quinta-feira, 25 de abril de 2013

OPINIÃO: A globalização e o Shopping Serra Sul estão aí. Como reduzir os impactos na economia de Santa Rita?

O mundo e, consequentemente, Santa Rita do Sapucaí estão vivendo uma grande transformação em sua economia. Com a globalização, as empresas têm realizado grandes fusões, em todos os segmentos, e se fortalecido para concorrer com gigantes que já não respeitam barreiras territoriais. Segundo pesquisa divulgada pelo IBOPE, cerca de 70 milhões de brasileiros já têm acesso à internet. Isso quer dizer que um comerciante daqui de Santa Rita não deve se preocupar apenas com a concorrência neste lado da ponte. Seus competidores passaram a ser milhares de lojas e portais, com preços super competitivos e que entregam qualquer produto pelos Correios, com uma velocidade incrível. Para sobreviver nesse cenário, é necessário que um estabelecimento comercial tenha como parâmetro, não somente a sua cidade, como também as estratégias adotadas por grandes marcas para ganhar espaço em sua aldeia.

Em Santa Rita do Sapucaí, os desafios são ainda maiores para o sucesso esperado pelos comerciantes. Localizada entre dois grandes pólos comerciais – Pouso Alegre e Itajubá – o comércio local ainda sofre com a escassez de mão-de-obra , uma vez que a indústria absorve grande parte dos trabalhadores.

Se todos esses desafios não fossem suficientes para merecer a atenção dos empresários voltados ao comércio e à prestação de serviços, um outro fator parece tirar o sono de muita gente: a chegada do Shopping Serra Sul, em Pouso Alegre. Sobre essa nova variável, vale uma ponderação. Com a vinda de lojas de departamento como Renner, Marisa e Riachuelo, que por sua estrutura têm capacidade de comprar produtos em grande quantidade, o que reduz significativamente o preço final, as chances de uma parcela da população se deslocar para o trevo da Fernão Dias em busca de ofertas é muito grande.

Em vista disto, a união dos empresários locais com o objetivo de encontrar soluções coletivas, torna-se fundamental. Nunca a Associação Comercial de Santa Rita teve um papel tão decisivo quanto hoje. Por isso, é necessário que os comerciantes apostem nas propostas, contribuam com uma maior adesão e procurem participar, de forma mais ativa, das iniciativas do grupo.

Neste ano, teve início uma nova chapa na Associação Comercial, a qual tomei parte como forma de prestar contribuição no desenvolvimento do município. Como sócio de um Jornal, para mim é inquestionável que o crescimento do nosso comércio  tem reflexos diretos no desempenho do meu produto. Por este motivo, foi que me reuni com outros amigos para construirmos uma proposta diferenciada.

A primeira ação que implementamos no ano de 2013, após colocar a casa em ordem, foi criar uma cara nova à antiga Mostra do Comércio, que se demonstrava desgastada e sem objetivos concretos. Afinal, se todos os consumidores estavam cansados de conhecer o que as lojas da cidade vendem, porque razão promoveríamos uma feira para apresentar as nossas opções?

Em sua essência, a Mostra do Comércio foi criada para alavancar as vendas no período que antecede à Festa de Santa Rita. Como o comércio informal sempre foi tolerado nesse período, vendedores ambulantes criaram o hábito de invadir a cidade durante a festa da padroeira, com produtos sem nota fiscal, com alimentos sem menor condição de higiene e sem qualquer respeito aos níveis permitidos de ruído durante a madrugada – para desespero das pessoas que habitam as proximidades do “Mini shopping Xing Ling”.

Sendo assim, criar um evento para fortalecer o comércio nesse período seria uma decisão acertada, desde que houvesse um mecanismo realmente eficiente para atração dos consumidores e incentivo ao aumento do consumo. A partir desta intenção, criamos o “Vale Desconto – Liquida Santa Rita”. A ideia é que, através de um sistema de distribuição de bônus com descontos, um comerciante ajude o outro a levar mais pessoas à sua loja, o que aqueceria a economia local e incentivaria a formalidade. Mais do que isso, ao colocar um produto ou a loja em oferta, a pessoa tende a ir ao estabelecimento em busca da peça promocional e acaba comprando outros itens.

Para atrair um público maior, pensamos em várias atrações, desde a presença de uma “artista” de televisão (a Mama do BBB) até a promoção de Shows (Daniel e Alessandro e Ediana Maskaro). Também decidimos promover atrações para as crianças, realizar o Garota Acevale, abrir inscrições para cursos, oferecer um local onde os vereadores possam ouvir os anseios da população, distribuir brindes, dentre outras ações.

Com o sucesso deste evento, acreditamos que a economia será beneficiada, novos projetos sejam implementados e a Associação ganhe forças para gerar novos benefícios. Para isso, é necessário que todos participem e apostem na ideia. Quanto maior for a adesão, também maior será o movimento em torno do projeto, a procura pelas ofertas e o êxito da empreitada.

O valor do investimento para aqueles que não irão adquirir tendas mas que querem participar do sistema de cupons promocionais é praticamente simbólico: Cem Reais. No entanto, por trás desse pequeno investimento haverá um esforço de cada um de nós em promover a economia local, competir com o mercado externo e garantir o nosso espaço com o aumento da concorrência regional.

A hora é essa. Acreditem no nosso potencial e poderemos empreender projetos que terão significativos resultados a curto, médio e longo prazo. Nós acreditamos em vocês e pedimos que vocês também nos dêem crédito. O telefone da Acevale é 3471 1879. O email para contato é gerencia@acevale.com.br

Com Cordiais Saudações,
Carlos Romero Carneiro

Publicitário graduado pela Universidade de Ribeirão Preto e especializado em Planejamento de Comunicação pela Miami Ad School, Carlos Romero é sócio da Agência de Comunicação Take Five Propaganda, Sócio do Jornal Empório de Notícias e atua como agente publicitário na ETE FMC. Como publicitário, já atendeu clientes como Inatel, Plamhuv (Redes de Hospitais e Plano de Saúde), Rede de Colégios Equipe, ETE FMC, MCM, Rádio Montanhesa e Líder FM, Biscoitos Mabel, Biscoitos Country Clube, Departamento Estadual das Estâncias Hidrominerais, Sabesp, Sindvel, Clear CFTV, Citrox CFTV, Prefeitura de Itajubá, Feira Shopping, Junco, LC Eletrônica, Colégio Tecnológico Delfim Moreira, Peixe Gen (Itaipu), dentre outras dezenas de marcas.

Oferecimento:

3 comentários:

  1. Bem eu já gasto meu dinheiro em Pouso Alegre a varios anos e agora com a chegada do shopping mais ainda vou deixar por lá em cinema e alimentação.

    O comercio de Santa Rita em sua MAIORIA é composta por pessoas mal educadas, sem paciencia, que fecham durante o horário do almoço e pouco se importam com o nivel do atendimento oferecido na cidade. A cidade ainda vive o espirito do estrelismo que o vale da eletronica um dia trouxe para ca, e da época dos coronéis do café, atualmente não passa de uma cidade mal cuidada e que vive de uma fama que não condiz com a realidade.

    Espero realmente que algo seja feito para melhorar o comércio local e espero mais ainda que não seja muito tarde para isto.

    De qualquer continuarei a ganhar meu dinheiro em SRS e a gastar com pessoas bem mais educadas que trabalham no comercio de Pouso Alegre.

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  2. Tenho notado um esforço para se melhorar o atendimento em algumas lojas da cidade, mas o clima interiorano prevalece. Fui a uma loja comprar uma bolsa e a vendedora: a senhora é irmã de fulana de tal? E, na hora de passar o cartão, nenhuma das máquinas funcionou... Como não podia ficar esperando,pediram para voltar mais tarde, o que não foi possível. Viajei à noite e a venda foi perdida!
    Gostei muito do artigo, mas acho que a solução vai ser difícil. É preciso achar o que atrai o consumidor de hoje: bom atendimento,o clima interiorano de conversa entre vizinhos, variedade de artigos, o preço, a modernidade? Não sei dizer e deixo a resposta para os que estão preparados para se aprofundar na questão.

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  3. O comércio de nossa cidade é apenas para uma compra de "urgência" e nada mais.
    Esta situação só tende a piorar com o incremento do comércio de Pouso Alegre e Itajubá.
    Estamos tão atrasados que os proprietários de carros mais novos movidos à diesel, tem que recorrer a Pouso Alegre para abastecer, pois ainda não dispomos de diesel S 10.
    É lamentável, mas a situação só vai piorar.

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