá-lo do vaso e, de dois em dois anos, limpar a terra de suas raízes e plantar novamente. Eu costumo misturar a terra com cacos de telha para que não fique dura com o passar do tempo.”
Haroldo diz que não vende suas árvores, mas que, não raramente, presenteia os amigos com uma Buganville. Antes, no entanto, procura saber se a pessoa terá disposição e boa vontade para cuidar bem da pequena árvore: “Eu sempre avalio se vale a pena dar um Bonsai para alguém cuidar porque ele é um ser vivo como qualquer outro. Ele tem a capacidade de passar de uma geração para outra e estima uma série de cuidados que devem ser levados em conta. 

Bonsai é técnica através da qual se representa em uma árvore plantada em um vaso, o aspecto de uma árvore mais antiga, com as marcas do tempo e do crescimento lento em seus galhos e tronco. Mas não é simplesmente o aspecto de velha. O Bonsai representa uma planta que, apesar das dificuldades do clima e do terreno, sobrevive e supera ao maior obstáculo: o tempo.
Para que ganhe essas características, o Bonsai recebe cuidados através dos anos, em podas de galhos e raízes e pela condução e educação da planta. Assim, mantém seu tamanho, seu tronco engrossa e sua forma é definida. Até que o trabalho esteja pronto, ele recebe o nome de pré-Bonsai.

O Bonsai não é apenas uma técnica; é arte e sensibilidade. Não é somente uma “árvore pequenininha”, mas representa a vitória sobre os anos e sobre o terreno. Ele representa a luta de um incansável guerreiro sobre as rochas e o vento. Proporciona a representação de uma planta nas condições mais adversas da natureza.

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Intervenção cultural vai muito além do Lek Lek

Enquanto a novela das oito comia solta e as pessoas na sala de jantar estavam preocupadas em nascer e morrer, um grupo de ativistas, fundadores do Coletivo Roda D'água, tomaram o coreto de assalto para apresentar poesia, música e outras atividades artísticas. Como tem se tornado tradição em Santa Rita, toda quinta eles produzem textos, poemas e canções para aplicar em locais estratégicos de Sucupira. Conhecido como Quintervenção, o lance é sério e vem chamando a atenção da molecada, desacostumada a conviver com frases que contenham mais de uma sílaba. Em um tempo em que o movimento cultural foi da Tropicália à Genitália, iniciativas assim são sempre bem-vindas.

Difusora: Aluno da ETE de Santa Rita recebe premiação entre 700 participantes em feira tecnológica em São Paulo


Estudantes de três grupos da Escola Técnica de Eletrônica Francisco Moreira da Costa, de Santa Rita do Sapucaí conquistaram sete títulos na FEBRACE (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), no último sábado (16), em São Paulo. Um deles recebeu o prêmio Estudar, que contempla três, entre os 700 participantes da feira, com uma bolsa de estudos de graduação a ser cursada em qualquer universidade do mundo. O evento é considerado o maior do país, voltado para o público pré-universitário.

As equipes de Santa Rita incluem jovens que cursam o segundo e terceiro ano da ETE. Marcos Bontempo é um deles e trouxe o título do prêmio Estudar, que é entregue a somente três alunos da feira, pois a classificação é individual. Ele conta quais os critérios utilizados pela Fundação Estudar para fazer a seleção dos participantes. “Eles analisam o aluno, com relação à quais são os sonhos profissionais dele, o que ele tem de bom para a vida dentro da área de tecnologia. Eu fui escolhido entre as 700 pessoas da FEBRACE para fazer parte desta instituição que faz investimentos na formação de profissionais. Então você tem a oportunidade de estudar fora em instituições como Harvard, além de promover também bolsas de estudo de inglês e programas de formação profissional.”

Segundo o professor da ETE, Eduardo Abranches, desde 2004 a instituição participa da feira, e recentemente, tem conquistado prêmios com frequência. Para os trabalhos serem escolhidos, devem ter uma função social, não só a inovação e tecnologia. Neste final de semana, a premiação foi inusitada, pois dois grupos da ETE empataram no segundo lugar da categoria engenharia, e a Fundação Estudar, que realiza o evento, não utilizou critério de desempate e entregou o prêmio às duas equipes. Outro grupo também foi escolhido na categoria acessibilidade.

Difusora: Proprietários de açougues de Santa Rita buscam alternativas para abastecimento de carne bovina no município


Os proprietários de açougues de Santa Rita do Sapucaí buscam outros fornecedores de carne bovina após a suspensão das atividades do Matadouro Municipal. O abate no município está interrompido desde a última terça-feira (19) quando a sociedade protetora dos animais inspecionou o local.

O diretor da ONG de Santa Rita, Rafael Ferrari, acompanhou a fiscalização e constatou maus tratos durante o abate dos animais devido à declaração “de um funcionário anônimo” de que eram necessárias “até 30 marretadas para desmaiar o animal”.

O acordo da Sociedade Protetora dos Animais com a Secretaria de Obras e Desenvolvimento Urbano, responsável pelo local, prevê que correções nos métodos de abate sejam realizadas até a próxima segunda-feira (25). 

Enquanto isso não ocorre, o proprietário de um açougue do município, João Carlos de Oliveira, tem feito compras de um frigorífico. “Geralmente a carne de frigorífico é mais cara devido aos encargos e fretes, mas não vamos repassar ao consumidor”, afirma.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Projetos inovadores de alunos da ETE FMC recebem sete prêmios na Febrace

Escola de Santa Rita de Sapucaí/MG, tem três projetos premiados na maior feira brasileira de ciências e engenharia, para estudantes pré-universitários
 
Cadeira que possibilita que deficientes físicos se locomovam na posição ereta; campainha que auxilia a abertura da porta e portões para deficientes auditivos e visuais e um coração eletricamente artificial para ser usado em pesquisa foram os três projetos da ETE FMC - Escola Técnica de Eletrônica Francisco Moreira da Costa, que integra a Rede Jesuíta de Educação, premiados no último sábado, 16/3, na Febrace 2013 - Feira Brasileira de Ciências e Engenharia da Universidade de São Paulo. Os três projetos inovadores receberam sete prêmios, em diversas categorias, e foram desenvolvidos por alunos do 1º e 2º ano do Ensino Médio da escola, localizada no sul de Minas Gerais, em Santa Rita do Sapucaí, conhecida como o Vale da Eletrônica.

A maior feira de ciências e engenharia do País, voltada para estudantes pré-universitários, reuniu 330 projetos (selecionados entre 1.898 inscritos) de 25 estados do País, entre 11 e 14/3, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – USP. Participante pelo décimo ano consecutivo, a ETE FMC teve seus projetos de cunho social  premiados, resultado da excelência do ensino oferecido pela instituição há 54 anos.

Dois projetos da ETE FMC, a Cadeira Ortostática Dinâmica - C.O.D. e o coração artificial Heart Solution, empataram em 2º lugar na categoria Engenharia (geral) e receberam prêmio da Yale Science Engineering Associação Inc, dos Estados Unidos. A cadeira também recebeu menção honrosa da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo. “Foi muito gratificante ter nosso trabalho reconhecido. Pretendemos viabilizar o projeto que pode ajudar pessoas com necessidades especiais, inclusive meu pai aprovou o protótipo da cadeira”, diz Walef Robert I. Carvalho, 17 anos, aluno que desenvolveu o projeto pensando no pai paraplégico.
Um dos autores do projeto Heart Solution, Marcos Henrique Martins Bomtempo, 16 anos, recebeu o prêmio Individual. Neste prêmio, 700 alunos da Feira participaram de uma pesquisa de avaliação de conhecimentos científicos. “Estou muito feliz pelos prêmios e pelo fato de uma empresa ter se interessado pelo nosso projeto. Talvez possamos torná-lo realidade”, diz Bomtempo, que é de Bragança Paulista (SP) e foi para Santa Rita do Sapucaí especialmente para estudar na ETE FMC.

A Campainha para Deficientes Auditivos – C.D.A. ganhou Certificado de Honra ao Mérito da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo. “O reconhecimento do projeto em meio a tantas outras invenções nos faz acreditar que nosso projeto pode se concretizar”, diz Jaíne Cássia Fonseca Amaral, 16 anos, uma das autoras.

Os projetos foram selecionados no ano passado na ProjETE - Feira de Projetos Futuristas, que acontece há 32 anos na ETE FMC e de onde saem cerca de 200 invenções a cada edição. A escola participa há 10 anos da feira e todos os anos os projetos são premiados e recebem classificação honrosa.

 “Nossos projetos são produtos quase prontos para entrar no mercado. Isto mostra que a ETE é uma das melhores escolas técnicas, com bases científica e humana sólidas, e que possibilita aos alunos capacitação para trabalharem em qualquer posto técnico, industrial, comercial, social ou acadêmico, dentro de qualquer instituição do País e do exterior”, explica o prof. da ETE FMC, Fábio Carli Rodrigues Teixeira.
 
Projetos da ETE FMC premiados na Febrace 2013:

- Cadeira Ortostática Dinâmica (C.O.D.)

Alunos: Walef Robert I. Carvalho, Tales V. Paiva, Thiago Moreira C. Vieira e Ana Flávia de Almeida.

Equipamento móvel criado para beneficiar deficientes físicos. Facilita os movimentos e auxilia a realização de atividades dentro ou fora de casa. Tem a função de colocar o paciente, impossibilitado de andar, em posição ereta e permite a locomoção. Não exige força física. A cadeira visa estimular o usuário e promover a máxima autonomia e independência nas atividades rotineiras, tendo como foco principal inserir o indivíduo na sociedade, respeitando suas limitações.

Prêmios recebidos: Certificado de Honra ao Mérito da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo; Most Outstanding Eleventh Grade Exhibit in Computer Science, Engineering, Physics, or Chemistry – Yale Science Engineering Association Inc. e 2º Lugar Geral na Categoria Engenharia (empate).

- Heart Solution - Criação e interpretação de um coração artificial

Alunos: Alexandre Folquito J. Miziara, Jaqueline Fernanda S. Pereira e Marcos Henrique M. Bontempo

Coração eletricamente artificial, que pode ser usado em trabalhos acadêmicos e experimentais, inclusive por pesquisadores da cardiologia. A iniciativa representa inovadores métodos para a criação de órgãos artificiais e a tendência moderna de automação nos processos médicos.

Prêmios recebidos: e 2º Lugar Geral na Categoria Engenharia (empate), Most Outstanding Eleventh Grade Exhibit in Computer Science, Engineering, Physics, or Chemistry – Yale Science Engineering Association Inc.e Prêmio Individual ao aluno Bomtempo.

- Campainha para Deficientes Auditivos (C.D.A)

Alunos: Giovana S. Inácio, Jaíne Cássia F. Amaral, Jéssica Fernanda da Silva e José Francisco Barbosa

Oferece independência e segurança para pessoas que apresentam deficiência auditiva com dispositivos luminosos e vibratórios que auxiliam a abertura da porta e portões. Quando a campainha é acionada, envia um sinal aos drives que acionaram as lâmpadas.

Prêmio recebido: Certificado de Honra ao Mérito da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo.

ETE FMC – Desde a fundação em 1959, a ETE FMC (www.etefmc.com.br) passou a ser referência em educação, por abrigar a primeira escola de eletrônica de nível médio da América Latina e a sétima no mundo, que atrai estudantes de todo o País. Atualmente, com cerca de 750 alunos, nos períodos diurno e noturno, oferece os cursos de Automação Industrial, Telecomunicações e Equipamentos Biomédicos, além de Ensino Médio. A região é conhecida como o “Vale da Eletrônica” - referência ao Vale do Silício na Califórnia (EUA) - de onde muitos produtos e sistemas tecnológicos inovadores são lançados para o mercado nacional e internacional. Boa parte deles nasce dentro da escola. 

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TV LIBERTAS EXIBE REPORTAGEM SOBRE CHOQUE DE AUTOMÓVEL CONTRA ÔNIBUS ESCOLAR


Imagem do carro debaixo do ônibus choca pela violência:

terça-feira, 19 de março de 2013

COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA NO VALE DA ELETRÔNICA

Santa-ritense desenvolve bicicleta “envenenada”

Marco Aurélio Gonçalves tem a criatividade no sangue. Administrador e músico, desde muito cedo acostumou-se a usar a intuição e a arte para realizar tarefas simples e acabou aplicando esse dom para encantar a todos. 
Certo dia, enquanto batia um papo com Gabriel - seu filho - contou que pretendia reformar a bicicleta que o acompanhou desde a década de 80 e ouviu uma sugestão inusitada: “Eu quero uma bicicleta do Hotwheels!”. Nesse momento ele pensou: “Por que não dar um tapa na magrela para deixá-la que nem a motocicleta invocada que o garotinho tanto curtia?”

Dito e feito. Após 8 meses de muito garimpo em busca de peças descartadas e que pudessem ser aproveitadas, o projeto teve início. Em duas semanas, Marco montou, soldou e pintou uma máquina presença – tudo com a supervisão e orientação do menino. Com acessórios que incluem cinto de segurança, velocímetro, pedaleira e até um lagarto aplicado no paralama dianteiro, não tem criança que veja a bike sem sentir uma tremenda vontade de dar um rolê. “Quando colocamos a bicicleta para circular, esperávamos que haveria uma reação forte das crianças, já que a ‘motinha’ mexe com o lado lúdico. A grande surpresa foi ver adultos e curiosos de todas as idades me paravam para contar histórias e se alegravam com a ‘obra de arte’.” – conta o inventor.
O projeto inicial dispunha de uma capota retrátil para proteger Gabriel, o que acabou não dando certo: “Ainda na prancheta, a cobertura parecia eficiente. Já, na prática, desestabilizava muito a bicicleta. O sistema elétrico também acabou entrando em curto quando foi submetido a um toró, o que queimou o motor de passo que havia sido adaptado como dínamo (o sistema será refeito, desta vez, à prova d’água).”

Marco Aurélio avalia que somando todas as peças compradas, serviço de solda, revestimento do banco, tintas e componentes eletrônicos, o trampo tenha ficado em - mais ou menos – uns 600 malandros. Ao se lembrar dos bicicleteiros que o auxiliaram na tarefa de materializar o sonho do filho, o santa-ritense agradece a todos, em especial ao Wander e a seu pai, pela assessoria em aerodinâmica. Ele também não se esqueceu dos amigos que conquistou em desmanches da região e manda um salve ao Márcio da Canaã.
Ao perguntarmos ao projetista se o trampo valeu a pena, ele manda a letra: “Só a realização do trabalho, as horas compartilhadas com o filho na criação e execução do projeto, já é algo muito gratificante. Outro ponto legal é você reciclar e criar, ao invés de, simplesmente, comprar pronto ou mandar alguém fazer. Para nós, foi um ótimo aprendizado transformar peças descartáveis em algo útil novamente, quebrando a cabeça para juntar uma parte na outra e vibrando a cada acerto. Cada erro foi também motivo de aprendizado. Realmente, valeu a pena!”
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