segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Opinião: Ouvi de tudo naquele sábado, só faltou uma solução (Por Carlos Romero Carneiro)

Doença não escolhe a vítima. Atinge ricos, pobres, patrões e operários. O que faz com que uma pessoa seja salva ou que se lasque em uma mesa de cirurgia é uma nota verdinha chamada grana que muita gente não tem. Diante desta realidade irreversível, não adianta fazer política ou incitar luta de classes. Se existe a necessidade de resolver o problema, é preciso ser estratégico e promover a sinergia entre ambas as partes. Esta é a principal característica de um bom administrador: conciliar pontos de vista distintos.
Na última semana, soubemos que a diretoria do hospital, incapaz de gerir a instituição com os recursos de que dispõe, solicitou apoio maior da prefeitura no sentido de cobrir suas despesas, uma vez que o HAMC tem tido um déficit de 150 mil Reais por mês. Através de pronunciamentos de ambas as partes, fomos informados que o contrato firmado com a prefeitura tem sido pago em dia, mas que seu valor está defasado e tem sido insuficiente para arcar com as despesas, necessitando de uma revisão imediata.

Em discurso oficial, o prefeito disse que disponibilizou um carro e que ofereceu lote, um montante em dinheiro e que distribuiu cestas de natal para os funcionários da instituição, além de outros benefícios. Acontece que, em uma entidade onde voluntários (muito competentes diga-se de passagem) lutam para cobrir um rombo que beira 2 milhões de Reais, justamente por atender a todas as pessoas sem distinção, um apoio paliativo não é suficiente. É preciso que haja o empenho de todos para resolver esta crise e, como disseram os diretores da entidade, há a necessidade urgente de aumentar os investimentos para que o hospital não feche as portas. Não se trata de futilidade e nem de fazer com que a entidade gere lucro. O que foi levantado em um documento veiculado na internet pela Fundação é a urgência de se cobrir as despesas e sanear as dívidas.

Vale ressaltar que hospital é bem diferente de posto de saúde. Uma coisa não anula a outra e é preciso investir em ambas para que as pessoas tenham tratamento digno. Investir em postos de saúde é essencial. A vinda do SAMU também. Acontece que investir em postos e não investir o suficiente no hospital é restringir à população o acesso a um local para realizar seus exames, tirar uma simples chapa de raio-x, dar à luz a um filho ou submeter-se a tratamentos mais delicados. 

Esta talvez seja a primeira vez que o Jeffinho assume a prefeitura após o surgimento das redes sociais. Sinto que tem se sentido incomodado com as críticas e, quando o vi se pronunciar de forma tão emocional no rádio, suspeitei de que a situação poderia ser mais grave do que imaginava. Como não temos alternativa senão contar com o HAMC, deveria haver um entendimento no sentido de se chegar a um denominador comum para resolver o problema, de uma vez por todas. Ao contrário disso, ouvi frases que não correspondem às de um líder experiente. Afirmações como a de que o presidente da Fundação "deve ser homem e assumir a responsabilidade de que quebrou o hospital" ou que "quem perdeu a maternidade foi o pobre, porque o rico continua usando". Nisso eu pergunto: cadê a racionalidade e a intenção de colocar os interesses da população acima de tudo? Cadê a sinalização de que algo de concreto e definitivo será feito daqui pra frente para resolver esta crise que não é de hoje e que nem foi o atual presidente da entidade quem produziu? Será que os voluntários que assumiram a entidade com empenho e que têm sido tão bem-sucedidos em suas vidas particulares, não deram o máximo pelo bem do Hospital? Será que teremos que fazer rifas pelo resto da vida porque os recursos não são suficientes para atender à demanda da população? Ouvi palavras duras naquele sábado, só não ouvi uma solução.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Foco na panela! (Por Ana Lúcia Cândido)

Nasci em Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais, em 03 de Maio de 1960. Aprendi a ter o gosto pela culinária com minha avó materna, Maria José e minha mãe, Teresa Maria, que cozinhavam no fogão a lenha em Minas, onde nasci e passei minha infância. Tudo era plantado no quintal e os porcos e galinhas criados em um cercado. Tínhamos muita fartura em legumes, verduras e frutas de época. Os doces eram feitos em tacho de cobre e no fogão a lenha. As paçocas piladas no pilão de madeira, o café colhido, torrado e moído em casa e depois passado no coador de pano em um enorme suporte de ferro. As panelas e chaleiras eram de ferro preto, os pratos, canecas e bule de ágata. Quando matava o porco, tudo era aproveitado: fazia chouriço, pendurava a panceta ou barriga em arame em cima do fogão a lenha para defumar e ai tínhamos o bacon defumado e as carnes eram guardadas em latas na própria banha, pois não havia geladeira em casa. Quantas saudades…
Os queijos, manteigas, requeijão de corte, doce de leite, bolo de fubá, arroz doce, canjica e outros doces em calda eram feitos com muito esmero por elas e eu ali sempre em volta para raspar as panelas. Nos finais de semana, saía com uma forma cheia de doce de leite para vender no campo de futebol dos colonos, no sítio.

Lembro-me até de minha mãe lavar as roupas no rio com sabão de cinzas que minha vó fazia enquanto eu me divertia brincando nas águas do rio!

Quando meus pais resolveram mudar para Jundiaí, foi então que eu realmente tive que cozinhar, pois minha mãe foi trabalhar fora e eu tinha muitos irmãos menores que eu. Aprendi a fazer feijoada e ajudei a nossa vizinha a fazê-la na casa do Sr. Walmor, um dos prefeitos de Jundiaí. Depois, com 10 anos fui trabalhar de doméstica em uma casa onde eu cozinhava. Com 12 anos, trabalhei na casa da minha professora, onde eu fazia tudo, desde o café da manhã até o jantar e, nessa época, comecei a fazer cursos no Sesi e também estudava no Conde do Parnaíba, à noite e, desde então, minha paixão pela cozinha nunca mais parou.

Com os tropeços da vida e a necessidade sempre em primeiro lugar, não tive oportunidade de fazer uma faculdade, pois me casei muito cedo e fui mãe muito precoce. Mas sempre tive muito apoio de familiares e amigos e tive a oportunidade de ter minha própria confeitaria, no ano de 96. Como a sociedade não deu certo,  em 98 encerramos as atividades. Voltei a trabalhar em empresas, mas sempre fazendo meus doces e bolos nos finais de semana e assim vencendo, aos poucos, os obstáculos. Depois tive uma lanchonete onde servia muitas porções e caldos e com musica ao vivo todas as sextas, mas também tive que me afastar, pois, nessa época, meu filho adoeceu. Voltei novamente ao trabalho em empresa onde atuei por 2 anos no Villa Pizza Bar. Depois passei 4 anos na Itália, onde conheci a culinária Italiana e me apaixonei muito mais pela Gastronomia. Retornei ao Brasil, em 2012, e decidi fazer a tão sonhada faculdade de Gastronomia, onde esse ano me formo como gastrônoma.

Fonte: foconapanela.com.br

Oferecimento:

Inscrições para o Processo Seletivo da ETE FMC vão até 30 de novembro

Maioria dos alunos que estuda na ETE FMC é contratada para trabalhar antes de concluírem o curso. Localização privilegiada da escola, no Vale da Eletrônica, chama a atenção das mais de 150 empresas da região.
Os interessados em ingressar em 2016 nos cursos da Escola Técnica de Eletrônica Francisco Moreira da Costa – ETE, em Santa Rita do Sapucaí (MG), já podem se inscrever para o processo seletivo, com prova marcada para 5 de dezembro. Os cursos disponíveis compreendem as áreas de Automação Industrial, Telecomunicações e Equipamentos Biomédicos. As inscrições podem ser feitas na secretaria da ETE FMC ou diretamente pelo site da instituição até 30 de novembro.

A confirmação da inscrição no processo seletivo será mediante o pagamento de um boleto emitido pela ETE, no valor de R$ 30,00. A ETE também oferece bolsa de estudos para alunos com necessidades econômicas comprovadas. Essa solicitação deve ser feita na recepção da escola ou também pelo site.

A prova será realizada nas dependências da ETE FMC (Av. Sinhá Moreira, 350 - Centro - Santa Rita do Sapucaí) e exigirá dos candidatos conhecimentos em português e matemática. Para os cursos técnicos concomitante com Ensino Médio diurno, a prova será das 8h às 12h, e para os cursos técnicos noturnos, das 14h às 18h.

O curso diurno tem duração de três anos e está aberto a estudantes formados no Ensino Fundamental e que estão para ingressar no 1º ano do Ensino Médio. A grade curricular é composta por aulas do curso técnico (2360 horas/aula) e também do Ensino Médio (2760 horas/aula). Já o curso técnico noturno (1600 horas/aula) tem duração de dois anos e podem se inscrever estudantes com Ensino Médio completo ou que ainda farão o 2º e o 3º anos do Ensino Médio. Há também a opção de cursarem somente o Ensino Médio, para o qual a inscrição é feita por ordem de chegada.

Por estar localizada no Vale da Eletrônica, a ETE FMC acaba sendo muito procurada pelas mais de 150 empresas da região, por seus alunos estarem sendo preparados como mão de obra especializada para atuar no mercado tecnológico e eletrônico. A maioria dos alunos é contratada antes mesmo de se formar no curso técnico.

Inscrições:

- Processo Seletivo do curso técnico: Inscrições até dia 30 de novembro pelo site www.etefmc.com.br ou direto na secretária da ETE. Mais informações no telefone (35) 3473-3600 - Prova dia 5 de dezembro. Garante vaga o desempenho alcançado na prova.

Ensino Médio: Inscrições pelo site www.etefmc.com.br ou direto na secretária da ETE. Mais informações no telefone (35)3 473-3600. Carga horária: 3800 horas, o que corresponde a 1440 horas a mais do que prevê a base nacional. - Sem prova. Garante vaga a ordem cronológica de chegada.

Desde sua fundação em 1959, a ETE FMC (www.etefmc.com.br), da Rede Jesuíta de Educação, passou a ser referência em educação por abrigar a primeira escola de eletrônica de nível médio da América Latina e a sétima no mundo, que atrai estudantes de todo o País. Com cerca de 750 alunos, nos períodos diurno e noturno, oferece os cursos de Automação Industrial, Telecomunicações e Equipamentos Biomédicos, além de Ensino Médio. A região é conhecida como o “Vale da Eletrônica” - referência ao Vale do Silício na Califórnia (EUA) - de onde muitos produtos e sistemas tecnológicos inovadores são lançados para o mercado nacional e internacional. Boa parte deles nasce dentro da escola.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Quando Roque Júnior estava a um passo de se tornar imortal

A edição de abril de 2002 da Revista Placar trazia um momento interessante na vida do Santa-ritense Roque Júnior. Ele já havia saído de Santa Rita para tentar a vida como jogador de futebol, atuava como um respeitado zagueiro do Palmeiras, onde conquistou diversos títulos, mas estava prestes a conquistar um sonho que iria marcá-lo pelo resto de sua vida: ganhar uma Copa do Mundo. Alguns meses depois daquela matéria, ele não seria apenas um jogador profissional de futebol, o que já era um grande feito. Ele seria imortal. Veja, a seguir, como foi um dos momentos mais decisivos na vida de nosso ilustre conterrâneo.
Roque, o sonhador

A bola foi levantada na área. A torcida vaiava o técnico Leão e a seleção brasileira. Bandeiras foram atiradas a rodo na pista de atletismo do Morumbi. O time não conseguia marcar um único gol nos colombianos, num daqueles jogos de seis pontos pelas eliminatórias. Já nos descontos, um zagueiro entrou no meio do bolo e fez de cabeça o gol da vitória. “Foi um momento importante, tanto para mim quanto para a Seleção naquela altura. Um jogador sonha em viver um momento como esse. Vai ficar guardado para sempre.” E Roque Júnior sonhava com mais, muito mais. 

Muita coisa mudou desde que mais um Júnior se profissionalizou no São José, 1994. No ano seguinte, foi jogar no Palmeiras e, como não tinha espaço no Clube, logo virou o Júnior 2º. Ou seja, aos 19 anos, nem mesmo o mais importante Júnior do Palmeiras ele era. Apenas o “segundo”.

A história começou a mudar quando Luiz Felipe Scolari assumiu o comando do time. O treinador gostou da sua habilidade, deu-lhe mais espaço e cobrou algumas mudanças de atitude. “Ele é um zagueiro muito técnico, mas tem que aprender a eficiência de dar umas trombadas. Precisa aprender a ser um pouco mau também.” - disse o treinador, ao seu estilo, logo depois de sua chegada ao Palestra Itália.

“Todo treinador passa muito conhecimento. É necessário aprender com isso e ver como serve para você. O mais importante para mim foi eu ter tido a oportunidade de fazer uma série de jogos, o que me deu tempo para pegar o ritmo do profissional no início da carreira.”
Júnior 2º conquistou a confiança do treinador, tornou-se um líder dentro do campo e até ganhou um nome de titular. Nada de “segundo”. Passou a ser o “Roque Júnior”, nome duplo, como virou moda no Brasil nos últimos tempos.

Foram três anos jogando sob a batuta do Felipão, em um período de títulos importantes. Ganhou uma Taça Libertadores, uma Copa Mercosul, uma Copa do Brasil, um Campeonato Paulista e um Torneio Rio-São Paulo.

Passou a ser respeitado, virou referência para os companheiros e para a torcida. Nos momentos de tensão, assumiu responsabilidades, como não fugir das disputas por pênaltis. Nada de “se precisar, eu bato”.  Estava sempre presente, para o bem e para o mal. Na Libertadores 2000, fez o seu na disputa contra o Corinthians e descarregou sua tensão dando um bico na placa de publicidade, tão forte que seu pé a furou e ficou preso. 

Não se importou. Estava feliz, pois iria disputar a segunda final seguida da Libertadores. Na final também não se omitiu mas, contra o Boca, não teve o que comemorar, pois perdeu sua cobrança, e o Palmeiras, o Campeonato. 

Continuou realizando sonhos.Disse que sempre pensou em jogar em um clube grande, em chegar à Seleção Brasileira e disputar a Copa do Mundo. Não que Wanderlei Luxemburgo não tenha apostado na sua habilidade durante as eliminatórias. Mas Roque acabou cortado quatro vezes, sempre por estar contundido, uma fase que, garante, havia ficado para trás.

A tranquilidade era tamanha, que podia se dedicar a outra atividade que aprecia bastante: a leitura. Naquele momento, dizia estar devorando uma biografia do líder negro Malcolm X. Detalhe: em italiano, a mesma língua em que ouviu muitos cantos racistas desde que chegou ao Europeu. Mas isso também não o perturba. “Quando fui jogar em Verona isso ficou mais evidente. Gritavam todas as vezes que eu pegava na bola, mas isso só aconteceu dentro do estádio. Do lado de fora eu nunca tive problema.”

Enquanto preparava-se para disputar a Copa com o respaldo total do treinador, ele apostava nos problemas vividos pela Seleção durante as Eliminatórias para conseguir o pentacampeonato. “Passamos por momentos difíceis, sofremos bastante, mas isso acabou criando uma união muito grande no grupo, com todos se ajudando muito, dentro e fora do campo.” - disse, com conhecimento de causa. E não há nada melhor em uma Copa do Mundo do que os jogadores estarem unidos. “Quero deixar meu nome marcado no futebol com a participação em algo tão bom.” Não custa sonhar, Roque.

 (Retirado da Revista Placar)

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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Santa-ritense de 11 anos irá integrar a mais reconhecida escola de balé do mundo

Na terça-feira, 27 de outubro, estivemos na Academia de Dança Ândrea Falsarella para conhecer as três alunas selecionadas, dentre 3 mil bailarinas, de 8 a 11 anos, para as classificatórias que dariam acesso à escola de dança mais tradicional do planeta: o Balé Bolshoi. Uma delas, conquistou a tão disputada bolsa e conta o que sentiu ao realizar o seu sonho. Confira, a seguir, mais uma façanha de um santa-ritense.
“Foi mágico!” - disse Laura Machado de Castro, de apenas 11 anos, escolhida dentre 1500 finalistas, no último final de semana, na cidade de Joinville (SC). Com a pontuação que obteve, a bailarina que treina há 4 anos com a família Falsarella irá estudar gratuitamente em Joinville e morar em um pensionato conduzido pelas chamadas “mães de apoio”: senhoras contratadas para cuidar de bailarinas que partem de todos os cantos do país. 

Ao todo, foram escolhidas 40 crianças: 20 meninos e 20 meninas. Enquanto falava com desenvoltura, a garotinha filha, dos santa-ritenses Renato Pereira Castro e Josinês Machado, equilibrava-se nas pontas dos pés e demonstrava surpresa com o seu próprio desempenho: “Estava muito ansiosa! Não esperava o resultado. Meus pais dizem que até agora não caiu a ficha!”

Engana-se, entretanto, quem pensa que Laura é o único talento de sua casa. Seu irmão, Gabriel Machado de Castro, é lateral esquerdo do São Paulo e leva a crer que existe algo de especial nesta família com tantos talentos notáveis. 

As finalistas

Caçula entre as finalistas, Lara Fonseca de Souza Rezeck, passou metade dos seus 10 anos dentro da academia de Ândrea Falsarella. Apesar de não ter conseguido a pontuação de que precisava para conquistar a sonhada bolsa, diz que que não pretende desistir do seu sonho: “Eu não sei onde errei, mas voltarei para fazer o meu melhor!”

Decidida, a filha dos santa-ritenses Luciano Balestra e Lucilene Souza, conta que ficou contente com a experiência que adquiriu com tão pouca idade. “Achei a escola bonita e os professores muito rígidos. Meus pais estão contentes com o resultado e têm me apoiado muito. No ano que vem estarei de volta!” 

Outra aluna que deixou para trás 1500 candidatas ao concorrer a uma bolsa no Balé Bolshoi, Alice Moreira de Almeida, também não chegou à final, mas realizou um grande feito: destacar-se entre grandes talentos, com apenas dois anos de treino. Filha de Márcia Almeida e Renato Magalhães, a menina  contou como os pais receberam a notícia: “Meus pais disseram que só de eu ter chegado tão longe já foi muito emocionante para eles! Estou muito feliz com o resultado!”
As mestras

Ândrea Falsarella não conseguiu esconder sua emoção ao saber que, das cinco alunas que inscreveu para as seletivas, três tenham chegado tão longe. “Nós encaramos o sucesso das nossas alunas como uma forma de reconhecimento. É um grande orgulho saber que uma delas sairá daqui para estudar na mais conceituada escola de balé do mundo. Estamos muito felizes.” - conta a professora.

Mayara Falsarella, filha de Ândrea e professora da Academia, também demonstrou satisfação ao falar de suas alunas: “Cada criança que consegue um resultado como este mostra às outras que também é possível. É a primeira vez que temos uma aluna selecionada e pretendemos repetir este resultado por muitas outras vezes!”

Balé Bolshoi

Situada em Joinville (SC), a Escola do Teatro Bolshoi, no Brasil, é a única filial do Teatro Bolshoi, fora da Rússia. No total, o Bolshoi Brasil tem 21 estados brasileiros representados por 254 alunos, sendo estes 100% bolsistas. Com professores russos e brasileiros, a instituição forma bailarinos com a mesma precisão técnica e qualidade artística aplicadas em Moscou. O método utilizado é o Vaganova. O grupo de professores de dança e preparação física é formado por três russos, um ucraniano e dez brasileiros.

Além de ensino gratuito, os alunos da Bolshoi recebem benefícios opcionais como alimentação, transporte, uniformes, figurinos, assistência social, orientação pedagógica, assistência odontológica preventiva, atendimento fisioterápico, nutricional e assistência médica de emergência/urgência pré-hospitalar. Para isso, devem apresentar bom rendimento na Escola Bolshoi e também no ensino médio e fundamental, que cursam no local.

O complexo escolar é formado por salas para aulas de balé, estúdios de música, ateliê, núcleo de saúde, biblioteca, cantina, espaços culturais e dois laboratórios cênicos. A seleção anual para novos alunos compreende etapas que vão do despertar de jovens e crianças para o mundo das artes, até avaliações médicas e artísticas específicas. 

A Boishoi é uma instituição sem fins lucrativos, mantida por empresas e pessoas que apoiam o projeto.

(Por Carlos Romero Carneiro)

sábado, 14 de novembro de 2015

Comunidade santa-ritense realiza campanha em benefício das vítimas de Mariana

Se em 2000 soubemos o que é sofrer com a força das águas, imagine o que deve ser sofrer com um mar de lama... Comunidade santa-ritense se une em solidariedade às vítimas do desastre em Mariana. Em breve, divulgaremos os pontos de coleta. Colaborem nos locais onde encontrar este anúncio! No dia 23 de novembro, nossos caminhões sairão daqui com destino a Mariana. Participe! Há muitas pessoas em condições precárias e que necessitam da nossa colaboração!
Até o momento, já temos confirmados os seguintes pontos de coleta: Casa Miranda, Supermercado Avenida / Supermercado Alvorada / Mattos Calçados / Pinte & Borde / Auto Escola Canestraro / Supermercado Romerão / Maçonaria

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Foto captada há dezenas de anos mostra suposta materialização de espírito

Segundo fomos informados por uma fonte que preferiu não se identificar, esta imagem capta a suposta aparição de um espírito, no antigo centro espírita que localizava-se onde hoje é a filial do Supermercado Alvorada, em Santa Rita.
O homem que aparece ao centro seria um médium visitante que teria a capacidade de realizar materializações. Pela foto, é possível notar que ele está com as duas mãos amarradas e que uma mulher que parece sair de trás de uma cortina negra, apoia uma de sua mãos sobre a sua cabeça. 

Ao lado direito da imagem, vemos diversos santa-ritenses, com os olhos fechados, em aparente concentração e silêncio. 

Quem nos apresentou a fotografia contou que seu familiares estavam presentes na reunião e que os móveis que apareceram sobre a mesas, dentre eles um gramofone e um violão, estavam em outra sala e teriam sido transportados, misteriosamente, para aquele local.

Ao aproximarmos um pouco a cena, nos dá a impressão de que a mulher estava enrolada em um pano preto da cintura para cima e que, ao invés de sair da cortina, como parece à primeira vista, está um pouco à frente do pano preto.

Na parede, bem ao fundo, vemos as fotografias de três pessoas, uma delas de Padre Vítor. Pelo que fomos informados, o motivo de haver o quadro do sacerdote católico no local é porque os espíritas de cidade sempre o consideraram um espírito de luz e o têm como uma espécie de entidade que administra a casa.

Se o homem que veio à cidade demonstrar seus dons disse ou não a verdade aos espíritas santa-ritenses nós não sabemos. O fato é que a foto é mesmo muito interessante e merecia ser divulgada. 

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Chicão do Alemão e Chico Coelho: os santa-ritenses que viram um disco voador

- Quem ler esta entrevista vai dizer que nós somos loucos, Chicão! - disse Chico Coelho. 

- Vai falar pra você... eu não estou saindo mais de casa mesmo! - respondeu Chicão, aos risos.
Assim começou a prosa com dois santa-ritenses que juram ter visto um disco voador, no final dos anos 70 e que têm muitas histórias para contar. Através de um relato cheio de detalhes, eles lembram experiências de outro mundo e nos colocam pra pensar: “Aconteceu mesmo?”

Como é a história do disco voador?

Chicão do Alemão: No final de 1976, estávamos fazendo um passeio a Pouso Alegre, por volta das onze e pouco da noite. Enquanto eu dirigia, o Chico Coelho cochilava, até que chegamos naquela parte da estrada, perto do Shopping, onde existe uma lojinha de queijo e eu avistei uma luz muito forte, logo à frente. 

Chico Coelho: Lembro que aquilo me chamou a atenção porque parecia que estava amanhecendo e o farol dava a impressão que estava perdendo o efeito. 

Chicão do Alemão: Quando chegamos perto de onde hoje há um radar, antes da ponte, avistei um disco voador estacionado em uma pequena várzea, à beira da estrada. Eu juntei o carro no freio, parei no meio da pista e mostrei para o Chico. Ele gritava: “Nossa senhora! Não acredito!” Nós descemos do carro, chegamos à beira do barranco e a nave deu de levantar.

Vocês viram o disco se movimentar?

Chico Coelho: Ele ficou lá quase um minuto, enquanto a gente observava. Depois de alguns instantes, ele começou a levantar, foi ficando meio de lado e sobrevoou o rio. A luz dele clareava a várzea inteira. Nunca vi um luz tão forte na minha vida! O mais interessante é que não fazia o menor barulho. Não é como avião que desloca o ar ou faz barulho do motor. Era totalmente silencioso.

Como o disco voador era?

Chicão do Alemão: A coisa mais bonita que eu já vi na minha vida. Era muito grande e iluminado! Uma coisa que me chamou a atenção é que, naquela noite, foi noticiado em várias partes do país, sobre pessoas que tinham passado pela mesma experiência. Lembro que li sobre uma mulher que tinha visto a mesma coisa no Rio de Janeiro e outras pessoas também o viram em São Paulo!

Mais alguém teve a mesma experiência em Pouso Alegre?

Quando nós estávamos entrando no carro para ir embora, lembro que chegou o Luizinho do Manezão e perguntou o que tinha acontecido. Eu disse: “Se eu contar pra você o que aconteceu aqui, você não vai acreditar!” E ele respondeu: “Eu sei o que vocês viram! Vocês viram um disco voador!” Eu perguntei como é que ele sabia e ele contou que quando vinha vindo viu o mesmo disco passar por cima do Hospital São Camilo e iluminar a região inteira. Ele havia comentado com os amigos que estavam com ele que não poderia ser helicóptero e nem avião porque era muito grande e totalmente silencioso.

Qual era a forma dele?

Chico Coelho: Dava uns quarenta metros de diâmetro! Era muito grande e inteirinho iluminado. Seria a mesma coisa dessas placas de LED que nós vemos hoje.  

Chicão do Alemão: Seria o mesmo de você pegar um plástico e colocar uma luz bem forte dentro para irradiar de todos os lados!

Pode ser coisa de seres humanos?

Chicão do Alemão: Aquilo não pode ser obra do ser humano. É coisa do outro mundo!

E vocês chegaram a duvidar do que viram?

Chicão do Alemão: Não duvidamos porque não bebemos nada naquela noite e vimos a mesma coisa. Ficamos a menos de vinte metros do disco voador. Deu pra ver direitinho. Toda vez que eu passo por lá, ainda lembro.

Chico Coelho: Quem ler isso vai pensar que nós estamos loucos, mas sabemos de mais gente que viu! Existe disco voador com certeza!

Imaginavam que poderiam passar por algo assim?

Chico Coelho: Eu sempre ouvia histórias sobre o assunto, mas nunca me passou pela cabeça viver essa situação! Naquela época, a gente nem tocava no assunto. Se comentássemos, o povo riria da gente. Pena que não existia celular naquela época, senão teríamos registrado!

O Chicão viveu outra passagem com aeronaves?

Chicão do Alemão: Uma vez, um avião quase caiu em cima de nós, mas era uma aeronave do exército! Foi perto daquele posto da Polícia Rodoviária, na Fernão Dias. Estávamos voltando de Arcos, onde fomos buscar calcário, quando um aviãozinho bateu num fio e saiu balançando. Quando eu vi aquilo, em vez de entrar para Santa Rita, passei direto. Eu comentei com o Tostão: “Aquele avião vai cair.” Não deu outra!

Vocês foram ajudar?

Nós vimos o avião se espatifar e fomos ajudar. A gasolina estava vazando, a frente da aeronave estava toda estourada, o piloto pendurado pelo cinto de segurança com sangue pra todo lado e o outro agarrado numa montanha de papéis. Eram dois oficiais do exército! Depois de alguns minutos, chegou um guarda que não queria se aproximar com medo da gasolina e me ouviu dizer que iria cortar o cinto deles. Ele dizia: “Vocês estão loucos? O avião pode explodir!” Nós nem demos bola. Corremos lá, cortamos os cintos e arrancamos os dois.

Chico Coelho: Lembra da conversa que você teve com o piloto?

Chicão do Alemão: Eu perguntei: “Pra onde vocês estavam indo?” E ele respondeu: “Aqui é que não era, né?” Então eu falei: “Não era mesmo, uai! Aqui não é campo de aviação!” Fui lá e ainda tomei xingo! Nessa hora deu vontade de largar os dois e vir embora pra casa!

E a história do café?

Chicão do Alemão: Estávamos eu e o Waguinho Caputo em um bar à beira da estrada e pedimos um café. Quando eu botei na boca, queimou a ponta da minha língua e eu joguei tudo na pia, dizendo: “Credo! Tenho horror de café frio!” Quando o Waguinho viu a cena, pegou o dele e tacou tudo na boca! Ele deu uma cuspida que saiu até pedaço de pele da boca! Quase matei o caboclo! Ficou um tempão sem comer, com a boca na carne viva! (Risos)

E a história com o Tatau?

Chicão do Alemão: Estávamos preparando para um desfile que o Bloco dos Democráticos faria em Itajubá e saí com o Tatau para levar para lá algumas alegorias. Enquanto ele arrumava as coisas para sair, eu sentei no carro, abri o porta-luvas e vi que os óculos dele estavam lá dentro. Eu peguei um pincel atômico, pintei as lentes de preto e coloquei de volta. Parece castigo! Quando pegamos aquela reta da Cachoeirinha, vimos que a Polícia Rodoviária estava parada um pouco à frente e o Tatau gritou: “Pega os meus óculos!” Ele abriu o porta-luvas, juntou os óculos e, quando colocou, quase tombou o carro! Cantou até pneu! Ainda bem que o guarda não viu a vacilada que ele deu e nós passamos, mas quando fez a curva ele parou e começou a me falar: “Nem sei de que nome que eu te chamo! Quase que capotamos o carro!” Eu dizia: “Mas não fui eu, Tatau!” E ele gritava: “Que não foi o quê, rapaz! Eu te conheço!” (Risos)

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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Opinião: Jocéu Capilo e a cultura do "Vai assim mêmo..." (Por Carlos Romero Carneiro)

O último final de semana produziu um imenso choque e, ao mesmo tempo, uma forte decepção aos habitantes de Santa Rita do Sapucaí. Há muito tempo nós temos sofrido com os assaltos e a violência cometidos na cidade mas, desta vez, a vítima foi um jovem que veio da distante Angola para encontrar a morte de uma maneira absolutamente estúpida e cruel. 
É difícil mensurar os efeitos que um crime assim pode produzir sobre a nossa cidade, além da barbárie em si. Primeiro, porque envolve a parceria entre dois países e isso gera repercussão, não somente local, como também internacional. Segundo, porque pode influenciar na decisão de novos alunos virem estudar no Vale da Eletrônica. Por fim, porque temos a noção do desamparo e não suportamos mais tantos casos de violência. Ninguém tem se sentido seguro em uma cidade onde crimes acontecem aos montes, sem uma solução efetiva para conter este mal. O fato é que todo mundo sabe que as coisas andam complicadas e que a violência têm sido uma realidade que não pode ser ignorada, mas não vemos nada acontecer. Talvez tenha chegado a hora das instituições, comerciantes, empresários, líderes comunitários e população em geral cobrarem soluções por parte das nossas autoridades.

Na mesma semana em que a morte de Jocéu Wando Capilo deixa Santa Rita de luto, um outro assunto movimentou as redes sociais. Trata-se da doação de lotes para a ampliação da região formada por diversos bairros, que ficou conhecida como "Nova Cidade." Pode parecer que estes assuntos não têm ligação mas, se pararmos para pensar que a violência tem aumentado em função da incapacidade de nosso efetivo policial em dar cobertura ao município como um todo, já que são escassos os recursos disponíveis pelos militares, o que acontece toda vez que criamos um novo bairro? A insegurança tende a aumentar! 

Cada vez que um novo bairro é criado, aumenta-se a responsabilidade da polícia, aumenta-se a abrangência dos serviços como fornecimento de água, luz, calçamento, saneamento básico, recolhimento de lixo, saúde, educação e muitas outras necessidades de nossos habitantes. Antes de ampliarmos a cidade, é preciso resolver os problemas graves que já existem no restante dela. 

E por falar em problema, nosso hospital - há um bom tempo - anda mal das pernas e isso não é segredo para ninguém. Até então, ninguém havia colocado as despesas na ponta do lápis, da maneira como deve ser feito, e descobriu-se um déficit na casa dos 200 mil Reais por mês que transforma qualquer rifa ou movimento pelo saneamento das dívidas em um saco sem fundo. O repasse do SUS é irrisório. Já o repasse da prefeitura, não tem sido capaz de suprir as necessidades da Fundação. Diante desta realidade, o que fazer? Fechar as portas? Trabalhar meio expediente? Reduzir o quadro de funcionários? Ao que parece, existe uma série de problemas graves e essenciais que deveriam, mas que não estão sendo encarados com a seriedade com que necessitam.

Sempre é bom lembrar que temos uma dívida com o BPS que, há 4 anos, ultrapassava a casa dos 30 milhões de Reais e que tem tudo para levar Santa Rita do Sapucaí para o buraco se não for quitada o mais rápido possível. Entra prefeito, sai prefeito... não vejo ninguém com boa vontade para encarar este rojão. Por falta de planejamento e de sequência administrativa, cada uma das 40 casas desapropriadas nos anos 80 já custa aos cofres públicos, cerca de 750 mil Reais. Até quando vai isso?
Em 1992, uma reportagem da Revista Veja apresentava uma estatística interessante sobre a cidade que acabava de completar 100 anos: tínhamos 27 mil habitantes e um índice de 1 homicídio a cada 2 anos. Nos 20 anos seguintes, a população local teve um aumento de 13 mil habitantes (32,5%) e o índice de homicídios cresceu assustadoramente. Daí eu pergunto: existiu um planejamento para que este crescimento não produzisse impactos no restante da cidade? Por que o Plano Diretor foi ignorado por tanto tempo? Essas casas que vemos ser construídas em terrenos alagadiços e de várzea não deveriam ser submetidas a um controle maior para evitar um desastre no futuro? Vejam como uma coisa puxa outra e, no final da história, quem paga as contas somos todos nós!

O que acaba com a cidade e com o país é a política do "Vai assim mêmo..." A cidade não está dando conta de suprir as necessidades e por isso não pode crescer mais? "Vai assim mêmo..." A cidade está violenta e não tem efetivo policial para fazer cobertura? "Vai assim mêmo..." Temos uma dívida de mais de 30 milhões e precisamos pagar o quanto antes porque virou uma bola de neve? "Vai assim mêmo..." O hospital corre o risco de fechar por falta de recursos? "Vai assim mêmo..." Depois vão vir aqui reclamar que a prefeitura não deu suporte para esta mesmas áreas. Depois reclamam do Pronto-atendimento, que não tem escolas nos bairros, que o caminhão de lixo não passou, que a Polícia não apareceu, que não tem luz, calçamento, esgoto... tudo por culpa do "Vai assim mêmo."


Para finalizar uma observação importante: 


Esta é uma crítica à gestão atual?

Não!

Esta é uma crítica à cultura política de Santa Rita do Sapucaí como um todo!

É uma crítica à forma como as coisas são feitas! É a minha opinião sobre o que vem acontecendo por aqui nas últimas duas décadas e que, ao meu ver, precisa ser mudado para o desenvolvimento do município!

(Por Carlos Romero Carneiro,  que não é e nem nunca será candidato a nada, que não tem conexão nenhuma com partidos, mas que quer uma cidade melhor - só isso.)