terça-feira, 23 de junho de 2015

OPINIÃO: O QUE FALTA À POLÍTICA SANTA-RITENSE?

A política, em tudo que é canto, é um jogo de cartas marcadas. O cabra assume um ou mais partidos, distribui candidatos nas legendas para que um “puxe” o outro e negocia os benefícios em nome dos próprios interesses. O bem-estar da comunidade não está nem na última das prioridades dessas pessoas que só têm duas palavras em mente: grana e poder, não importam os meios.

Infelizmente, Santa Rita é uma cidade que cresceu “apesar” da política. Aqui, se os governantes não atrapalham, já estão fazendo muito. O cenário melhorou de uns tempos pra cá, mas ainda falta bastante para sermos bem representados. 

Na prefeitura, não considero o atual prefeito um sujeito visionário ou capaz de surpreender, mas o “feijão com arroz” ele faz bem. Se vier um acompanhamento como um investimento maior no hospital (que possui um déficit de quase 100 mil por mês) e o pagamento da dívida de mais de 30 milhões acumulada pelo município, melhor ainda! A cidade vai adorar. O pagamento dessa dívida, aliás, seria a cereja no bolo de uma gestão responsável. E a responsabilidade continuaria em alta caso não surjam aquelas doações de lotes em final de mandato que beneficiam alguns em detrimento do restante da população.

A comunidade, por sua vez, tenta fazer a sua parte nas suas eleições mas, em muitos casos, pisa no tomate. Em vez de votar em candidatos que lutam pelo bem-estar coletivo, preferem eleger quem faz favor, dá presentinho ou promete concessões pessoais. Mal sabem que, se botássemos um sujeito honesto para nos representar, não precisaríamos recorrer a este tipo de saída, já que os benefícios viriam igualmente para todos. Como são eleitos vários oportunistas e interesseiros, passamos os quatro anos seguintes reclamando de tudo, como se também não fôssemos responsáveis pelo cenário que vemos aí.

Tenho visto uma movimentação intensa em torno da política local, nos últimos dias. Os famosos conchavos. Aos poucos, surgem nomes e alianças em torno dos possíveis candidatos, mas ainda não vejo uma luz no fim do túnel. Boa pergunta... Por que será que não aparece um único nome novo? Por que será que a roda gigante sobe e desce, mas as opções são sempre as mesmas? Por que a nossa política (inclua os bastidores) está nas mãos de tantas pessoas que nunca fizeram nada em benefício da população e que continuam ditando os destinos do povo? É lamentável uma situação dessas.

O termo Hacker, no mundo atual, não refere-se apenas ao cara que invade computadores. Refere-se também a quem consegue se infiltrar num meio viciado e realizar transformações sem que os mal intencionados percebam. Eu gostaria de ver mais caras assim na câmara, na prefeitura e demais órgãos públicos. Paulinho Dentista foi um desses Hackers. Existem outros por aí, mas convém não "espalhar".

Com ou sem a candidatura do Jeffinho, precisamos nos sentir, realmente, representados. A cidade precisa resolver os seus problemas essenciais e propor novos desafios. Ainda há tempo de vencer esta demanda e seguir em frente. Que consigamos superar estes desafios em nome da cidade que queremos. Boa sorte pra nós. 

Por Carlos Romero Carneiro. (Que não será candidato a nada por absoluta inaptidão em exercer cargos públicos ou burocráticos)

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