segunda-feira, 23 de setembro de 2013

PROFESSOR PACHECÃO FARÁ PALESTRA SOBRE "SUCESSO E A ARTE DE REALIZAR SONHOS" EM SANTA RITA

Teatrinho infantil na Semana das Crianças! Presenteie o seu filho!

Inatel fortalece parceria com a Qualcomm


Convidado pela Qualcomm, o Inatel participou no início de setembro, da feira Uplinq 2013, realizada em San Diego, nos Estados Unidos. O evento reuniu desenvolvedores, fabricantes, operadoras, fornecedores de componentes e de tecnologia - parceiros da multinacional.
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O gerente de Desenvolvimento de Negócios, professor Guilherme Marcondes,
ressaltou a importância para o Inatel em participar da feira
A instituição foi representada pelo especialista de Negócios, Sandro Azevedo, e pelo gerente de Desenvolvimento de Projetos, professor Guilherme Marcondes. No estande do Inatel foram expostos os serviços prestados pela instituição, que integram pesquisa, desenvolvimento de tecnologias e educação. 

De acordo com o professor Guilherme Marcondes, a participação em uma feira desse porte é importante para o desenvolvimento de projetos atuais e futuros. "A Qualcomm é líder mundial de tecnologia de processamento para dispositivos móveis e o Uplinq é o seu evento anual de apresentação de tecnologia. Com a nossa participação, pudemos observar as tendências de produtos usando tecnologia Qualcomm, estabelecer contato com diversas empresas parceiras dela para futuros trabalhos e conhecer melhor as demandas de outras áreas da empresa, além daquela com a qual trabalhamos hoje", comenta.
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O especialista de Negócios, Sandro Azevedo destacou o fortalecimento da parceria entre a Qualcomm e o Inatel.
Parceria

Uma parceria iniciada em novembro de 2012 entre a Qualcomm e o Inatel resultou na criação de um laboratório para a realização de testes em aplicativos para dispositivos móveis, instalado no Inatel Competence Center (ICC). Recentemente, a relação entre as duas instituições foi intensificada e o Instituto passou também a integrar outras ações de relevância junto à empresa.

Em menos de um ano, a equipe de desenvolvimento do laboratório testou cerca de 200 aplicativos de diversas categorias. "Nosso foco é buscar o nível máximo de qualidade nos testes contribuindo para que o usuário final tenha uma boa experiência quando estiver utilizando o aplicativo", afirma a especialista em Sistemas do ICC, que gerencia os projetos, Valeska Marcondes.

Outra ação resultante dessa parceria tem sido a participação dos desenvolvedores em apresentações em eventos como Campus Party, Campus Mobile e também em universidades, com intuito de transferir os conhecimentos com relação às tecnologias Qualcomm adquiridos nos projetos.


Para o ex-aluno e diretor de Desenvolvimento de Negócios da Qualcomm para a América Latina, Dário Dal Piaz, a parceria com o Inatel é um elemento chave no apoio ao fortalecimento da divisão de Aplicativos da empresa. "A instituição tem nos ajudado a disseminar melhores práticas e apoiado o desenvolvimento de Apps capazes de entregar experiências cada vez mais diferenciadas aos usuários, o que indiretamente beneficia toda a indústria de Mobilidade".

O especialista de Negócios do ICC, Sandro Azevedo, comenta que o fortalecimento dessa parceria se deu em virtude da flexibilidade e da qualidade dos serviços prestados pelo Inatel e do bom relacionamento com a equipe de desenvolvimento da Qualcomm.
 
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Renan Barbosa | Ana Gabriela | Marina Aro
Assessoria de Comunicação - Inatel - Jornalismo

Fábio Câmara, autor, consultor de informática e sócio-fundador da FCAMARA Formação e Consultoria ministra workshop na Pós-graduação da FAI

Uma adaptação ágil para aceleração da cultura em times de desenvolvimento

Sábado, dia 14 de setembro, foi especial para os alunos do curso de Pós-graduação em Desenvolvimento Ágil de Aplicativos para Web e Dispositivos Móveis. Durante seis horas eles tiveram oportunidade de enriquecer seus conhecimentos com a presença do escritor e empresário paulista Fábio Câmara, convidado para ministrar o workshop “Uma adaptação ágil para aceleração da cultura em times de desenvolvimento”.
De acordo com Fábio Câmera, a proposta da FAI o motivou a percorrer 240 quilômetros para acrescentar algo novo à vida dos estudantes. “O propósito deste workshop foi o de conversar com pessoas inteligentes a fim de mudar a história e contribuir para que eles tenham uma nova percepção, a de que nós podemos ser mais. Eu falei com os alunos sobre o complexo de inferioridade que o brasileiro tem. Eu sou brasileiro, já trabalhei em diversas multinacionais, mas não troco o Brasil por nada. Eu preciso, agora, convencer os novos jovens a fazerem isso também”, enfatizou.

Para o aluno da pós-graduação, Élysson Mendes Rezende, o workshop proporcionou aos estudantes novas experiências e uma visão abrangente do mercado de trabalho. “O Fábio nos passou um pouco da sua experiência a respeito do uso de metodologias ágeis em sua empresa, comentou como são aplicadas e qual o retorno que obtiveram. Com isso, conseguimos ter uma visão mais apurada sobre como são usadas as metodologias dentro das organizações e aprendemos um pouco mais com a trajetória de vida dele. Novas experiências sempre são bem vindas para engrandecer os nossos conhecimentos”, ponderou.

O empresário doou a sua palestra em favor da Campanha da Responsabilidade Social deste anoCom a doação foram compradas toalhas de banho e de rosto para o Hospital Antônio Moreira da Costa de Santa Rita do Sapucaí. O evento, realizado pela FAI no dia 21 de setembro, na Avenida Sinhá Moreira, em frente ao Ginásio “Alcidão”, proporcionou, ainda, recreação para crianças e recolheu doações de fraldas geriátricas.
Alunos da Pós, professora Silvana e empresário Fábio Câmera.
Saiba mais sobre o escritor e empresário Fábio Câmara
Fábio Câmara é autor de mais de 15 livros técnicos na área de Informática, dentre eles sobre o Visual Studio Team System e Orientação a Objetos com .NET. Com 14 anos, Câmera teve sua primeira experiência com a informática. A partir daí sua carreira só cresceu. Foi o primeiro Microsoft MVP (Most Valuable Professional) de VSTS (Visual Studio Team System) da América Latina, sendo o líder e fundador do grupo VSTS Rocks Brasil. Ao longo de sua profissão alcançou mais de 58 certificações Microsoft e outras como SCRUM, ITIL e Oracle. Fábio Câmara é sócio-fundador da FCAMARA – Formação e Consultoria, empresa que tem mais de 300 profissionais na área de tecnologia da informação.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Prefeitura de Santa Rita do Sapucaí abre edital inédito para o Condomínio de Empresas Ruy Brandão

Desde a última segunda-feira, dia 09 de setembro, estão abertas as inscrições para empresas interessadas em ocupar áreas no Condomínio Municipal de Empresas Ruy Brandão (CME). Esta é a primeira oportunidade em que a seleção é feita através de um edital de ampla concorrência. Empresas de todo o país podem participar, uma vez que atendam as condições estabelecidas no Edital Prointec  004-2013.
Criado em 2006 com o objetivo de proporcionar maior apoio a pequenas e médias empresas do município, o CME é uma espécie de parque tecnológico onde se desenvolve o que pode chamar de um programa de pós-incubação – um espaço voltado para o apoio municipal a empreendimentos industriais de base tecnológica das áreas de eletrônica, eletrotécnica, desenvolvimento de softwares, telecomunicações e mecânica de precisão, além de empresas de atividades de apoio à indústria, tais como embalagens, ferramentaria e injeção de termoplásticos, entre outros. Em perfeita interação com o Arranjo Produtivo Local do município, o Condomínio Ruy Brandão gera centenas de empregos diretos e indiretos e apresenta um faturamento superior a 70 milhões de reais.

A incorporação do CME à Divisão de Programas de Incubação da administração pública possibilitou às empresas nele instaladas um maior apoio por parte da administração municipal e o acesso ao ambiente de desenvolvimento e pesquisa inerentes ao ambiente de incubação.

O Condomínio Ruy Brandão possui uma área total de 25.400 m2, sendo 12.500 m2 de área construída, e tem localização estratégica, ficando a poucos metros da rodovia BR 459, principal acesso ao município e que o liga tanto à rodovia Presidente Dutra quanto à rodovia Fernão Dias, das principais rotas rodoviárias do país. Está também situado bem próximo ao centro da cidade e às agências bancárias.

Através de acordo firmado pela Prefeitura de Santa Rita do Sapucaí com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SECTES), e com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), está em andamento a total recuperação do espaço existente, com reforma e urbanização das áreas comuns, implantação de sistema de combate a incêndio, paisagismo, controle de acesso e identidade visual.

A trajetória da empresa Petcom ilustra as vantagens de estabelecer seu negócio no Condomínio Municipal de Empresas Ruy Brandão: criada em 2006, a empresa ingressou no CME em outubro do mesmo ano, saindo em 2012 após construir sua recém-inaugurada sede própria na rodovia BR 459. A empresa gera mais de sessenta postos de trabalho.

Estão disponíveis através do edital, duas áreas, as quais podem ou não vir a ser fracionadas, dependendo dos projetos apresentados e aprovados e suas necessidades. Os interessados podem verificar todos os detalhes desta oportunidade no site www.prointec.com.br ou pelos telefones (35) 3471-4287 e (35) 3471-3049. As inscrições se encerram no dia 11 de outubro.


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Leia mais no Jornal Varginha Hoje: Edital de ampla concorrência em Santa Rita do Sapucaí - Jornal Varginha Hoje http://www.jornalvarginhahoje.com.br/2013/09/edital-de-ampla-concorrencia-em-santa.html#ixzz2fFFRTDiF

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Piloto de asa delta internado após acidente morre em Pouso Alegre

Um piloto de asa delta que estava internado após um acidente, morreu nesta segunda-feira (16) no Hospital Samuel Libânio, em Pouso Alegre (MG). Segundo o MG transplantes, Thiago Messias, de 28 anos, teve morte cerebral diagnosticada na noite deste domingo (15).
Segundo familiares da vítima, Messias saltou de uma rampa em Santa Rita do Sapucaí (MG) na última sexta-feira (13) e sofreu um acidente no momento do pouso. O Corpo de Bombeiros foi até o local fazer o socorro, mas a vítima já havia sido levada para o hospital.
Ainda de acordo com o MG transplantes, a família do piloto decidiu doar todos os órgãos dele. O coração foi captado por uma equipe médica de Brasília em um avião da Força Aérea Brasileira. Os rins serão transplantados em Pouso Alegre e as córneas enviadas para o banco de olhos do Hospital Alzira Velano, em Alfenas (MG). O fígado e os pulmões não foram aproveitados.
Messias será enterrado nesta terça-feira (17) em Paraisópolis (MG), cidade onde nasceu.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Nova linha da Leucotron é contemplada com Prêmio House & Gift de design

Empresas dos mais diferentes segmentos estão apostando no design como forma de satisfazer as exigências do consumidor. A Leucotron Telecom, que desenvolve soluções integradas de telecomunicações, atenta a essa tendência, investiu na concepção da linha de terminais telefônicos Orbit e acaba de ter seu trabalho reconhecido com a conquista do 14º Prêmio House & Gift de Design. Organizado pela maior feira de artigos para casa e decoração da América Latina, a House & Gift Fair, o prêmio é dividido em categorias: Utility, In Light, In Domuns, Linea Domus, Supri Shopping e Eletro House, categoria em que a Leucotron foi contemplada. A premiação contempla as melhores criações decorativas do mercado e tem repercussão internacional.

A linha de terminais telefônicos Orbit foi concebida pela Leucotron em parceria com a agência de design mineira Quantum, de Belo Horizonte. Os aparelhos da linha, o Orbit.tech e o Orbit.go, foram idealizados dentro das atuais tendências de concepção de produto, pensando primeiro no design e caminhando para o objeto, e não do objeto para o design. Os produtos foram idealizados tendo em mente a funcionalidade, atrelada à qualidade. Os responsáveis pelo projeto Orbit garantem que buscaram bem mais do que a criação de um objeto irreverente, com uma forma e um estilo arrojado e o resultado já está sendo reconhecido pelo mercado.

Há uma tendência internacional no segmento de tecnologia da informação e comunicação de adaptar as inovações em termos de design às necessidades funcionais dos usuários.  Nesse sentido, as empresas têm buscado trabalhar com conceitos de ergonomia e com materiais contemporâneos, sempre buscando a facilidade de uso dos equipamentos no que se refere ao acesso às funcionalidades dos produtos. Além disso, na corrida pela inovação, o design tem sido visto por muitas empresas nacionais como ponto de diferenciação e forma de gerar valor ao usuário.

“A linha Orbit de terminais telefônicos oferece aos usuários de corporações, dos mais diversos segmentos, praticidade, ergonomia, equilíbrio e resistência, aliados a um design inovador”, ressalta Carlos Henrique Vilela, gerente de Marketing. “O design é um componente cada vez mais importante na diferenciação de um produto. É um dos pontos essenciais para que um produto conquiste a aceitação do consumidor, completa o executivo. “Entretanto, o design deve fazer sentido, ir além da estética, e deve ser concebido a favor do projeto, a favor do usuário”, conclui o executivo.

No projeto da linha Orbit houve a preocupação com a incorporação dos terminais aos diversos ambientes: hotéis, clínicas, instituições públicas, hospitais, entre outros negócios, além de contemplar um modelo específico para escritórios de alto padrão, o Orbit.go, e para outros tipos de ambiente, o Orbit.tech. “É uma satisfação enorme, como empresa business to business, sermos reconhecidos não só pela qualidade tecnológica de nossos produtos, mas também pelos seus diferenciais em design”, comemora.

Sobre a Leucotron:

Leucotron Telecom é uma empresa brasileira que desenvolve soluções integradas de telecomunicações para corporações, pequenas empresas e micro empresas. Concebe, produz e comercializa desde diversos modelos de plataformas PABX até softwares, serviços e acessórios destinados a otimizar e potencializar a comunicação empresarial. As soluções oferecidas ao mercado pela empresa podem contemplar todas as etapas de atendimento das necessidades do cliente: desde o trabalho de arquitetura tecnológica, utilizando-se de equipamentos e softwares de qualidade e eficiência comprovadas, até o suporte eficiente no pós-venda.

Com mais de 120 mil clientes em todo País, a indústria contabiliza mais de 2 milhões de usuários de seus produtos e serviços. A Leucotron está entre os principais players em seu mercado de atuação, possui 180 colaboradores diretos, além de contribuir para a geração de empregos indiretos ao estabelecer parcerias com fornecedores regionais. Para dar suporte à operação de vendas e atendimento ao cliente, conta ainda com mais de 400 Concessionárias Autorizadas, empresas que vendem, instalam e dão assistência técnica em toda a linha de produtos da marca.

BOMBA: PLANO DIRETOR PROÍBE A CONSTRUÇÃO DE HOTÉIS EM POÇOS DE CALDAS E A COMERCIALIZAÇÃO DE PÉ DE MOLEQUE EM PIRANGUINHO

Caro leitor, você já pensou se esta notícia fosse verdade? A proibição da construção de hotéis em Poços de Caldas e a Comercialização de pés de moleque em Piranguinho, não seria um absurdo? Pois é... felizmente, para estas cidades, não aconteceu nada parecido e acho que não vai acontecer. Infelizmente algo semelhante aconteceu em Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais, minha cidade natal.

Sei que plano diretor é um assunto polêmico e controverso. Sei também, que mesmo tendo certo grau de instrução, não sou autoridade no assunto e conheço muito pouco do plano diretor de Santa Rita do Sapucaí. Sei ainda, que a população de Santa Rita de forma geral ignora ou não compreende quase nada do seu plano diretor, mas o mesmo não se pode falar das suas consequências.

Uma questão me intriga bastante: Eu comprei um imóvel anteriormente ao plano diretor com o objetivo A e um mês depois o plano diretor entra em ação e impede que realize os meus objetivos. Não estaríamos diante de uma instabilidade jurídica no município? Que segurança o investidor vai ter? O correto não seria ser aplicado somente aos novos loteamentos?

Mas um fato me entristeceu imensamente e que me levou a escrever este texto. Estava conversando com um amigo, Diretor de uma empresa de médio porte em Santa Rita e que emprega cerca de 350 pessoas e que fatura cerca de 100 milhões de reais por ano e ele me disse que a empresa já comprou o lote para ampliar em cerca de 50% a capacidade da empresa, mas que está impedida de investir na cidade devido ao plano diretor. A referida empresa tem um projeto inclusive de construir uma creche para os seus funcionários.

Como se não bastasse, o presidente desta empresa está sendo assediado quase que semanalmente por prefeitos de outras cidades para instalar a empresa em suas respectivas localidades.

Sei que existe uma disposição geral dos atuais políticos e gestores da cidade em reverter a situação. Não sei quais as dificuldades e impedimentos para tal. Mas sei que algo tem que ser feito urgentemente, pois aqueles que aprovaram tal documento não se atentaram que estariam inviabilizando o emprego e a renda de seus eleitores. Pior, estariam aniquilando a tão respeitada identidade econômica do “Vale da Eletrônica”.

Sou muito otimista com o crescimento e evolução de Santa Rita do Sapucaí e tenho certeza que os seus filhos farão algo para contornar tão acentuado problema. Aqueles que tentam segurar o seu progresso são muito frágeis diante da vitalidade do povo santa-ritense. Rezo todos os dias para que a moda não pegue, para que eu possa continuar a me hospedar nos hotéis de Poços de Caldas e comer os deliciosos pés de moleque de Piranguinho.

(Por Vladas Urbanavicius)

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Alta do dólar afeta Santa Rita do Sapucaí

Como a matéria-prima utilizada pelas empresas da cidade é importada, custo da produção aumentou.
Dólar em um patamar mais alto implica no aumento de custos, já que a Leucotron importa insumos
A desvalorização do real na comparação com o dólar está dividindo a opinião de empresários e representantes da indústria de eletroeletrônicos de Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas. Como a maior parte da matéria-prima utilizada por essas empresas é importada houve um significativo aumento de custo da produção, o que tem exigido mais capital de giro. Mas, por outro lado, o dólar alto também aumentou o preço final dos produtos importados que entram no país, o que aumentou a competitividade dos eletroeletrônicos nacionais.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel), Roberto de Souza Pinto, no final de tudo as empresas saem no prejuízo. "A maior parte das indústrias de eletroeletrônicos importa matéria-prima. Como o Vale da Eletrônica tem crédito com os fornecedores de países como Coreia, Taiwan e China esses insumos são encomendados com prazo de até 120 dias. Então, as empresas fizeram essas encomendas quando o dólar ainda estava no patamar de R$ 1,80 a R$ 1,90, mas vão pagar agora, com ele bem mais caro", diz.

Ele explica que para efetuar o pagamento as indústrias vão precisar de mais capital de giro e, para isso, recorrem a financiamentos bancários. "Quem sai ganhando são os bancos, que cobram taxas muito altas", observa Souza Pinto. "Para arcar com essas diferenças o preço final tem que subir e o acréscimo na tabela de preço acaba provocando a inflação", completa.

O presidente do Sindvel reconhece, no entanto, que o dólar em um patamar mais alto faz com que o preço dos produtos eletroeletrônicos importados suba e, assim, as empresas do Vale da Eletrônica conseguem competir de forma mais igual com eles. "Se os juros dos financiamentos não fossem tão altos e a burocracia para conseguir capital de giro não fosse tão grande as empresas ficariam ainda mais competitivas, mas, infelizmente, não é assim", afirma.

Segundo ele, o Vale da Eletrônica estava esperando crescimento de 27% no faturamento de 2013 na comparação com o exercício passado, mas com o câmbio da forma que está não é mais possível prever ao certo de quanto será o crescimento. No primeiro semestre houve um aumento na receita total de 13,5% sobre o mesmo período do ano passado.

Leucotron - O diretor de negócios da Leucotron, empresa com sede em Santa Rita do Sapucaí, Antônio Cláudio de Oliveira, já vê com mais tranqüilidade a desvalorização do real perante o dólar. "O dólar em um patamar mais alto implica no aumento de custos, já que importamos insumos, mas também contribui na competitividade das nossas exportações, então não avalio como um fator maléfico", afirma.

Para ele, o mais prejudicial é a flutuação muito grande do câmbio. "A estabilidade é muito mais saudável", observa. Oliveira lembra ainda que além das exportações ganham competitividade os produtos vendidos dentro do Brasil. "Aqui dentro nós também competimos com produtos fabricados fora, então com o dólar em um patamar mais alto aumenta nossa competitividade diante desses players", diz.

Na Exsto, também com sede em Santa Rita do Sapucaí, a situação cambial ainda está sendo avaliada. O diretor de pesquisa e Desenvolvimento (P&D), José Domingos Adriano, explica que a empresa não consome tanto insumos importados quanto as demais indústrias do município e, por isso, não é tão afetada. "Mesmo assim, caso o dólar continue nesse patamar vamos ser prejudicados, porque é um aumento de custo que não tinha sido previsto", afirma. Ele lembra que as matérias-primas fabricadas no Brasil já tiveram aumento considerável de preço nos últimos anos.

Inatel quer se firmar como laboratório de teste de apps no Brasil

O Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), localizado em Santa Rita do Sapucaí/MG, montou no ano passado um laboratório de testes de aplicativos móveis para atender a uma demanda da Qualcomm no Brasil. A parceria com a Qualcomm continua, mas o Inatel quer aproveitar a infraestrutura montada para atender a outros clientes que desejem testar apps, como operadoras celulares e desenvolvedores que se preocupem com a qualidade de seus produtos, explica Guilherme Marcondes, gerente de desenvolvimento de projetos do instituto.

O laboratório consegue medir o consumo de energia e de banda de um aplicativo, além de realizar testes funcionais, de interação, de compatibilidade e de usabilidade. O consumo da capacidade do processador e da memória dos dispositivos pelo app também é avaliado, pois estão entre as causas mais frequentes de travamentos dos aplicativos. O Inatel conta com uma equipe de entre 15 e 20 profissionais trabalhando no laboratório. Há entre eles engenheiros especializados em plataformas de terceiros, como a Vuforia, de realidade aumentada, e a AllJoyn, de conexão entre dispositivos, ambas da Qualcomm. Recentemente, o Inatel se filiou à App Quality Alliance (AQuA), organização internacional que reúne diversas operadoras e fabricantes com o objetivo de melhorar a qualidade de aplicativos móveis.

Ao contrário de outros serviços de teste de apps na web, o Inatel quer se diferenciar oferecendo um feedback personalizado ao contratante, com relatórios mais completos e detalhados que a média do mercado. A ideia é mostrar e explicar os problemas, com um atendimento pessoal, diz Marcondes.

O laboratório faz parte do braço de serviços do Inatel, paralelamente à atuação do instituto como universidade. Essa área de serviços também oferece o desenvolvimento de aplicativos. Recentemente, foi assinado contrato com a Nokia para a criação de apps em Windows Phone que tratem de saúde, acessibilidade, mapas e outros temas. Conteúdo móvel representa aproximadamente 10% da receita do Inatel com serviços, mas tem potencial para crescer rapidamente essa participação, projeta Marcondes.

O Inatel participou na semana passada da Uplinq, conferência da Qualcomm para desenvolvedores, realizada em San Diego, nos EUA.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Cônego Carvalhinho e a cruz da virada do século

A Segunda Guerra ainda não dava sinais de seu término quando a Ditadura inventou aquela bobagem da tal Campanha do Ferro pela Vitória. Eu estava ausente de Santa Rita quando lá se organizou uma festa para arrecadar o ferro, procurando seus organizadores dar a nítida impressão de que a Igreja não tomava parte no movimento. A comissão promotora, os oradores e até os homenageados, estava na cara, não podiam ser católicos. 

No sábado, uma comissão de senhores me procurou. Achavam que os promotores da festa estavam preparando tudo acintosamente. Parecia que não desejavam a presença dos católicos à sua reunião pública, marcando-a coincidentemente com a missa das 10 horas do domingo. Depois de acalmá-las, disse que haveríamos de encontrar uma saída honrosa e marquei um encontro para o dia seguinte, após a missa das 6 e meia da manhã.

À noite, depois de rezar bastante para encontrar uma saída, tive como um “estalo de Vieira” e encontrei a tal saída: Mandaria o Arthur Sacristão buscar uma cruz de ferro que se encontrava guardada na entrada da torre da Capela de São Benedito e, com ela, faríamos uma festa paralela ao ferro para o Brasil. Dou minha palavra que, naquela noite, tive o melhor sono da minha vida. Dormi eufórico, já pensando na surpresa do dia seguinte.

Bem de manhã, o Arthur Pereira trouxe a cruz de ferro e a colocou num andor. Na missa das seis e meia, antes que as senhoras chegassem à procura de uma resposta, avisei o povo: “Irmãos, hoje, excepcionalmente, a Missa das 10 horas será transferida para as 11 e meia. Vamos realizar uma pro-cissão, levando a primitiva cruz da Matriz de Santa Rita. A cruz que presidiu o nascimento da cidade será levada à montanha de ferro pela vitória. Será esta a participação da Igreja Católica à Festa que está se realizando hoje. Nenhum católico pode faltar.”

As senhoras chegaram sorridentes e nem tiveram que me perguntar mais nada. Passaram a enfeitar o andor da Santa Cruz. Antônio Raposo saiu a reunir os músicos da Banda de Música Lira São José e alguns rapazes tiveram a feliz ideia de angariar recursos da população e comprar todo o estoque de fogos (rojões) na Casa A. de Cássia e no fogueteiro da Rua do Queima.

Às 9h45min, ao repicar dos sinos, com a banda tocando e os foguetes subindo, levamos uma multidão para a festa que os gatos pingados pretendiam fazer. Senti e todos sentiram, até eles, que os católicos dominaram a festa. 

Chegando à montanha de ferro, eu dirigi a cerimônia. A festividade passou a ter nítidas cores cristãs, ao contrário do que queriam os organizadores. O Dr. Alcindo Dantas, a quem passei a palavra, fez um rápido discurso, terminando com a expressão de Rui: “Depois disso, nada mais posso dizer...”

Falei também, para finalizar a festa e explicar a minha atitude: “A nossa adesão não é apenas à montanha de ferro pelo Brasil, mas à própria nação brasileira que, como muitas outras, foi vilipendiada pela tirania. A Cruz alteia agora esta montanha como um forasteiro de terras distantes veio colocá-la no topo de nossa primitiva igreja. Trouxe e continua trazendo, há um século, toda a alegria de viver na terra de Santa Rita!”
O Cel Francisco Moreira, de imediato, pediu ao Dr. Elpídio que revelasse aos presentes a sua resolução: A cruz primitiva de Santa Rita voltaria à Matriz onde um dia a plantaram os fundadores da cidade. De bom grado, ele disse que doaria por ela a quantia de 25 contos de Réis à Montanha de Ferro da Vitória. Tudo finalizou com palmas, vivas e mais palmas. 

(Texto retirado da obra “Trem de Manobra”, do Cônego Augusto José de Carvalho.)

Oferecimento:

Games, aplicativos e segurança eletrônica serão temas da Semana da Eletrônica 2013

Você tem ideia do que vem a ser “gameficação”? Pois este é um dos assuntos das diversas palestras que acontecerão entre 30 de setembro e 5 de outubro, na ETE FMC. “A próxima edição da ‘Semana da Eletrônica’ terá uma temática bem contemporânea. Falaremos sobre games, aplicativos, tendências tecnológicas, empreendedorismo e inovação.
"Alguns palestrantes também foram convidados para apresentar temas específicos de nossos cursos como Telecomunicações, Robótica, Automação Industrial e Biomedicina.” – conta Eduardo Abranches, Coordenador do Curso Técnico.

Umas das grandes novidades para 2013 é a apresentação de uma palestra voltada aos estudantes das nonas séries, matriculados em escolas da região. A intenção será contar um pouco da evolução da tecnologia e mostrar aos futuros alunos da ETE que as ferramentas utilizadas no dia-a-dia podem ser transformadas em uma profissão bem sucedida. Além de assistir à palestra que terá entrada franca, os visitantes farão um passeio pela escola e poderão conhecer o “Museu da Eletrônica”. “Iremos mostrar aos alunos como transformar seus passatempos em profissão. Será algo bem interessante e produtivo.” – define Abranches.

Duas palestras muito aguardadas, mas que ainda não estão confirmadas pelos expositores, estão ligadas a “Tecnologia aplicada a capacitação de atletas” e “Tecnologias de Exploração de Petróleo”. “Quando Sinhá Moreira decidiu criar uma escola técnica em Santa Rita, cogitou implantar uma Instituição voltada ao setor petrolífero. Possivelmente não imaginava que, 5 décadas depois, a tecnologia estaria tão ligada à extração do petróleo e que nossos alunos seriam tão bem cotados a trabalhar nas refinarias.” – afirma Alexandre Loures Barbosa – Diretor Geral da ETE FMC.

A “Semana da Eletrônica 2013” terá seu encerramento entre os dias 3 e 5 de outubro com a Projete, a “Feira de Projetos Futuristas da ETE FMC”. Na ocasião, os alunos irão expor suas invenções aos milhares de visitantes que, anualmente, vêm ao campus conhecer as tendências no setor de tecnologia. Antes, porém, participarão de um Seminário, quando apresentarão seus trabalhos aos colegas e professores.

A Projete chegará, neste ano, à sua trigésima terceira edição e contará com cerca de 170 trabalhos produzidos pelos próprios alunos. Outras atrações ficarão por conta dos estantes de diversas empresas e instituições de ensino que, além de expor seus produtos/serviços, também irão premiar alguns projetos selecionados por elas.

(Carlos Romero Carneiro)

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Eles sobrevivem por aqui

Conheça a dura vida de um casal que tenta sobreviver 
nas ruas de Santa Rita do Sapucaí

As histórias são bem parecidas e acontecem todos os dias nas cidades brasileiras. Um homem com esposa, filhos e carteira assinada, vê seu casamento fracassar e é obrigado a sair de casa, sem ter aonde ir. Amargurado, começa a se embriagar até perder o emprego e acaba se tornando um morador de rua. Daí em diante, reverter tal situação e colocar a vida em ordem novamente é uma missão quase impossível.
Este é o caso de Marcelo Costa Ferreira, de 33 anos, nascido em Pouso Alegre e que vive na rua há um ano e dois meses. Pai de família, com segundo grau completo e habilitado na categoria E, dirigia bitrens e tinha uma vida humilde, mas confortável. No dia em que o motorista chegou em casa mais cedo, encontrou sua esposa com o próprio irmão e se desesperou. Desolado, saiu de casa com as roupas do corpo e deixou para trás tudo o que havia construído. Ao chegar a Santa Rita, alugou uma casa no bairro Pedro Sancho, arrumou emprego como caminhoneiro e casou novamente. O fim do segundo casamento, entretanto, levou Marcelo a se afundar na bebida e jogar sua vida para o alto. Marcelo foi demitido, passou a viver como indigente e bebeu o quanto podia para aliviar o sofrimento. Para se alimentar, passou a contar com a ajuda de alguns donos de restaurantes, solidários às condições precárias do rapaz. 

Há alguns meses, Marcelo teve seu colchão e cobertor roubados e passou por maus bocados no último inverno. “Às vezes eu peço misericórdia de Deus para me ajudar a aquecer um pouquinho. É muito difícil sobreviver nessas condições.” Ao lado de sua companheira, Lúcia Pereira, o rapaz sonha em ter a oportunidade de conseguir um trabalho e conquistar novamente um lar. “Tudo o que eu queria era uma casinha na roça e um trabalho para me reerguer. O que eu mais preciso hoje é de uma oportunidade qualquer.”
Companheira de Marcelo há 7 meses, Lúcia Pereira tem 34 anos e é natural de Itajubá. Moradora de rua há 4 anos, ela conta que o que a destruiu foi  ter começado a beber e usar drogas ainda criança. Apesar de ser casada e mãe de 8 fi-lhos, a gari vivia nos bares e levava uma vida desregrada. Ainda assim, fazia bicos como catadora de lixo e tinha uma casa com televisão, móveis e chuveiro elétrico. As coisas chegaram a um patamar insustentável quando o marido morreu esfaqueado e ela perdeu tudo o que tinha. As crianças foram levadas pelo Conselho Tutelar, o juiz vendeu sua casa e entregou a ela o dinheiro e Lúcia afundou completamente nas drogas.

A moça conta que sente muita saudade dos filhos, mas que eles têm uma mágoa profunda dela. Há algum tempo, seu irmão esteve na cidade, pediu para que ela se internasse e ela o fez. Marcelo estava se dando bem na casa de recuperação mas decidiu voltar às ruas quando a companheira se desentendeu com uma das dirigentes. “Eu preciso me esforçar mais se quiser me dar bem, mas estou disposta a aproveitar a oportunidade.” – afirma Lúcia.

Quem estiver disposto a conhecer de perto a vida deste casal pode encontrá-los em um dos bancos à beira do Rio Sapucaí. Seus poucos pertences estão sempre pendurados em árvores e muitos frequentadores da região conhecem bem estas pessoas que, por suas escolhas ou pelo próprio destino, deixaram com que suas existências fossem rebaixadas a um estágio de sofrimento, enfermidades e grandes privações.

(Carlos Romero Carneiro)

Oferecimento:

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Caminhão que transportava urnas eletrônicas tomba

Motorista perdeu o controle em uma curva na BR-459. 

Equipamentos saíram de Santa Rita do Sapucaí e seguiam para Brasília.


Uma carreta que transportava 1,9 mil urnas eletrônicas tombou na tarde desta terça-feira (3) na BR-459, em Pouso Alegre (MG). Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o motorista teria perdido o controle do veículo ao fazer uma curva. A carga ficou espalhada na pista.
Ainda de acordo com a PRF, não chovia na hora do acidente e o motorista não ficou ferido. Segundo a assessoria de comunicação da empresa que fabrica os equipamentos, as urnas saíram de Santa Rita do Sapucaí (MG) para serem levadas ao Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília (DF).
Ainda segundo a assessoria da empresa, os equipamentos serão levados de volta para a fábrica para serem trocados.
Carreta que transportava urnas eletrônicas tombam em Pouso Alegre (Foto: Wilson Haws / Reprodução EPTV)
Carreta que transportava urnas eletrônicas tombam em Pouso Alegre (Foto: Wilson Hawks / Reprodução EPTV)

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Termina segunda rodada do grupo A da Terceirona do Mineiro

A segunda rodada do grupo A da Terceirona do Campeonato Mineiro foi concluída ontem. 

Em Santa Rita do Sapucaí, o Santarritense goleou o Esportivo por 7x1. Somália, Daniel, Sandrinho, Gabriel (2), Léo e Rayan fizeram os gols do time mandante. José Wilson fez o único tento da equipe visitante.

No Parque do Sabiá, em Uberlândia, o Portal perdeu para o Jacutinga por 4x1. Rodolfo, Willian (2) e Everton. Paulinho fez o gol da equipe de Uberlândia.

A rodada foi aberta no sábado (31) com o empate entre Nacional e Unitri por 1x1, no Uberabão.

A terceira rodada está programada para quarta-feira. Às 15h30, em Jacutinga, os donos da casa encaram o Santarritense. Outros dois duelos acontecem às 20h. No Uberabão, o Nacional pega o Portal. Em Uberlândia, a Unitri enfrenta o Esportivo.

Grupo B. Dois jogos encerraram ontem a terceira rodada do grupo B da Terceirona. Na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, o Arsenal perdeu para o Valério por 1x0. Tiago, aos 43 minutos da etapa final, marcou o único gol da partida.

Em Coronel Fabriciano, Novo Ipatinga e Montes Claros empataram por 2x2. 

No sábado (31), o Funorte ganhou do Trio por 2x0, em duelo realizado no estádio Louis Ensch. Leonardo Andrade e Reginaldo fizeram os gols da partida.

Valéria Brandini fala do papel da tecnologia na vida dos jovens

A inquietação diante do humano tem movido as pesquisas da cientista social paulista Valéria Brandini. Aqui, ela radiografa a juventude da era digital.

Texto: Raphaela de Campos Mello | Ilustração: Gustavo Duarte | Foto: Mari Winter

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A garota de 10 anos, aluna de um colégio de freiras e única, dentre todas, apaixonada por heavy metal, hoje está no segundo pós-doutorado. O desejo de escrever uma tese sobre o rock and roll levou a cientista social e comunicóloga paulista Valéria Brandini a se debruçar sobre a antropologia da juventude. “Há 20 anos, comecei a analisar a cultura material e os significados dela – a música, a estética, os rituais – e entendi que todas essas manifestações de significado se realizam por meio do consumo do simbólico”, diz ela, que atesta: “As pessoas são o que consomem, da água à poesia, desde os primórdios”. Da paixão pelo rock nasceu a vontade de estudar a relação entre moda e cultura urbana. Não teve outro jeito. Valéria atravessou as últimas décadas pulando de interesse em interesse, inquietação em inquietação. “Tenho uma curiosidade quase doentia. O que para a maioria das pessoas é sacrificante, como ler um livro de 600 páginas, para mim é fonte de grande prazer”, afirma. Atualmente, ela é professora do curso de pós-graduação de gestão em moda na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP) e cofundadora do Núcleo Xamã, na capital paulista, escritório especializado em ciência aplicada ao mercado. Por meio de pesquisas apoiadas em campos diversos, a exemplo de antropologia, sociologia, semiótica, psicanálise e neurociência cognitiva, ela e sua equipe destrincham, com o alcance digno de uma ressonância magnética, os fenômenos sociais contemporâneos, entre eles o avanço da tecnologia e seu impacto nas relações humanas, além do comportamento dos jovens. Prepare-se, então, para conhecermais de perto os millennials, termo usado para designar a geração que nasceu e cresceu em plena era virtual e, por isso, se recusa a respirar outro ar que não o da liberdade de expressão.
Como você define o termo millennials?
Trata-se de uma classificação americana criada para designar aqueles que nasceram entre os anos 1980 e 2000. Desaprovo esse tipo de rótulo direcionado a toda uma geração, pois a sociedade é cada vez mais heterogênea. Em linhas gerais, esse guarda-chuva abarca o pessoal que cresceu em meio às tecnologias e à internet e se tornou nativo do virtual. Ao mesmo tempo, esses jovens são tidos como multitarefa, mas essa característica não é exclusividade deles. A sociedade como um todo, mesmo os mais velhos, são multitarefa hoje em dia. Mais que individualistas, os millennials são muito autocentrados. Isso é compreensível, porque no mundo virtual você pode ser o que quiser – porém só na sua cabeça e naquele espaço, e não no mundo real. Por exemplo: o indivíduo tem ideias e gosta de escrever, então cria um blog. Isso não quer dizer, no entanto, que ele seja um escritor. A internet não passa pelas legitimações do mundo real. Ela se sustenta de projeções, dando a ilusão do “sou”. Daí vem a ideia da hipercapacidade. Só que ser capaz de fazer várias coisas não significa ser bom em tudo o que faz. Poucas são as pessoas que conseguem tal façanha.
Que dificuldades essa moçada encontra no cotidiano por achar que tudo funciona na velocidade da banda larga?
O imediatismo dessa geração é um problema. Como o virtual incentiva o autocentrismo e gera a ilusão de superioridade, ao passar pelas provas da vida o sujeito desaba. Os millennials são os filhos tiranos de 10, 15 anos atrás, criados por pais permissivos ao extremo. Falta a eles resiliência. Em vez de absorver o choque e prosseguir, eles desistem ou deprimem. E falam: “Isto não é bom o suficiente para mim”. Como professora universitária, conheço diversos alunos que já estão na sexta, sétima tentativa de faculdade. Não conseguem terminar nenhuma. O jovem entra em engenharia e logo no primeiro ano quer projetar, rejeitando as matérias de cálculo, parte fundamental do processo. Esse pessoal não foi criado para carregar o piano, e sim para ser feliz. Isso é uma ilusão. Você deve ser criado para enfrentar as barreiras da vida e para lutar pela felicidade. Afinal, o melhor da felicidade é sua conquista. É verdade também que a vida se tornou muito mais simples em variados aspectos por causa da tecnologia, e nós acabamos nos habituando a essas facilidades.
O que esperar de um futuro que será construído pela geração dos millennials?
Eles pertencem às classes média e média alta. Entretanto, os demais jovens são, em certa medida, influenciados por esse grupo, que tem tempo e dinheiro para colocar conteúdo nas mídias. Até onde vai essa influência? Existe uma grande distorção em relação a isso. Os millennials são influenciadores até certo ponto, porque os valores de base, provenientes da família, da escola e dos amigos, são mais fortes que a influência dos millennials no sentido de determinar comportamentos e modificar valores na sociedade.
Em que medida o uso da tecnologia tem afetado a condição emocional das pessoas, não só dos jovens?
Ao contrário do que pensamos, a tecnologia não é desumanizadora. Ela nasceu como forma de o humano se relacionar com o mundo e com a natureza. O problema está no excesso. Ao se usar pedra para quebrar coco, a tecnologia já está sendo empregada. Nesse sentido, todas as tecnologias alteraram a relação das pessoas com a realidade, desde o fogo até a internet. No entanto, o uso extremo dos smartphones fez com que essa caixinha se tornasse uma prótese do ser humano integral, onde o “eu” fica armazenado e por meio da qual se manifesta no mundo. Sem ela, surge a sensação física e neurológica de ser meio “eu”, principalmente entre os jovens. É uma sensação de perda do momento presente, que começou a gerar doenças emocionais, como o comportamento obsessivo-compulsivo em relação à tecnologia. Essa perturbação toma de assalto tanto um jovem que deixa de prestar atenção à conversa dos amigos numa festa porque está mais preocupado em registrar aquele momento quanto um executivo que se desespera por não conseguir acessar seu smartphone numa reunião.
Já é ultrapassado dividir a realidade entre real e virtual?
Essa separação ainda existe, só que, dependendo do subgrupo, pode ser mais forte ou mais fraca. O que chamo de realidade interseccional é uma forma de estar no mundo que se tornou a intersecção entre essas duas realidades, onde o ser humano vive hoje. Ou seja, o que ele vivencia no mundo virtual afeta o real e vice-versa. Aí ocorre a “avatarização” do real, que é quando alguém passa a acreditar na persona que inventa como sua projeção na internet. E mais: tende a tornar aquilo vivenciável no real. Muitas vezes, a pessoa produz um problema para si mesma. “O que você conhece de fato sobre esse ou aquele assunto?”, alguém pode indagar. Até a questão da imagem física pode acarretar complicações à medida que a pessoa acredita ser necessário se manter igual à foto, em todos os sentidos.
Como a supremacia da tecnologia tem afetado a relação entre pais e filhos e a hierarquia nas empresas?
Os pais costumam aceitar o comportamento imediatista e autocentrado dos millennials porque sentem culpa. “Fui eu que criei assim”, pensam. Além disso, eles envelheceram, mas mantiveram a juventude dentro de si. Logo, são muito mais condescendentes e flexíveis. O problema maior está no mundo corporativo. O jovem entra no mercado com a ideia de que é para lá de especial e, quando recebe uma negativa, deprime, não produz ou se retira de campo. Na última década, muita gente despontou precocemente, sobretudo no ramo da tecnologia. Só que, se tomarmos como base a história da humanidade, os gênios sempre foram a exceção.
Está havendo, especialmente entre os jovens, uma confusão entre os significados de informação e conhecimento?
Informação e conhecimento são coisas distintas. A primeira é um dado; o segundo vem da inteligência interpretando o dado e dos processos de aprendizado, que geram uma evolução pessoal e transformam o indivíduo. A informação pura e simples não gera transformação. O conhecimento, sim. A ilusão do mundo virtual é a de que, como você tem acesso a tudo, acumula conhecimento. Não é verdade. Para ter conhecimento, é preciso dispor do tempo de maturação. Muita leitura, capacidade de análise. A informação pela informação passa. Já o conhecimento fica porque se torna uma parte do que você é. Ele muda seu olhar.
Como lidar com os adolescentes que estão sem propósito de vida, surfando o dia todo na rede e nada mais?
Como os millennials são pouco resilientes, eles sentem medo, e o medo faz com que, muitas vezes, permaneçam na casa dos pais e deixem de superar obstáculos. Observo muitos casos de depressão devido a esse quadro. Há um trocadilho aqui: no virtual, a rede segura. Na vida, você cai e se espatifa no chão. O bom é que o ser humano tem uma plasticidade imensa. Por mais que a adolescência perdure, em algum momento essa juventude vai formar seus processos adaptativos e encontrará seu caminho enquanto povo, sociedade.
O que de melhor nós podemos aprender com os jovens da atualidade?
Que as maneiras de ser e de viver, bem como as aspirações e os objetivos, podem ser diversos. Eles são extremamente hedonistas. Se de um lado isso atrapalha, de outro faz com que se inventem novas profissões, tornando aquilo que gostam de fazer em meio de vida. Desse modo, diferentes tipos de produção profissional podem ser valorizados, dignos, e conferir honradez à pessoa, e não apenas estar no topo, como minha geração acreditava. O respeito que esses jovens têm pela diversidade é outro aspecto muito importante. Eles lutam pelo diferente de si. Não carregam preconceitos. Logo, nos ensinam a sermos humanos melhores. Também querem que se fale a real. Não toleram ser iludidos pela mídia, pela política. Vão atrás da verdade porque querem transparência em tudo, justamente por terem mais acesso à informação.
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Qual a relação entre os millennials e a onda de manifestações que se espalhou recentemente pelo país?
Tudo isso que estamos testemunhando é influência dos millennials – eles não estão apenas por trás das manifestações. Rebelar-se é do humano e, sobretudo, expressão da força social do jovem. Os protestos sob a influência dos millennials são visivelmente amigáveis. É uma geração que, até pela criação menos repressora dos pais, preza valores humanistas. Por outro lado, está havendo uma tomada de consciência da força do coletivo. Podemos listar alguns fatores: a transparência instituída pela internet, a crise econômica, o desencanto dos jovens, a necessidade de mudanças urgentes. Mas agora eles têm de dar um segundo passo a fim de desenvolver uma visão política e torná-la instrumento de poder deles. Não há como haver política sem liderança, sem representação. As redes sociais são o meio, porém é preciso haver conteúdo. Ganhar as ruas é fantástico, no entanto precisamos das lideranças que irão representar a massa e apresentar reivindicações junto ao poder público.