segunda-feira, 29 de abril de 2013

MAIO, FESTA DE SANTA RITA E VISTA GROSSA

A Festa de Santa Rita está aí. Com ela, tem início a temporada de compra de produtos contrabandeados por ambulantes que não geram a menor renda para o município e que vendem alimentos sem as mínimas condições de higiene. Nesta época, você não vê ninguém fiscalizando e não vê nem sombra da vigilância sanitária. A única coisa que dá para perceber é uma turminha brigando pra ver quem vai recolher a grana cobrada pelos espaços vendidos às barracas, com uma eficiência extraordinária. Na internet, nas redes sociais, as pessoas sempre criticam o comércio local, mas não vêem a hora de chegar a Festa da Padroeira para colocar em prática o amaldiçoado jeitinho brasileiro. Os restaurantes que se danem. As lojas de roupas e calçados que sobrevivam com a caderneta de poupança. Hipocrisia. Prendem um cara com ponto fixo na cidade por vender DVD pirata mas não ligam quando chega esse pessoal vendendo tudo sem nota fiscal. Vista grossa maior não existe. Desde que comecei a me inteirar desses assuntos tenho ficado decepcionado com certas coisas. Todo mundo reclama, mas poucos são os que realmente colaboram e se empenham pela promoção da economia no município. 

A verdade é que nós nos comportamos quem nem paraguaios, mas queremos ter uma economia igual à americana. Daí fica difícil... Quem faz uma nação é o povo. Se lá nos EUA todo mundo se comportasse igual aos brasileiros, nós teríamos um Brasil na América do Norte. O mesmo vale para o comércio local, que é feito de santa-ritenses. Isso quer dizer que se tem algo que precisa ser mudado é a nossa cultura como um todo. Afinal de contas, todo mundo quer viver num país bacana, ou em uma cidade onde as coisas acontecem, só que ninguém quer mudar os hábitos para que a situação mude. Aí fica impossível...

(Por Carlos Romero Carneiro)

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